Para ser incorporado ao SUS, o
produto desenvolvido pela BahiaFarma deve ser aprovado pelo Instituto Nacional
de Controle de Qualidade

O teste da Fundação Baiana de
Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico (BahiaFarma), permite identificar anticorpos na corrente
sanguínea (técnica IgM) e também consegue verificar se a pessoa já teve
infecção pelo Zika em algum momento da vida (técnica IgG). O produto
desenvolvido pelo laboratório público, que é vinculado à Secretaria Estadual de
Saúde da Bahia, já foi registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) e pode ser comercializado na rede privada.
Caso seja aprovado no controle
de qualidade, o teste será analisado por uma comissão específica do Ministério
da Saúde, capacitada para avaliar a eficácia, segurança e custo benefício dos
produtos, garantindo assim as melhores escolhas para o funcionamento do sistema
público de saúde e a proteção da população.
O ministro da Saúde, Ricardo
Barros, ressaltou a importância no desenvolvimento de novas tecnologias que
beneficiam diretamente a população. “Esse teste oferece um resultado rápido que
permite saber se a pessoa já foi infectada pelo Zika e assim já estaria
imunizada. Assim que tivermos a confirmação de qualidade do teste poderemos
fazer a negociação de quantidade e valores para podermos consolidar este kit
para nossa rede de saúde pública”, concluiu Barros.
NA REDE PÚBLICA – Atualmente,
o teste disponível no SUS para diagnóstico do vírus Zika utiliza a técnica PCR
(biologia molecular), que só detecta a doença na fase mais aguda, quando o
paciente ainda apresenta sintomas. Essa tecnologia é a única disponível no
momento que não apresenta problema de falsos diagnósticos. Os outros testes que
poderiam detectar Zika mesmo sem sintomas, que são os testes de sorologia,
ainda não são 100% eficazes. Aqueles que estão disponíveis no mercado podem dar
positivo caso a pessoa já tenha sido infectada pela dengue anteriormente.
Em fevereiro deste ano, o
Ministério da Saúde distribuiu 250 mil testes PCR para os laboratórios centrais
de saúde pública e para os laboratórios de referência. Outras 250 mil unidades
estão disponíveis para envio, de acordo com as demandas dos laboratórios. Vale
esclarecer que a testagem não é necessária para o início do tratamento da
doença, uma vez que os medicamentos são receitados de acordo com os sintomas de
cada paciente. No total, o Ministério da Saúde investiu R$ 6 milhões na
aquisição dos testes PCR.
VISITA A UNIDADES DE SAÚDE –
Em Salvador (BA), o ministro da Saúde, Ricardo Barros, visitou as instalações e
o trabalho realizado pelas Obras Sociais Irmã Dulce, em especial o atendimento
em estimulação precoce a bebês com microcefalia. O Centro Especializado em
Reabilitação - CER IV, além do atendimento a pacientes com os mais diversos
tipos de deficiência física, intelectual, auditiva e visual, tem um Núcleo de
Reabilitação Infantil para bebês com microcefalia. Atualmente, são atendidos
150 bebês com microcefalia, sendo 110 na neuropediatria e 40 em estimulação
precoce.
Também foi apresentada ao
ministro a nova ala de UTI do Hospital Santo Antônio, que atende 100% SUS, e
conta com mais de 1.000 leitos. A direção da unidade informa que até o fim de
junho, 10 novos leitos de UTI adulto entrarão em funcionamento, somando um
total de 20 leitos de UTI na unidade, duplicando a capacidade de atendimento a
pacientes em estado mais grave. Há, ainda, outros 10 leitos de UTI pediátrica.
O setor foi construído com recursos próprios e do Governo da Bahia. “Quero
parabenizar a equipe. Esse é de fato um Hospital com exemplo de gestão exemplar
e que nós queremos multiplicar por todo país”, ressaltou Ricardo Barros.
Ainda em agenda em Salvador, o
ministro da Saúde, Ricardo Barros, participou de uma palestra na Associação
Baiana de Medicina (ABM), com cerca de 160 diretores e presidentes de hospitais
da região sobre a “Perspectiva para a Saúde Pública do Brasil”.
Camila Bogaz e Fábio Ruas, da
Agência Saúde
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