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sexta-feira, 1 de abril de 2016

Ministério da Saúde define junto a pesquisadores prioridades de pesquisa sobre arboviroses

Os temas delimitados podem se tornar linhas de pesquisa de um edital de fomento a ser publicado em breve
Pouco se sabe sobre a zika, doença que já se espalhou pelo Brasil e tem movimentado o governo e a comunidade científica em busca de soluções. A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos e a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, com o objetivo de identificar as lacunas de conhecimento a respeito das arboviroses (vírus transmitidos por mosquitos) e definir que pesquisas seriam mais importantes a se fomentar no momento, realizou a Oficina de Prioridades em Arboviroses, nos dias 08 e 09 de março de 2016.
Durante a oficina, pesquisadores de diversas instituições de ensino e pesquisa, gestores e trabalhadores do Ministério da Saúde se uniram para delinear os temas de pesquisa fundamentais para combater epidemias de dengue, zika e chikungunya. Os temas definidos podem se tornar linhas de pesquisa de um edital de fomento a ser publicado em breve. “As soluções precisam ser permanentes, mas as estratégias de ação são dinâmicas e dependem da situação que se está enfrentando”, afirmou Pedro Prata, diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit/SCTIE/MS).
Participaram da mesa de abertura do evento o Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (SCTIE/MS), Eduardo Azeredo Costa, o Diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia da referida Secretaria (Decit/SCTIE/MS), Pedro Prata, a Coordenadora Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços, da Secretaria de Vigilância em Saúde (CGDEP/DEGEVS/SVS/MS), Elisete Duarte, e o Coordenador Geral de Biotecnologia e Saúde do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Henrique Canto. O Coordenador Geral de Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública, da Secretaria de Vigilância em Saúde (CGVR/SVS/MS), Wanderson Kleber de Oliveira, realizou uma apresentação introdutória com dados sobre as arboviroses.
As doenças transmitidas por mosquitos são um grande desafio para a saúde pública, segundo Oliveira, principalmente porque na sociedade de hoje os riscos são compartilhados globalmente. Todos os mosquitos vetores que aqui existem estão na Europa, incluindo o Aedes aegypti, que retornou a algumas regiões. Nos últimos 40 anos, foram identificadas cerca de 40 novas doenças. Os trabalhos de pesquisa são cruciais para erradicar doenças antigas que ainda causam grandes danos, como a dengue, e para que não sejam perenizadas as doenças recentes.
Após a abertura, os participantes da oficina foram divididos em cinco grupos de trabalho que definiram mais de vinte temáticas prioritárias, tendo alguns ressaltando a importância de uma ação coordenada de integração entre as linhas de pesquisa e também a necessidade de se priorizar pesquisas que permitam respostas rápidas para a questão de saúde pública enfrentada atualmente.
Seminário de Avaliação
Além da oficina Decit/SCTIE/MS realizou no dia 10 de março de 2016 o Seminário de Avaliação de Pesquisas em Arboviroses. O seminário teve como objetivo obter um panorama do andamento das pesquisas já financiadas pelo Ministério da Saúde com relação a doenças transmitidas por mosquitos, notadamente a dengue, e contou com a presença do Diretor do Decit, Pedro Prata, pesquisadores e trabalhadores do Ministério.
Os pesquisadores apresentaram e discutiram trabalhos em diversas áreas relativas às arboviroses, como controle de vetores, vacinas contra dengue, melhorias de diagnóstico, avaliações de prognóstico de dengue grave, estudos epidemiológicos, estudos de genoma viral de dengue, mayaro e oropuche, avaliações de resposta inflamatória, suscetibilidade genética à dengue, entre outras.
A oficina e o seminário ofereceram uma visão abrangente do que já tem sido desenvolvido e das lacunas de conhecimento sobre arbovírus, o que deve nortear ações de fomento à pesquisa pelo Ministério da Saúde.

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