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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Saúde confirma 1.198 casos de microcefalia no país

Dos 7.228 casos notificados até o momento ao Ministério da Saúde, 3.710 continuam em investigação e 2.320 foram descartados
Até o dia 23 de abril, foram confirmados 1.198 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita, em todo o país. Ao todo, foram notificados 7.228 casos suspeitos desde o início das investigações, em outubro de 2015, sendo que 2.320 foram descartados. Outros 3.710 estão em fase de investigação. As informações são do novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira (26), que reúne as informações repassadas pelas secretarias estaduais de saúde.
Do total de casos confirmados, 194 tiveram confirmação laboratorial para o vírus Zika.  No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. Ou seja, a pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.
Os 1.198 casos confirmados ocorreram em 435 municípios, localizados em 22 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul. Já os 2.320 casos foram descartados por apresentarem exames normais, ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infeciosas.
No mesmo período, foram registrados 251 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 54 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 167 continuam em investigação e 30 foram descartados.
Cabe esclarecer que o Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos, além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.
O Ministério da Saúde orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
Distribuição dos casos notificados de microcefalia por UF, até 23 de abril de 2016
Regiões e Unidades Federadas
Casos  de Microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita
Total acumulado1 de
casos notificados
de 2015 a 2016
Em investigação
Confirmados2,3
Descartados4
Brasil
3.710
1.198
2.320
7.228
Alagoas
83
57
140
280
Bahia
652
221
175
1.048
Ceará
238
84
134
456
Maranhão
101
99
42
242
Paraíba
382
112
370
864
Pernambuco
733
334
816
1.883
Piauí
22
74
61
157
Rio Grande do Norte
297
86
34
417
Sergipe
163
31
17
211
Região Nordeste
2.671
1.098
1.789
5.558
Espírito santo
100
7
24
131
Minas Gerais
51
2
50
103
Rio de Janeiro
288
42
85
415
São Paulo
161a
0
108
269
Região Sudeste
600
51
267
918
Acre
18
0
17
35
Amapá
2
4
1
7
Amazonas
9
4
4
17
Pará
26
1
0
27
Rondônia
4
3
5
12
Roraima
22
0
0
22
Tocantins
118
3
17b
138
Região Norte
199
15
44
258
Distrito Federal
2
4
31
37
Goiás
82
9
37
128
Mato grosso
116
15
74
205
Mato Grosso do Sul
2
2
14
18
Região Centro-Oeste
202
30
156
388
Paraná
6
2
25
33
Santa Catarina
2
0
3
5
Rio Grande do Sul
30
2
36
68
Região Sul
38
4
64
106
Fonte: Secretarias de Saúde dos Estados e Distrito Federal (dados atualizados até 09/04/2016).
1 Número cumulativo de casos notificados que preenchiam a definição de caso operacional anterior (33 cm), além das definições adotadas no Protocolo de Vigilância (a partir de 09/12/2015) que definiu o Perímetro Cefálico de 32 cm para recém-nascidos com 37 ou mais semanas de gestação e demais definições do protocolo.
2 Apresentam alterações típicas: indicativas de infecção congênita, como calcificações intracranianas, dilatação dos ventrículos cerebrais ou alterações de fossa posterior entre outros sinais clínicos observados por qualquer método de imagem ou identificação do vírus Zika em testes laboratoriais.
3 Foram confirmados 194 casos por critério laboratorial específico para vírus Zika (técnica de PCR e sorologia).
4 Descartados por apresentar exames normais, por apresentar microcefalia e/ou malformações congênitas confirmada por causas não infecciosas ou por não se enquadrar nas definições de casos.
a. Conforme informado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”, da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, 161 casos se encontram em investigação para infecção congênita. Desses, 39 são possivelmente associados com a infecção pelo vírus Zika, porém ainda não foram finalizadas as investigações.
b. Redução no valor após revisão e correção (erro de digitação, classificação
Por Alexandre Penido, da Agência Saúde


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