A vacina para combater o vírus Zika estará disponível para testes pré-clínicos a partir de novembro. Resultado de parceria entre o Instituto Evandro Chagas, do Ministério da Saúde, e a Universidade Medical Branch do Texas, Estados Unidos, o estudo conta com um investimento de aproximadamente R$ 10 milhões, conforme informação divulgada ontem (20) pelo ministério. De acordo com ministro Ricardo Barros, a pesquisa, que teria prazo inicial de 12 meses, está sendo antecipada para nove meses. “Isso mostra a importância do Instituto Evandro Chagas como célula fundamental de desenvolvimento de tecnologia em saúde no Brasil”, afirmou Barros. A vacina deverá ser administrada em dose única e utilizará o vírus Zika atenuado. Inicialmente, o público-alvo da imunização será de mulheres em idade fértil. Caso as fases de testes ocorram dentro do esperado, em dois anos a vacina deve estar pronta para produção em escala comercial. Inicialmente, a vacina não será aplicada em gestantes, mas o instituto também desenvolve outra tecnologia, a partir do DNA recombinante do vírus para ser utilizado em grávidas. Essa vacina deverá estar disponível para testes até fevereiro de 2017, segundo a previsão do Instituto Evandro Chagas. Em fevereiro de 2017 devem ser iniciados os estudos clínicos em seres humanos para testar sua eficácia na população. Essa etapa será executada pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz). O ministério estuda formas para acelerar o processo de liberação da vacina, que normalmente leva cinco anos para ser concluído. A preocupação é a situação de emergência gerada pela epidemia de Zika e suas consequências, como a microcefalia em bebês. Durante a epidemia de ebola, a Organização Mundial de Saúde (OMS) conseguiu negociar o andamento das fases de testes clínicos. Heloisa Cristaldo Repórter da Agência Brasil, Edição: Armando Cardoso
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