Dos 7.228 casos notificados até o momento ao Ministério da Saúde, 3.710
continuam em investigação e 2.320 foram descartados
Até o dia 23 de abril, foram confirmados 1.198 casos de microcefalia e
outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita, em todo
o país. Ao todo, foram notificados 7.228 casos suspeitos desde o início
das investigações, em outubro de 2015, sendo que 2.320 foram descartados. Outros
3.710 estão em fase de investigação. As informações são do novo boletim
epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira (26), que
reúne as informações repassadas pelas secretarias estaduais de saúde.
Do total de casos confirmados, 194 tiveram confirmação laboratorial para
o vírus Zika. No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que esse dado
não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao
vírus. Ou seja, a pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte
das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.
Os 1.198 casos confirmados ocorreram em 435 municípios, localizados em
22 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco,
Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul. Já os 2.320 casos foram
descartados por apresentarem exames normais, ou apresentarem microcefalias e/ou
alterações no sistema nervoso central por causas não infeciosas.
No mesmo período, foram registrados 251 óbitos suspeitos de microcefalia
e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação
(abortamento ou natimorto). Destes, 54 foram confirmados para microcefalia e/ou
alteração do sistema nervoso central. Outros 167 continuam em investigação e 30
foram descartados.
Cabe esclarecer que o Ministério da Saúde está investigando todos os
casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central,
informados pelos estados, e a possível relação com o vírus Zika e outras
infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes
infecciosos, além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes
Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.
O Ministério da Saúde orienta as gestantes adotarem medidas que possam
reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de
criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e
janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar
repelentes permitidos para gestantes.
Distribuição dos casos notificados de microcefalia por UF,
até 23 de abril de 2016
Regiões
e Unidades Federadas
|
Casos
de Microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita
|
Total
acumulado1 de
casos
notificados
de 2015
a 2016
|
||
Em
investigação
|
Confirmados2,3
|
Descartados4
|
||
Brasil
|
3.710
|
1.198
|
2.320
|
7.228
|
Alagoas
|
83
|
57
|
140
|
280
|
Bahia
|
652
|
221
|
175
|
1.048
|
Ceará
|
238
|
84
|
134
|
456
|
Maranhão
|
101
|
99
|
42
|
242
|
Paraíba
|
382
|
112
|
370
|
864
|
Pernambuco
|
733
|
334
|
816
|
1.883
|
Piauí
|
22
|
74
|
61
|
157
|
Rio
Grande do Norte
|
297
|
86
|
34
|
417
|
Sergipe
|
163
|
31
|
17
|
211
|
Região
Nordeste
|
2.671
|
1.098
|
1.789
|
5.558
|
Espírito
santo
|
100
|
7
|
24
|
131
|
Minas
Gerais
|
51
|
2
|
50
|
103
|
Rio de
Janeiro
|
288
|
42
|
85
|
415
|
São
Paulo
|
161a
|
0
|
108
|
269
|
Região
Sudeste
|
600
|
51
|
267
|
918
|
Acre
|
18
|
0
|
17
|
35
|
Amapá
|
2
|
4
|
1
|
7
|
Amazonas
|
9
|
4
|
4
|
17
|
Pará
|
26
|
1
|
0
|
27
|
Rondônia
|
4
|
3
|
5
|
12
|
Roraima
|
22
|
0
|
0
|
22
|
Tocantins
|
118
|
3
|
17b
|
138
|
Região
Norte
|
199
|
15
|
44
|
258
|
Distrito
Federal
|
2
|
4
|
31
|
37
|
Goiás
|
82
|
9
|
37
|
128
|
Mato
grosso
|
116
|
15
|
74
|
205
|
Mato
Grosso do Sul
|
2
|
2
|
14
|
18
|
Região
Centro-Oeste
|
202
|
30
|
156
|
388
|
Paraná
|
6
|
2
|
25
|
33
|
Santa
Catarina
|
2
|
0
|
3
|
5
|
Rio
Grande do Sul
|
30
|
2
|
36
|
68
|
Região
Sul
|
38
|
4
|
64
|
106
|
Fonte: Secretarias de Saúde dos Estados e Distrito Federal (dados atualizados
até 09/04/2016).
1 Número cumulativo de casos notificados que preenchiam a definição de
caso operacional anterior (33 cm), além das definições adotadas no Protocolo de
Vigilância (a partir de 09/12/2015) que definiu o Perímetro Cefálico de 32 cm
para recém-nascidos com 37 ou mais semanas de gestação e demais definições do
protocolo.
2 Apresentam alterações típicas: indicativas de infecção congênita, como
calcificações intracranianas, dilatação dos ventrículos cerebrais ou alterações
de fossa posterior entre outros sinais clínicos observados por qualquer método
de imagem ou identificação do vírus Zika em testes laboratoriais.
3 Foram confirmados 194 casos por critério laboratorial específico para
vírus Zika (técnica de PCR e sorologia).
4 Descartados por apresentar exames normais, por apresentar microcefalia
e/ou malformações congênitas confirmada por causas não infecciosas ou por não
se enquadrar nas definições de casos.
a. Conforme informado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof.
Alexandre Vranjac”, da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, 161 casos se
encontram em investigação para infecção congênita. Desses, 39 são possivelmente
associados com a infecção pelo vírus Zika, porém ainda não foram
finalizadas as investigações.
b. Redução no valor após revisão e correção (erro de digitação,
classificação
Por Alexandre
Penido, da Agência Saúde
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