Avanço do zika vírus na
América Latina divide espaço nos periódicos nacionais com desdobramentos da
operação Lava Jato envolvendo o ex-presidente Lula e análise de crise econômica
no país.
VEJA afirma que o zika “avança
no Brasil, espalha-se pelo mundo e provoca uma onda de alarmismo”. Texto
adverte que “na mira do Aedes aegypti está a Olimpíada do Rio de Janeiro”.
ISTOÉ aponta que teve acesso a
documentos que colocam em xeque versões apresentadas pelo ex-presidente Lula
sobre o tríplex no Guarujá, “que entrou na mira da Lava Jato por suspeitas de
camuflar pagamento de propina”.
ISTOÉ DINHEIRO mostra que a
tentativa do empresário Eugênio Staub de reerguer a Gradiente “gera novas
perdas, provoca prejuízos a fundos de pensão eleva antigos credores à justiça.
Sem estoque, a empresa busca nova saída para gerar receitas”.
CARTA CAPITAL adverte que o
zika vírus, com epicentro no Brasil, ameaça se tornar epidemia global graças também
ao descaso de quem deveria cuidar da saúde pública.
"O Brasil precisa atacar
seus problemas estruturais, universalizar o acesso à água tratada, coletar e
dar destinação adequada ao lixo, expandir a oferta de saneamento básico. Sem
isso, o alcance dessas campanhas de conscientização será sempre limitado",
afirma à reportagem o sanitarista José Gomes Temporão, ex-ministro da Saúde.
Segundo a mesma reportagem, ao
menos 30 milhões de brasileiros permanecem sem acesso à água tratada e mais da
metade da população não tem o esgoto coletado. “O Brasil tem a meta de
universalizar esses serviços até 2033, mas com o atual ritmo de expansão, isso
só deve ocorrer a partir de 2050, revela uma recente pesquisa da Confederação
Nacional da Indústria”.
ÉPOCA destaca que o desemprego
atingiu índices alarmantes. Texto mostra que, em 2015, até outubro, de acordo
com o IBGE, 2,6 milhões de trabalhadores perderam o emprego e 9 milhões estão
desempregados. “Até março, pelas projeções dos analistas, o número de
desempregados chegará a 10 milhões de pessoas”, ressalta.
“Não é de estranhar que o
índice de satisfação dos brasileiros com a vida tenha atingido o mínimo
histórico no final de 2015, como revela uma pesquisa da Confederação Nacional
da Indústria (CNI), em especial nas faixas de renda de 0 a 2 salários mínimos
por mês”, resume.
Coluna DINHEIRO EM NÚMEROS, na
ISTOÉ DINHEIRO, registra que a atividade da construção civil atingiu 33,3
pontos em dezembro, bem abaixo dos 50 pontos considerados neutros para o setor.
"De acordo com
levantamento da Confederação Nacional da Indústria, divulgado na terça-feira
26, o valor representa um recuo de 2,3% na margem e marca a quinta retração
consecutiva. Nos últimos doze meses, o declínio no setor foi de 15,5%."
Destaque do noticiário
econômico repercute o anúncio da presidente Dilma Rousseff sobre a volta do
Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e de medidas para incentivar o
consumo.
CARTA CAPITAL aponta que, “na
tentativa de injetar algum ânimo nos conselheiros e, por tabela, no País, o
ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, anunciou uma medida na contramão do ajuste
fiscal”. Texto mostra que o governo pretende reforçar o crédito público em R$
83 bilhões, montante destinado às micro e pequenas empresas, exportadores,
habitação, agricultura e infraestrutura.
“Do total, 66 bilhões estão
disponíveis via BNDES, Banco do Brasil e por meio do Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS). Os outros 17 bilhões dependem de aval parlamentar ao uso de
parte do FGTS como garantia em empréstimos consignados”, afirma CARTA CAPITAL.
ISTOÉ DINHEIRO relata que, em
reunião com empresários e sindicalistas, o ministro da Fazenda e a presidente
Dilma Rousseff anunciam a liberação de R$ 83 bilhões em crédito e fazem apelo
pela recriação da CPMF. Reportagem posiciona que “é pouco para reanimar a
economia”.
“Considerado um dos motores da
economia, o crédito encolheu quase 4% no ano passado, em termos reais. Foi o
pior resultado desde o início da série histórica do Banco Central, em 2007”,
justifica.
Ainda nesse contexto, ISTOÉ
aponta que o governo federal decidiu repetir uma velha estratégia para
reaquecer a economia: estimular o crédito, "em um momento que nem
empresários e nem consumidores têm coragem de investir".
VEJA posiciona que “depois de
sangrar os recursos do Tesouro e dilapidar fontes de riqueza como a Petrobras,
o governo agora estende a sua mão forte sobre a poupança dos trabalhadores no
FGTS e fica de olho nas reservas internacionais”.
Leonardo Attuch, na ISTOÉ,
afirma que, do pacote anunciado na volta do Conselhão, duas medidas envolvem
recursos do FGTS. “Uma delas prevê a agilização de operações por meio do
FI-FGTS, um fundo destinado a financiar obras de infraestrutura. Com isso, o
governo espera destravar R$ 22 bilhões."
"A outra medida autoriza
cada trabalhador a usar até 10% de seu fundo como garantia em empréstimos
consignados, em que os juros são menores. Pelas contas do governo, isso traria
mais R$ 17 bilhões. Embora tenham um objetivo comum, que é destravar o crédito
e estimular a economia, as duas medidas são conceitualmente opostas”, reforça.
Em entrevista à ÉPOCA, o
ministro do Trabalho e Previdência, Miguel Rossetto, admite uma "redução
importante" no emprego e acredita que o aumento de crédito trará uma
recuperação ainda neste ano.
Na entrevista, o ministro
afirma também que a reforma trabalhista não está em pauta. Rosseto afirma:
"Estamos falando de um país com um salário mínimo de US$ 220. O salário
médio da economia é de US$ 625. Foi feito um ajuste de salário, a partir do
câmbio. O governo continuará buscando eficiência em seus gastos."
"É possível reduzir
gastos por meio de corte nas despesas de custeio, preservando os programas
sociais. Essa é uma orientação clara da presidente Dilma. Este é o momento de
equilibrar a receita, com dois movimentos: crescimento econômico e um ajuste na
estrutura de arrecadação do país”, completa Rossetto.
0 comentários:
Postar um comentário