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sábado, 30 de abril de 2016

Análise de Mídia, sábado 30 de abril de 2016

Questões associadas às pautas política e econômica direcionam a exposição da agenda diretamente ligada a Indústria neste sábado (30).

Como um dos destaques mais relevantes do dia, O ESTADO DE S. PAULO publica que a CNI entregou ao vice-presidente Michel Temer, “que assumirá a Presidência caso o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff seja aprovado pelo Congresso”, documento com 36 medidas consideradas como “indispensáveis” para tirar o país da crise.

Texto resume que as ações sugeridas vão de ajuste fiscal a melhores condições de crédito passando pela reforma trabalhista e tributária, entre outras medidas, e revela que o documento sustenta que o “país só voltará a crescer com ações nas áreas fiscais e de competitividade”.

ESTADÃO reproduz posicionamento atribuído ao presidente da CNI, Robson Braga De Andrade: “Não existe bala de prata ou uma mágica para melhorar o ambiente de negócios. É um conjunto de ações que, somadas à retomada do diálogo e à escolha de uma equipe eficiente, podem tirar o país da recessão”.

Em box complementar, ESTADÃO lista algumas das medidas que constam no documento da entidade, como a reforma da Previdência Social, ampliação dos prazos de recolhimento de IPI e PIS-Cofins, reforma do ICMS, compensação de créditos entre tributos federais e o aperfeiçoamento de mecanismos de financiamento de comércio exterior.

CORREIO BRAZILIENSE (DF) também explora a questão do documento entregue a Temer, em reportagem que trata das medidas que “seriam implantadas e negociadas com o Congresso” em caso de afastamento da presidente Dilma.

Jornal do DF rememora que, durante a disputa presidencial de 2014, a CNI fez um debate com os pré-candidatos ao Planalto - Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) - e entregou um documento listando as principais preocupações do setor.

“De lá para cá, se é verdade que o câmbio melhorou a situação dos exportadores, a recessão se agravou, a situação financeira das empresas se deteriorou visivelmente e a situação fiscal piorou”, disse o diretor da CNI, José Augusto Fernandes.

Mídia reserva espaço para informações sobre a reforma ministerial que pode ocorrer em um eventual governo Michel Temer e insere previsões sobre o destino do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Como ponto de atenção, FOLHA DE S. PAULO posiciona que “a CNI é contra a extinção” do Mdic e destaca declaração do diretor, Carlos Eduardo Abijaodi, que sustenta que a separação entre a área diplomática e a equipe de comércio exterior, utilizada hoje no Brasil, é uma estratégia de países como EUA, China, Japão, índia e Rússia. “Essa é uma forma de garantir, diz ele, que outros países não utilizem questões políticas para obter vantagens comerciais.”

Reportagem expõe também que o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, aliado de Temer, minimizou a ideia de desmembrar o órgão. “É natural que haja por parte da equipe do vice-presidente uma preocupação em rever e reavaliar tudo”, disse.

Explorando a redução de pastas sob o comando de Temer, reportagem que é manchete da FOLHA DE S. PAULO adverte que a indicação de que o Mdic seria extinto “foi mal recebida por entidades como a CNI.

Mais abordagens sobre o assunto, sem menções à entidade, constam em ANÁLISE SETORIAL.



FOLHA DE S. PAULO : Sob pressão, Temer reduz meta de cortar ministérios

O ESTADO DE S. PAULO :  Temer tenta cancelar recesso para antecipar impeachment

O GLOBO : Temer monta equipe com foco no ajuste fiscal



Temáticas em diferentes agendas mapeiam a exposição da agenda de interesse do segmento fabril nas edições que circulam hoje.

Mídia mantém atenção sobre a provável reforma que Michel Temer pode promover na Esplanada, caso o impedimento da presidente Dilma Rousseff seja confirmado no Senado Federal nos próximos 10 dias.

O ESTADO DE S. PAULO publica que Paulo Skaf, presidente da Fiesp, pediu audiência com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) para “repudiar a ideia” de passar as atribuições do Mdic para o Itamaraty.
Abordagem indica que Skaf saiu do encontro com a promessa de que o Mdic não será extinto e indica que “empresários ligados à entidade aceitam que parte das prerrogativas da pasta, como a Apex, o comércio exterior e o acompanhamento dos investimentos do BNDES, seja remanejada para outras pastas”.

Em manchete de O GLOBO (leia mais em POLÍTICA), reportagem registra que o vice Michel Temer se encontrou ontem com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, “que reagiu à proposta de extinguir o Ministério da Indústria e Comércio”.

PAINEL, na FOLHA DE S. PAULO, anota que “um dos principais aliados do vice-presidente indica que a ideia de levar parte do Mdic (Desenvolvimento, indústria e Comércio Exterior) para a pasta só seria executada se Serra assumir o Itamaraty”.

Ainda com foco na agenda política, jornais destacam que a presidente Dilma voltou a falar do processo de impeachment, durante uma solenidade do Mais Médicos (leia mais em POLÍTICA).

“Tenho clareza de que é ridícula a acusação. O que fizemos foi garantir programas sociais, o Plano Safra e investimentos para a indústria”, afirmou a presidente, que voltou a classificar como ‘golpe’ o processo que enfrenta, indica O ESTADO DE S. PAULO.

Jornais também abrem espaço para os dados sobre os índices de desemprego no Brasil, conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Mensal, divulgada ontem pelo IBGE.

Conforme o levantamento, o Brasil tem mais de 11 milhões de desempregados, 2,16 milhões a mais do que no fim do ano passado. Com isso, a taxa de desocupação no primeiro trimestre acelerou com força e atingiu 10,9% - a maior da série histórica do indicador, iniciada em 2012.

Com base nos dados da Pnad, O GLOBO expõe que a “indústria segue demitindo mais: dispensou 645 mil trabalhadores frente ao fim de 2015 e 1,5 milhão em um ano”.

Reportagem de O ESTADO DE S. PAULO reforça que “as demissões foram generalizadas e atingiram indústria, comércio, construção e até a administração pública (que inclui atividades como saúde e educação)”.

Já a FOLHA DE S. PAULO compõe que o “o desemprego, antes concentrado na indústria e na construção civil, agora avança no setor de serviços, o maior empregador do país”.

Ao CORREIO BRAZILIENSE (DF), Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, cita a indústria para ilustrar cenário: “Esse setor perdeu 645 mil vagas no trimestre. Em janeiro, fevereiro e março de 2015 detinha 14,4% das vagas formais. Hoje representa 12,9%”.

Em editorial, CORREIO BRAZILIENSE aborda o panorama econômico nacional e indica que “a presidente Dilma investiu alto na manutenção dos postos de trabalho no país. Renúncia fiscal, desoneração da folha de pagamento e incentivos à indústria - um dos mais importantes setores da economia. As providências foram frustradas”.

Como ponto de atenção, editorial em O ESTADO DE S. PAULO, intitulado de Cemitério de fábricas, posiciona que, “no Estado de São Paulo, somente no ano passado, 4.451 fábricas fecharam as portas, ou 24% mais do que o total que encerrou as atividades em 2014”.

Segundo o texto, “quanto ao tempo de operação das indústrias de transformação fechadas, a desgraça econômica é impiedosamente cega”.

ESTADÃO conclui que “a incompetência do governo Dilma e sua paralisia diante da crise política, econômica e moral decorrente de seus erros impedem os investimentos em infraestrutura. Sua permanência no poder tornaria ainda mais remota a saída da crise que envolve todo o país”.

Em outra frente, FOLHA DE S. PAULO informa que foi assinado ontem uma série de acordo com o Peru, entre eles, a liberação do comércio automotivo entre os dois países e o acesso a licitações de compras governamentais, com as mesmas vantagens da Aliança do Pacífico.

Reportagem ressalta que o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, disse que o acordo é parte do esforço de ampliação das relações comerciais com países dessa aliança. Em relação ao Peru, Monteiro destacou o livre-comércio imediato de veículos leves e picapes entre os dois países. “O Brasil tem hoje 3% desse mercado.”

O GLOBO também destaca a informação.



Editorial em O ESTADO DE S. PAULO sustenta que, na “iminência de ser desalojada do Palácio do Planalto, a petista Dilma Rousseff parece disposta a reafirmar, até o último minuto de sua estada no gabinete presidencial, a sesquipedal irresponsabilidade que marcou toda a sua triste trajetória como chefe de governo”.

Em tom crítico, FOLHA DE S. PAULO trata da permanência de Eduardo Cunha na presidência da Câmara e resume que o “Supremo retardou demais discussão sobre afastamento do presidente da Câmara, que não hesita em utilizar o cargo em benefício próprio”

O GLOBO, por sua vez, analisa que “marcar para logo eleições de presidente e vice — quem sabe, até gerais — ofuscaria a amarga derrota do partido no impedimento de Dilma, daria chance de uma volta por cima para o PT, caso o próprio Lula se candidatasse”.

Em TENDÊNCIAS / DEBATES, FOLHA DE S. PAULO abre espaço para o debate sobre os benefícios que a flexibilização da legislação trabalhista pode gerar para o país, em dois artigos que exploram diferentes posicionamentos.

No primeiro, o professor Jorge Cavalcanti Boucinhas sustenta que há muitos indicadores indicando ser necessária uma nova legislação trabalhista e defende: “Precisamos de mais liberdade sindical para termos sindicatos mais legítimos e representativos”.

Em contraponto, Luiz Carlos Motta, presidente do Fecomerciários (Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo) e da UGT-SP, afirma que, “no lugar de relativizar as conquistas trabalhistas, precisamos garantir a estabilidade financeira e a segurança da classe”.

“É daí que vem a potência que alimenta a indústria nacional e o crescimento econômico necessário para aprofundar as conquistas sociais”.COLUNAS
PAINEL, na FOLHA DE S. PAULO: “A Controladoria-Geral da União ganhará nova roupagem — ao menos terá uma capa mais lustrosa. Michel Temer quer transformar a pasta em Ministério da Transparência e do Combate à Corrupção”.

Registro segue: “Com tantos quadros do PMDB envolvidos na Lava Jato, o Palácio do Jaburu aposta em gestos simbólicos para tentar reduzir a má fama do partido. Criada por Lula, a Controladoria fiscaliza o próprio governo e toca os acordos de leniência com as empreiteiras acusadas de desvios”.

No mesmo jornal, Marcos Sawaya Jank alerta que é “dramática a situação das representações brasileiras no exterior”, com o atraso nos salários e benefícios dos funcionários e “um inaceitável atraso nas contribuições para as Nações Unidas e outras organizações”.

Para o autor, os “ministérios das Relações Exteriores, indústria e Comércio Exterior, Agricultura e a Apex (Agência de Promoção de Exportações e Investimentos) precisam juntar esforços de forma mais eficiente, definindo claramente as suas atribuições e limites, somando recursos e evitando duplicidades”.

José Simão, também na FOLHA, anota: “E eu já disse quem o Temer vai nomear pra ministro da Fazenda: o Pato da Fiesp!”

MÍRIAM LEITÃO, em O GLOBO, afirma que o “Banco Central do governo Dilma vai entregar o comando a quem for indicado pelo governo Temer tendo resistido à principal ameaça feita pelo PT durante todo o tempo: o de usar as reservas cambiais para estimular a economia”.

Em O ESTADO DE S. PAULO, CELSO MING pontua que “nesta sexta-feira saíram mais duas informações negativas sobre o desempenho da economia brasileira”. A primeira, diz o jornalista, foi o aumento do desemprego.

A segunda, continua MING, “é a nova deterioração das contas públicas, em março, que incluem governo federal, Estados, municípios e empresas estatais. O rombo (déficit primário), tal como divulgado ontem pelo Banco Central, ficou nos R$ 10,6 bilhões”.



As tendências verificadas ao longo da semana são mantidas e noticiário dá destaque, mais uma vez, às articulações feitas pelo vice-presidente Michel Temer visando estabelecer uma plataforma de governo no caso de afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Como um dos destaques dessa cobertura, manchete da FOLHA DE S. PAULO revela que Temer já admite que “não conseguirá cortar ministérios como planejava” e aponta que apesar da estimativa de passar de 32 para 26 pastas a conta “ainda não fecha”.

“A dificuldade crescente decorre de acordos para garantir o avanço do processo”, posiciona o veículo paulista, lembrando além do PP, PR, PSDB e PRB, que votaram majoritariamente pelo afastamento da petista, o vice deve abrir espaço para o PSDB, DEM e PPS.

Já manchete de O GLOBO relata que Michel Temer começa a definir um perfil ortodoxo para a equipe econômica de seu eventual governo, “em meio à grave crise econômica e à previsão do próprio governo de um déficit fiscal de R$ 96,6 bilhões este ano”.

Diário carioca afirma que a opção do vice pelo ex-presidente do BC Henrique Meirelles “foi por entender que ele será capaz de convencer o mercado financeiro de que não haverá espaço para heterodoxia e que a política econômica será marcada por um forte ajuste fiscal”.

Com foco na cobertura de impeachment, O ESTADO DE S. PAULO, em manchete, pontua que interlocutores do vice-presidente já articulam com parlamentares a suspensão do recesso parlamentar do meio do ano visando “acelerar o julgamento final da petistas e tentar votar medidas econômicas que deverão ser encaminhadas por Temer”.

Edições do dia também destacam a presença dos ministros Nelson Barbosa (Fazenda) e Kátia Abreu (Agricultura) e do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, na Comissão Especial do Impeachment do Senado.

Mídia descreve que o grupo sustentou que a presidente Dilma não cometeu crime de responsabilidade. Nas explicações, Kátia Abreu defendeu que os atrasos em pagamento do Tesouro não podem ser encarados como empréstimos e Cardozo polemizou ao falar em “golpe”.

Jornais ainda registram que, durante a assinatura da medida provisória que prorrogou por mais três anos o prazo para que profissionais estrangeiros possam trabalhar no programa Mais Médicos, a presidente Dilma Rousseff voltou a falar sobre seu impedimento.

O ESTADO DE S. PAULO relata que Dilma classificou como “ridícula” a acusação de ter cometido pedaladas fiscais, base do processo de impeachment em análise pelo Senado.

Merece atenção entrevistas em O ESTADO DE S. PAULO com os senadores João Capiberibe (PSB-AP) e Cássio Lima (PSDB-PB). O primeiro defende que “escolher entre Dilma e Temer não resolve crise” e o segundo afirma que “prioridade é formar um governo de salvação”.

Jornais também abrem espaço para informações sobre a operação Lava Jato.

Nessa agenda, FOLHA DE S. PAULO noticia que “um grupo de nove deputados e ex-deputados aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), tornou-se formalmente investigado”, sob suspeita de atuar “para achacar o grupo Schahin”.

Já O ESTADO DE S. PAULO publica que o ex-vice presidente da Caixa, Fábio Cleto, “acusou seu padrinho político, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de fazer parte de esquema de pagamento de propina em troca de liberação de verbas do fundo de investimentos do FGTS”.



Atenta ao mercado financeiro e às contas públicas, cobertura econômica coloca em evidência assuntos que seguem relacionados à pauta da crise política.

FOLHA DE S. PAULO destaca que “a forte valorização do real em março, provocada sobretudo pelo avanço do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, levou as contas públicas a uma situação inédita”.

“União, Estados e municípios tiveram um resultado positivo nas suas operações financeiras, ou seja, receberam mais juros do que pagaram a seus credores. No mês passado, uma das instituições que fazem parte dessa conta, o Banco Central, obteve uma receita extra de R$ 42,7 bilhões com suas operações com contratos de câmbio (swap cambial).”

Já O ESTADO DE S. PAULO adverte que, “pela primeira vez, contas do governo registram déficit no início do ano”. Texto indica que o rombo chegou a R$ 5,8 bilhões no primeiro trimestre e ficou em R$ 10,6 bilhões só em março.

O GLOBO destaca que o “dólar comercial recuou ontem à menor cotação em nove meses ante o real”.

Texto pontua que, “nem mesmo quatro incursões no mercado de câmbio pelo Banco Central (BC) - que comprou o equivalente a US$ 1,63 bilhão, após quatro dias sem atuar - conseguiu evitar uma desvalorização de 1,68% da divisa, que fechou valendo R$ 3,44”.

De volta à FOLHA DE S. PAULO, reportagem descreve que “avaliações técnicas feitas pelo Ministério da Fazenda indicam que as tentativas de reduzir o rombo nas contas públicas do Brasil – o chamado ajuste fiscal – tem limite e não pode se estender por um período longo”.

Ao jornal, o secretário de política econômica da Fazenda, Manoel Pires, explica que o governo deverá reduzir essas despesas para o equivalente a 3,4% do PIB neste ano, “um nível abaixo do que gastava em 2008 [3,5% do PIB]”.

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