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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

AIDS ainda sufoca o crescimento das economias, alerta UNAIDS

Todos os dias 6 mil pessoas são infectadas pelo vírus HIV mas apenas com investimentos será possível acabar com a doença em 15 anos, afirma Michel Sidibé em entrevista à Revista G7G20.

A AIDS ainda prejudica a produtividade, sufoca o crescimento local e nacional e ofusca as perspectivas de verdadeiramente inclusivas. O alerta é do diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS), Michel Sidibé, em entrevista publicada pela edição de setembro da Revista G7G20.

A publicação online é parceria entre grupos de pesquisa G7 e G20 da Munk School of Global Affairs, da Universidade de Toronto, no Canadá.

De acordo com Sidibé, 17 milhões de pessoas vivendo com HIV em terapia antirretroviral, um aumento de cerca de um terço, enquanto as mortes caíram na mesma proporção nas regiões mais afetadas, na África. Ainda assim, ele considera que o efeito paralisante da doença ainda é sentido em todas as regiões.

“Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) incluem uma meta ousada, mas viável, para acabar com a epidemia de AIDS até 2030. O nosso sucesso no alcance desta meta depende inteiramente do que fizermos hoje”, afirmou, lembrando que é necessário mais investimentos nos próximos cinco anos.

Sidibé disse que o fato de os membros da ONU terem aprovado recentemente uma declaração política sobre o fim da doença aponta que o caminho está dado. “A declaração nos coloca em um caminho mais rápido para acabar com a AIDS dentro de 15 anos. Ela pede por investimentos anuais de pelo menos 26 bilhões de dólares até 2020.  Se seguirmos o roteiro estabelecido pela Declaração, vamos acabar com essa epidemia”, avaliou.

Ao lembrar que todos os dias 6 mil pessoas são infectadas pelo HIV, o diretor executivo afirmou que os países do G20 precisam colaborar para atingir a meta proposta. “A AIDS continua a ser a maior causa de morte de mulheres em idade reprodutiva e a segunda maior entre adolescentes. Temos as ferramentas e o conhecimento científico necessários para acabar com a AIDS. Se nós os desperdiçarmos, o mundo não perdoará o nosso fracasso. Essa pode ser a nossa última chance”, alertou.

Na entrevista, ele relatou o exemplo da África do Sul, que integrou à resposta à doença ao sistema nacional de saúde. “É um exemplo brilhante de como a liderança política pode ajudar a salvar vidas e a construir programas de saúde sustentáveis e integrados, abrindo o caminho para a cobertura de saúde universal e para o objetivo de segurança em saúde para todos”, avaliou.

A íntegra de entrevista, em inglês, está disponível a partir da página 180 da publicação: http://www.g7g20.com/eBooks/G20_China_web.pdf


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