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sábado, 23 de abril de 2016

Análise de Mídia, REVISTAS SEMANAIS sábado 23 de abril de 2016

Revistas de circulação nacional destacam em suas capas reportagens que remetem à crise política.

Com pequenas variações, mote da cobertura geral está centrado no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e em denúncias que expõem o governo. Nesse sentido, as demais revistas se equiparam.

CARTA CAPITAL registra em tom crítico que a “participação do poder econômico” foi um dos fatores “decisivos” para a derrota do Palácio do Planalto.

Na Câmara, segundo a revista, também prevaleceram o “ressentimento acumulado” por deputados ao longo de cinco anos de “maus-tratos” do Palácio.

ISTOÉ DINHEIRO traz como reportagem principal uma série de depoimentos de empresários e executivos que, segundo a revista, “abandonaram o tradicional discurso cauteloso em relação ao governo”.

Conforme a revista, um grupo representativo “se movimentou em favor do afastamento da presidente Dilma”.
 
VEJA dedica sua capa a Eduardo Cunha, a quem classifica como “#Fera, Odiado e do Mal”.

“E que ninguém pense que Cunha está morto. Na histórica sessão de domingo passado, que decretou o enterro político do governo Dilma, deputados chegaram a defender uma anistia a Cunha por seu papel decisivo no processo”, resume o texto.

ÉPOCA, que revela que o engenheiro José Antunes Sobrinho, um dos donos da empreiteira Engevix, resolveu contar o que sabe aos investigadores da Lava Jato.

Preso em Curitiba, o empresário pode, segundo a revista, comprometer o governo. ÉPOCA afirma ter tido acesso, na íntegra e com exclusividade, à última proposta de delação entregue pelos advogados de Antunes aos procuradores.



Diante do avanço da cobertura política, noticiário de interesse ocupa espaços pontuais neste sábado (23).

EXPRESSO, da revista ÉPOCA, aponta declaração de Henrique Meirelles, um dos cotados para assumir o Ministério da Fazenda no governo Temer, de que a elevação de impostos no país, mesmo que temporária, pode ser necessária.

“Paulo Skaf, presidente da Fiesp e amissimo do vice, não quer nem ouvir falar no assunto. ‘Não há espaço para o aumento de imposto. A melhor forma de aumentar a arrecadação é retomar o crescimento.’ A Fiesp promove uma campanha, que tem como mascote um pato amarelo, contra a alta de tributos.”

Na ISTOÉ DINHEIRO, reportagem de capa detalha que empresários e executivos abandonaram o tradicional discurso cauteloso em relação ao governo e se movimentaram em favor do afastamento da presidente Dilma.

“O maior símbolo do protagonismo do setor produtivo na campanha do ‘sim’ está no coração de um dos mais movimentados cartões-postais do País. O imponente prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista, no centro da capital paulista, passou a estampar um painel de lâmpadas de LED com uma bandeira do Brasil e uma conclamação pelo impeachment.”

Texto conta que além de acolher manifestantes na área do prédio, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, criou campanhas com o nome, telefones e e-mails dos deputados da bancada paulista, convocando a sociedade afazer pressão.

Reportagem cita também o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Luiz Campagnolo, que “acredita que a campanha ostensiva em cima da bancada tenha contribuído para reverter até seis votos de deputados indecisos ou contrários ao impeachment”.

CARTA CAPITAL relaciona maior movimento de jatos particulares no aeroporto internacional com suposta fala de Eliseu Padilha (PMDB) na Câmara sobre “ser inútil uma tentativa de última hora do Palácio do Planalto para salvar Dilma”.

“Se certos deputados fugissem da capital para não votar, ideia do núcleo duro governista, ‘nós temos aviões para buscá-los’, graças a empresários”, descreve o periódico.

A partir disso, CARTA enumera os possíveis mecenas da aviação civil e cita Benjamin Steinbruch, da CSN. “O elo de Steinbruch com o vice-presidente é indireto. Ele é o segundo na linha sucessória da Fiesp, entidade dirigida por Paulo Skaf, também do PMDB. Nas semanas pré-votação do impeachment, a Fiesp despejou rios de dinheiro em propagandas a favor do impedimento.”

Um segundo texto na CARTA CAPITAL analisa votação na Câmara dos Deputados no último domingo e traz em legenda de foto com placas ilustradas com palavras de ordem contra a presidente: “À sombra da Fiesp rudes e ignaros paulistanos esposam as esperanças de quem pretende punir o trabalho”

Em outra frente, MOEDA FORTE, na ISTOÉ DINHEIRO detalha: “O discurso é padrão em toda a indústria automobilística: ‘a carga tributária no Brasil é muito alta.’ É o que diz Steve St. Ângelo, CEO da Toyota na América Latina, para justificar o preço do modelo híbrido Prius, que sai por R$ 115 mil, e também para defender que o Brasil está atrasado nesse segmento.”

Coluna reproduz fala de St. Ângelo: "Isso me deixa acordado à noite. Não há, no País, um entendimento da importância dos híbridos."

“Apesar das noites mal dormidas e da preferência de St. Ângelo pelos híbridos, a Toyota vai inaugurar, no segundo trimestre, uma fábrica de motores a combustão em Porto Feliz, interior de São Paulo. A unidade produzirá os propulsores do novo Etios, modelo de entrada da montadora”, finaliza.

Já DINHEIRO EM NÚMEROS, na ISTOÉ DINHEIRO, especula que “se aprovada, a Contribuição Sobre Movimentação Financeira (CPMF) poderá arrecadar R$ 33,2 bilhões em 2017, segundo informou a Secretaria do Orçamento Federal na segunda-feira 18. Essa é a maior contribuição prevista para o ano que vem”.

“Nas estimativas do governo, o aumento das receitas no ano que vem será de R$ 56 bilhões. Além da CPMF, a Receita deverá arrecadar mais devido ao crescimento da economia., avalia.



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