Afastamento da presidente
Dilma Rousseff e posse do presidente interino Michel Temer e dos novos
ministros ocupam os principais espaços das revistas que circulam no fim de
semana.
Reportagem de capa da CARTA
CAPITAL relata a saída da presidente petista foi um “golpe inegavelmente
brasileiro” e aponta que Michel Temer foi “alçado a número 1 da República após
uma atuação ostensiva na trama anti-Dilma”.
ÉPOCA traça o perfil de Michel
Temer, "o presidente acidental", e afirma que ele “ascendeu graças à
habilidade de se manter no poder”. “Sua desenvoltura como articulador, aliada
ao pendor pela conciliação de interesses – dotes reconhecidos até pelos
desafetos –, impulsionou sua carreira”, afirma a revista.
Reportagem de capa da ISTOÉ
destaca que Michel Temer assume a Presidência com a missão de resgatar a
confiança do País, retomar os investimentos e promover um pacto nacional e
alerta que “o tempo joga contra ele”.
Capa da VEJA traz série de
reportagens que apontam que “a era petista terminou melancolicamente”. “Lula
agora trava uma batalha constrangedora para não ser preso, arrastado pelas
denúncias no âmbito da Operação Lava-Jato”, afirma.
Agenda econômica ganha força
com a notícia da posse do governo interino de Michel Temer (PMDB).
Abordagens avaliam a indicação
de Henrique Meirelles para o Ministério da Fazenda e repercutem e formação do
governo entre o empresariado.
Destaque está na reportagem de
capa da ISTOÉ DINHEIRO, que aponta que Michel Temer conta com o apoio do setor
produtivo para ressuscitar a economia, e os empresários contam com o novo
presidente para criar um ambiente favorável aos investimentos.
“Ao que tudo indica, o pacto
está firmado”, assinala.
Reportagem aponta que além do
industrial Jorge Gerdau, Temer recebeu outros protagonistas da economia
brasileira, como Benjamin Steinbruch, da CSN; Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco;
Abilio Diniz, do Carrefour; e Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo, a Fiesp.
“Ouviu aquilo que os
empresários vinham gritando aos sete ventos nos últimos anos: a necessidade de
se criar um ambiente mais propício à competitividade, a urgência na redução das
taxas de juros e a queda gradual da carga tributária, ingredientes que
destravariam os investimentos e a geração de empregos”, resume a reportagem.
VEJA aponta que o novo
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, apresentou a Michel Temer dois eixos
centrais de políticas destinadas a reconstruir a confiança na economia
brasileira.
“O primeiro, mais emergencial,
envolve a recuperação da previsibilidade. Diz respeito, antes de tudo, ao
equilíbrio nas finanças públicas, mas abrange ainda o controle da inflação. Uma
meta é aprovar a reforma da Previdência”, afirma a revista.
“O segundo eixo é o da
produtividade. Fazem parte dele ações cujo intuito é dar mais racionalidade ao
sistema tributário e oferecer regras confiáveis aos investimentos privados nas
obras de infraestrutura, além de maior abertura do país à concorrência
internacional”, assinala.
Ainda segundo VEJA, a reforma
fiscal, entretanto, requer mexer no vespeiro do chamado "pacto
federativo", a divisão das receitas e obrigações entre as várias esferas
de governo. “Alguns estados perderão receitas - e inevitavelmente vão se opor a
mudanças”, adverte.
MAÍLSON DA NÓBREGA, na VEJA,
sugere que a reforma trabalhista melhoraria a “anacrônica” legislação da era
Vargas. “Seus custos rivalizam com os do sistema tributário como a maior fonte
de ineficiência e atraso da economia.
"Numa época em que a
tecnologia impõe profundas transformações no mercado de trabalho e no emprego,
temos regras dos tempos em que nem sequer existia a máquina de datilografar
elétrica. Apesar disso, as resistências serão enormes”, afirma.
Segundo ele, “a reforma
tributária é outro tema ingrato. O ICMS é a principal fonte de disfunções do
sistema. É preciso aproximá-lo de um clássico imposto sobre o valor agregado
(IVA) com harmonia de regras e alíquotas. Isso requer eliminar o poder dos
governadores de alterar normas, como se tornou corriqueiro. Quem vai
convencê-los disso?”.
ISTOÉ DINHEIRO destaca que o
governo Michel Temer tenta aliar a urgência econômica com o tempo político, mas
adverte que o prazo é curto: “ele tem apenas 100 dias para aprovar as reformas
no Congresso”.
Reportagem relata que o
primeiro passo de uma reaproximação maior com o setor privado foi dado no mesmo
dia da posse, com a criação do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI),
que coordenará as concessões e privatizações.
ÉPOCA aponta que após anos de
isolamento, Dilma Rousseff quer correr o País, mas, segundo a revista, o PT não
vai consultá-la sobre os próximos passos da legenda.
Texto menciona que “Dilma
editou 14 decretos publicados na manhã de quinta-feira. Um prevê a volta do
Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) da Casa Civil para o Planejamento”.
OITO NOTAS, na ÉPOCA, registra
que “um estudo sobre perfil social, racial e de gênero nas empresas brasileiras
mostrou que apenas 5,3% dos cargos executivos das 500 maiores empresas
brasileiras são ocupados por negros e 13,7% por mulheres".
"Segundo Jorge Abrahão,
diretor-presidente do Instituto Ethos, que fez a pesquisa, no atual ritmo de
evolução das participações dessas minorias, o equilíbrio no quadro só ocorrerá,
no mínimo, daqui a 150 anos”.
OITO NOTAS assinala que “o
Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou o Brasil como um dos exemplos do
que a corrupção pode fazer com um país".
"Em um documento de 43
páginas lançado na terça-feira, dia 10, o órgão cita o Brasil três vezes por
causa dos problemas causados pelos malfeitos. O FMI disse que a corrupção não
afeta só o poder do Estado, mas todo o ambiente legal."
Informação também está na
DINHEIRO DA SEMANA, na ISTOÉ DINHEIRO, que acrescenta: “O problema é que o País
foi utilizado para mostrar de que maneira a corrupção é capaz de desencadear a
instabilidade política e afetar o desempenho da economia, com consequências
danosas ao PIB”.
Segundo a coluna, “os
escândalos causados pelas operações Lava Jato e Zelotes desencadearam a
instabilidade política e trouxeram incertezas ao ambiente econômico, com
impacto negativo nas decisões de investimento das empresas e de consumo das
famílias”.
"Os custos diretos da
corrupção já são bem conhecidos. Mas os custos indiretos podem ser ainda mais
substanciais e danosos, levando ao baixo crescimento e mais desigualdade de
renda", diz a diretora-geral Christine Lagarde, do FMI.
SOBEDESCE, na VEJA, classifica
como “desce”: “Estatais – Durante a gestão Dilma, as três principais empresas
de capital aberto do governo - Banco do Brasil, Petrobras e Eletrobras -
perderam, juntas, mais da metade de seu valor em dólar”.
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