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quinta-feira, 28 de abril de 2016

HEMOBRÁS - MPF autua por despacho No. 38/2016 para apurar possível irregularidade no valor R$ 74.839.315,69 sobre os contratos 20, 25

Sem alarde, o Ministério Público Federal, em Pernambuco continua com as investigações decorrentes da Operação Pulso, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em 9 de dezembro de 2015

A Operação visou desbaratar uma suposta organização criminosa que, segundo a PF, estava instalada na diretoria da HEMOBRÁS

Durante a busca e apreensão realizada em dezembro, a PF flagrou maços de dinheiro sendo arremessados da janela de um dos apartamentos das Torres Gêmeas, no Recife no Edifício onde morava o então Diretor- Presidente da Hemobrás, Romulo Maciel

Abaixo retransmitimos o Despacho No. 38/2016 de 19 de abril de 2016, onde o MPF converte a Noticia de Fato autuada com o escopo de apurar possível irregularidade no âmbito da Hemobrás no valor de R$ 74.839.315,69

A procuradora Sílvia Regina Ponte Lopes decidiu separar a investigação em vários procedimentos específicos, um para cada contrato suspeito de desvio de recursos federais.
Segundo procedimentos do MPF, apenas na concorrência 02/2014, há suspeitas sobre a aplicação de até R$ 74 milhões.
No contrato 20/2013, se investiga despesas de R$ 6 milhões.
No contrato 25/2010, há suspeitas sobre aplicação de R$ 27 milhões.
Nestes e em vários outros contratos, a Polícia Federal diz que há suspeitas contra dois ex-diretores, por supostamente pagarem a mais insumos e serviços e, supostamente, receber propina pela diferença de preços.
Devido a prisão temporária de dois diretores da Hemobrás (já relaxada), os funcionários foram exonerados pelo Governo Federal.
O terceiro diretor da empresa, Marcos Arraes, ficou como presidente interino da empresa, por nomeação da presidente Dilma (PT). Segundo a PF, Arraes não tinha relação com os desvios.
A assessoria de imprensa da Hemobrás confirmou que Marcos Arraes assumiu a presidência da estatal, em 20 de janeiro de 2016, sem alarde.
Coincidência ou não, logo depois, a vereadora Marília Arraes, filha de Marcos, se filiou ao PT, partido que ainda está a frente do Governo Federal, ao qual a Hemobrás é ligada.
Resta saber se Michel Temer realizará mudanças, caso assuma.
Marcos Arraes é pai da vereadora Marília Arraes (PSB) e irmão da ministra do TCU, Ana Arraes, mãe de Eduardo Campos. Depois de ter sido indicado na cota do ex-governador Eduardo Campos para a empresa, permaneceu na estatal mesmo depois da briga do socialista com os petistas.
OPERAÇÃO PULSO
A Operação Pulso afastou três integrantes da Hemobrás dos cargos por 90 dias: o diretor-presidente, Rômulo Maciel Filho, o diretor de Inovação Tecnológica da Empresa, Mozart Sales, e um membro da equipe de engenharia.
Na ocasião, a Polícia Federal em Pernambuco divulgou a possibilidade de recursos desviados da Hemobrás terem sido destinados à campanha eleitoral de 2014 no Estado. A informação do possível financiamento de campanhas chegou à PF por meio de um Relatório de Inteligência Financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que detectou operações financeiras existentes entre diretores da Hemobrás e familiares e campanhas eleitorais.
Inicialmente, de acordo com as investigações da PF, estima-se que, aproximadamente, R$ 30 milhões foram desviados da Hemobrás. Entre os contratos investigados, está o de armazenamento de plasma, que, a princípio, era de R$ 880 mil, mas foi fechado em R$ 8 milhões.
No dia em que a PF cumpriu os mandatos de busca e apreensão, maços de dinheiro foram arremessados pela janela do prédio onde mora o diretor-presidente afastado, Rômulo Maciel Filho. A polícia ainda não divulgou se o dinheiro pertencia a ele.
Confira o vídeo


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