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sábado, 5 de março de 2016

Análise de Mídia, REVISTAS SEMANAIS 05 de março de 2016

A delação do senador Delcídio do Amaral e a condução coercitiva do ex-presidente Lula no âmbito das investigações da Operação Lava Jato são os principais destaques nas capas das revistas.

ISTOÉ destaca que teve acesso com exclusividade à delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT) à força-tarefa da Lava Jato. Segundo a revista, as declarações “complicam de vez a situação da presidente Dilma e comprometem Lula”.

Reportagem informa que o conteúdo da delação ocupa cerca de 400 páginas e forma “o mais explosivo relato até agora revelado sobre o maior esquema de corrupção no Brasil - e outros escândalos que abalaram a República, como o mensalão.

VEJA publica série de reportagens especiais "Lula e a lei" e registra que o ex-presidente depôs na Polícia Federal e saiu “debochando da justiça”. Revista destaca ainda que “a delação premiada de Delcídio do Amaral é uma bomba arrasa-quarteirão contra Dilma e Lula.

ÉPOCA avalia que a investigação envolvendo o ex-presidente Lula não é uma questão política. “A força-tarefa acumulou suspeitas legítimas, e os fatos precisam ser apurados com rigor”.

CARTA CAPITAL afirma que os “vazamentos seletivos” e a “pretensa” delação premiada do senador Delcídio do Amaral “são os últimos lances da manobra golpistas.

Em outra frente, ISTOÉ DINHEIRO aborda como o empresário José Roberto Lamacchia, dono da Crefisa e da Faculdade das Américas, perdeu na justiça uma fortuna de R$ 500 milhões para uma faxineira aposentada após uma disputa marcada por fraudes, desvios de recursos e intimidação.



Avanço da Operação Lava Jato restringe a exposição de temas de interesse específico nas revistas.

CARTA CAPITAL destaca que, com investimentos de R$ 51 bilhões, novas áreas e terminais e renovação de contratos, o setor de portos ajudará a tornar o País líder mundial do agronegócio.

“Apesar da recessão, a movimentação de cargas cresceu 3,9% nos portos brasileiros em 2015 em comparação ao ano anterior e superou pela primeira vez bilhão de toneladas, 62,75% compostos de granel sólido, minério de ferro, manganês, bauxita, carvão, sal, trigo, soja e fertilizantes”.

"Os problemas de logística afetam a indústria e representam um entrave ao maior dinamismo do comércio externo, em especial as exportações", disse o empresário, Olavo Machado, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais

NOTAS, na ISTOÉ DINHEIRO, adverte que “o nível de emprego na indústria brasileira caiu 0,8% entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016, informou, na terça-feira 1, a CN. A baixa é a 12ª queda consecutiva. Em comparação com o mesmo período de 2015, o emprego industrial recuou 9,6%”.

Mesma abordagem pontua que “o salário dos operários também caiu. Segundo a CNI, a renda média real do trabalhador da indústria diminuiu 0,9% em janeiro em relação a dezembro, e 0,8% frente a janeiro de 2015. Já a massa salarial encolheu 2% em janeiro ante dezembro”.


Dados gerais da economia repercutem no noticiário setorial. Destaque para a abordagens com foco no resultado do PIB, divulgado pelo IBGE, e os impactos da crise econômica na indústria.

Como ponto de atenção, VEJA alerta que a retração na economia entre 2014 e 2016 vai empobrecer os brasileiros em R$ 1,6 trilhão.  “Pelos indicadores disponíveis, já se espera um novo tombo do PIB em 2016, ao redor de 3,5%”, alerta.

“A indústria é o setor que mais tem sofrido no governo Dilma. As empresas operam hoje com apenas três quartos de sua capacidade. A participação do setor no PIB regrediu ao nível dos anos 50. Com a atividade em queda, o desemprego só cresce”, afirma o texto.

SETE NOTAS, na ÉPOCA, assinala que o PIB do Brasil caiu 3,8% no ano passado, segundo o IBGE. “O resultado é o pior da série histórica iniciada em 1996. Considerada a série desde 1962, que usava uma metodologia diferente, a economia só esteve pior do que agora em 1981 e 1990”.

Outro ponto de atenção está na coluna BRASIL CONFIDENCIAL, na ISTOÉ, que aponta que “grandes empresários brasileiros que costumam se reunir constantemente para desenvolver estratégias e reivindicar ajuda para o setor simplesmente desistiram de quebrar a cabeça para levar estudos a auxiliares da presidente Dilma Rousseff”.

Segundo BRASIL CONFIDENCIAL, “mesmo que o próprio governo peça sugestões, esses empresários já sabem como se dá o processo: eles constam na agenda pública presidencial, tecem um rosário de sugestões e nada acontece: seja por falta de continuidade ou de credibilidade para conduzir mudanças”.

A agenda da infraestrutura avança. Abordagens repercutem os cortes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

NOTAS, na ISTOÉ DINHEIRO, assinala que “o Ministério do Planejamento informou, na segunda-feira 29, que foram executados R$ 251 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em 2015. O montante corresponde a 24,2% do valor que deve ser investido entre 2015 e 2018, estimado em R$ 1,04 trilhão. Com a crise econômica e o ajuste fiscal, o programa tem sido alvo de cortes: no último contingenciamento, foram retirados R$ 4,2 bilhões”.

BRASIL CONFIDENCIAL, na ISTOÉ, adverte que algumas regiões sofreram mais que outras nos cortes do PAC em 2015. “Coincidência ou não, o centro-oeste – região que concentra quatro governadores de oposição – foi o mais impactado com o contingenciamento em termos absolutos”.

Segundo a coluna, “em valores corrigidos pelo IPCA de dezembro de 2014 a dezembro de 2015, a região teve uma redução de 52% no total pago. Os gastos, que somaram R$ 2,99 bilhões em 2014, caíram para R$ 1,42 bilhão em 2015”.

BRASIL CONFIDENCIAL aponta que “nacionalmente, os cortes de R$ 64,4 bilhões para R$ 47,3 bilhões representaram uma queda de 26,6% no programa. Base eleitoral de Dilma, o Nordeste foi quem menos perdeu recursos, em valores reais. Com uma redução de 18,46%, os valores investidos na região caíram de R$ 7,89 para R$ 6,43 bilhões”.

Ainda conforme BRASIL CONFIDENCIAL, “no Sul, o corte foi de 40%. De R$ 3,31 bilhões em 2014 passou para R$ 1,99 bilhão no ano seguinte. Sudeste e Norte empataram: redução de 36% nos valores absolutos. No Sudeste, passaram de R$ 4,2 para R$ 2,7 bi. No Norte caíram de R$ 2,1 para R$ 1,3 bi”.

O jornalista Luís Artur Nogueira, em artigo na ISTOÉ DINHEIRO, alerta que a produtividade do País está em jogo.

“Como o setor privado fica com receio de investir, esse papel precisa ser exercido pelo governo. Não há outro caminho. Porém, na ânsia de mostrar que está se esforçando para equilibrar as contas, a tesoura do Ministério da Fazenda vem atingindo, ano após ano, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”.

Luís Artur Nogueira reforça que “as obras em infraestrutura preparam o País para o momento da retomada econômica que, mais ou cedo ou mais tarde, certamente virá”.

ISTOÉ DINHEIRO aponta que, nos últimos três anos, o interesse da iniciativa privada ajudou o Pará a andar na contramão do Brasil. No ano passado, por exemplo, foi o único a não ter recessão no PIB entre os 26 Estados e o Distrito Federal. “A estabilidade de 0,05% do PIB é um contraste à queda de 3,8% do País”, situa.

Reportagem pontua que “estudo feito pela Federação das Indústrias do Pará identificou um potencial de R$ 200 bilhões em investimentos até 2020”.

Em outra frente, ISTOÉ DINHEIRO aponta que a dificuldade do governo em encontrar apoio para seus projetos abre espaço para propostas independentes do Legislativo. “Há mais de dez meses a presidente Dilma Rousseff e a equipe econômica tentam convencer parlamentares a apoiar a volta da CPMF”.

Texto indica os projetos independentes do Legislativo: independência do Banco Central, participação da Petrobras no pré-sal, lei de governança para estatais, reformas tributária e previdenciária.

ISTOÉ DINHEIRO afirma ainda que “a queda de 4% no consumo das famílias foi a maior desde 1996 e a primeira desde 2003. E em 2016 tem mais: segundo o último boletim Focus, do Banco Central, o PIB deve recuar mais 3,45%”.

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