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sábado, 16 de abril de 2016

Análise de Mídia, REVISTAS, sábado 16 de abril de 2016

Expectativa quanto à votação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff movimenta as revistas que circulam neste fim de semana.

Capa da ÉPOCA destaca que a presidente Dilma nunca esteve tão só. “Os aliados políticos se foram. Os funcionários mais próximos buscam emprego. Até em casa, no Palácio da Alvorada, Dilma Rousseff está sozinha e reclusa”.

Reportagem de capa da ISTOÉ defende que, se o impeachment for aprovado, “não vai ser golpe”.  “Terá cumprido à exaustão todas as etapas constitucionais e será o justo desfecho de uma gestão que se corrompeu de forma nunca antes vista na história deste País e que priorizou amigos e aliados (muitos já presos) em detrimento do povo brasileiro”.

Em outra frente, capa da ISTOÉ DINHEIRO destaca que “sob o governo Dilma, trabalhadores e aposentados dos Correios, do Banco do Brasil, da Caixa e da Petrobras viram bilhões de reais desaparecerem devido a ingerência política, má gestão, investimentos controversos e fraudes”.



Referências à Confederação Nacional da Indústria (CNI) aparecem em abordagens ligadas ao contexto político.

Reportagem de capa da CARTA CAPITAL adverte que a "Guerra Fria" na corrida pelos votos às vésperas da decisão do impeachment tomou Brasília, “com muita desinformação e propaganda a serviço dos objetivos políticos de parte a parte”.

Texto relata que Dilma Rousseff apontou uma "guerra psicológica", cenário construído por seus detratores “a fim de provocar um ‘efeito dominó’ a desaguar em sua deposição”.

“Não faltaram atores psicologicamente atuantes. A bancada evangélica e as confederações patronais da indústria, CNI, dos Transportes, CNT, e dos ruralistas, CNA, saíram em defesa do impeachment. A CNA até anunciou caravanas de fazendeiros a Brasília para pressionar os deputados”. (

RADAR, na VEJA, registra que “pesos-pesados dos setores produtivo e financeiro e representantes de entidades de classe como Fiesp, CNI, CNA e CNT telefonaram pessoalmente para uma lista de parlamentares para exigir daqueles que sempre ajudaram apoio à deposição da presidente”.



Cobertura setorial também sofre influência do noticiário político. Posicionamento do setor industrial frente ao impeachment está em destaque.

Capa da VEJA aponta que, às vésperas da decisão sobre o impeachment, a presidente já não exerce a Presidência de fato e se mostra “incapaz de restabelecer o diálogo com os setores produtivos e o Congresso e, assim, contribui para agravar a recessão econômica”.

“Na prática, seu governo acabou, e os últimos sinais vitais se restringem a eventos com plateias cativas, a tentativas de obter apoio com a oferta de cargos a deputados e senadores e a batalhas na Justiça, com os pedidos de liminares de última hora no Supremo Tribunal Federal”

ISTOÉ aponta que o governo assusta população menos escolarizada com o “discurso do medo”, ao afirmar que um novo presidente colocaria em risco os programas sociais.

"Sei que dizem de vez em quando que, se outrem assumir, vamos acabar com o Bolsa Família, vamos acabar com o Pronatec, vamos acabar com o Fies. Isso é falso. É mentiroso e fruto dessa política mais rasteira que tomou conta do País. Portanto, neste particular, quero dizer que nós deveremos manter estes programas e, até, se possível, revalorizá-los e ampliá-los", disse Michel Temer, em áudio vazado na semana passada.

NOSSA OPINIÃO, na ÉPOCA, também faz referência à declaração de Michel Temer.

CARTA CAPITAL aponta que os defensores do impeachment prometem reavivar um programa econômico com “validade vencida”.

“Apesar da desarticulação do sistema industrial, com repercussões extremamente danosas à nossa economia, as políticas sociais dos últimos anos promoveram a melhora da qualidade de vida em parte significativa da população”, pondera a abordagem.

De volta à ISTOÉ, reportagem aponta que o vice-presidente Michel Temer, com seus movimentos, na última semana, “conseguiu ser bem-sucedido em pelo menos um objetivo: o de entusiasmar os empresários dos mais diferentes setores, como industrial, de serviços e agropecuário”.

Texto sugere que Temer “precisará ir além da retórica, se quiser lograr êxito como presidente”.

“Nos últimos meses, Temer reuniu-se sistematicamente com os setores produtivos. Ouviu queixas e anotou sugestões. Se assumir, já terá em mãos o roteiro indicando quais caminhos tomar. E precisará trilhá-los. Com a celeridade e a urgência impostas pelo momento crucial por que passa o País”, defende ISTOÉ.

ISTOÉ aponta também que um estudo da gestora de recursos Mauá Capital concluiu que, com novo presidente, o dólar cairá de R$ 3,50 para R$ 3,00 até o final do ano e a Bovespa subirá dos atuais 50 mil para 60 mil pontos.

"A saída de Dilma fará aumentar a estabilidade, já que a matriz econômica que ela vinha seguindo é repleta de equívocos. A simples troca de governo vai gerar um entusiasmo inicial", diz João Luiz Mascolo, economista do Insper.

Reportagem situa que “a crise afetou tanto pequenos empresários quanto gigantes do setor industrial. Com quedas na produção, há expectativa de mais falências para o restante do ano”.

"A população precisa entender que o crescimento não virá facilmente. Aumentar a produtividade de um país é um trabalho para décadas", afirma Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, segundo reproduz ISTOÉ.

VEJA adverte que “o número de recuperações judiciais explode, e os bancos renegociam as dívidas com os grandes devedores para evitar perdas ainda mais profundas”.
Segundo a reportagem, o governo tem incentivado os bancos públicos e privados a renegociar as dívidas para “evitar uma quebradeira generalizada, o que aprofundaria a recessão”.

“Se em um primeiro momento a indústria se mostrou o setor mais afetado pela crise, 2015 foi o ano em que o comércio sentiu os efeitos da tempestade perfeita na economia: quase 100.000 lojas encerraram as atividades, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC)”, situa o texto.

Em outra frente, CARTA CAPITAL aponta que a comissão parlamentar que acompanha os desdobramentos do rompimento de duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco no município de Mariana (MG) segue o “curso moroso dos trabalhos legislativos”.

Segundo a revista, a lentidão nos trabalhos da comissão contrasta com a celeridade na tramitação de uma proposta para agilizar a concessão de licenças ambientais.

“O projeto prevê a criação de um licenciamento ambiental especial para obras estratégicas de infraestrutura, ao estabelecer prazos exíguos para os estudos de campo dos órgãos de fiscalização ambiental. A proposta faz parte do pacote da Agenda Brasil, idealizada por Renan Calheiros, presidente do Senado, para retomar o crescimento econômico”, explica a reportagem.


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