A gigante farmacêutica americana Merck & Co. está perto de fechar um acordo para compra da fabricante de antibióticos Cubist Pharmaceuticals Inc., em um negócio estimado em mais de US$ 8 bilhões, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.
A Merck, conhecida fora dos Estados Unidos como Merck Sharp and Dohme (ou MSD), estaria disposta a pagar cerca de US$ 100 por ação da Cubist, disse uma das pessoas que acompanha a negociação. Isso representa um prêmio de 34% em relação ao preço de fechamento das ações da fabricante de antibióticos na sexta-feira, cotadas a US$ 74,36.
A Cubist é especializada em medicamentos para tratamento de doenças infecciosas, principalmente em ambientes hospitalares. Seu principal medicamento é o Cubicin, um antibiótico intravenoso usado para tratamento de infecções graves e gerou vendas de US$ 967 milhões em 2013. Os analistas estimam que as vendas da droga devem continuar crescendo nos próximos anos.
Os antibióticos, tradicionalmente, não estão entre os segmentos considerados mais lucrativos da indústria farmacêutica, mas alguns analistas acreditam que novas versões podem alcançar preços mais elevados. Isso aconteceria porque os hospitais precisam de novos produtos para reduzir as infecções causadas por microorganismos resistentes aos antibióticos tradicionais.
O interesse da MSD na Cubist, noticiado inicialmente pelo “New York Times”, parece ser resultado de uma estratégia anunciada em 2013 para ampliar a presença em áreas como diabetes, cuidado hospitalar, vacinas e oncologia. Os executivos da Merck já deixaram claro que não estão interessados em realizar aquisições de grande escala, optando por negócios de médio porte.
A MSD tem um portfólio de medicamentos em envelhecimento e seu produto mais vendido, o tratamento da diabetes Januvia, não cresce como há alguns anos. A empresa conseguiu aprovar, recentemente, uma imunoterapia do cancro chamado Keytruda.
Em agosto, a MSD adquiriu a Idenix Pharmaceuticals Inc., especializada no combate da hepatite C, por US$ 3,9 bilhões.
Peter Loftus e Dana Cimilluca do WSJ
0 comentários:
Postar um comentário