A decisão do Superior Tribunal
Federal (STF) de suspender o mandato e afastar Eduardo Cunha da presidência da
Câmara está em destaque nas capas das revistas que circulam neste fim de
semana.
CARTA CAPITAL aponta que
Eduardo Cunha havia se tornado uma “peça inútil do jogo” após a aprovação da
admissibilidade do processo de impeachment em 17 de abril. “Em Brasília, há um
certo suspense. O ‘homem-bomba’ explodirá sozinho ou fará novas vítimas?”.
ÉPOCA destaca que o
afastamento de Eduardo Cunha é um recado que ninguém resiste à força da
Operação Lava Jato. “Cunha é hoje, provavelmente, o político mais impopular do
país”, afirma a revista.
ISTOÉ aponta que Eduardo Cunha
sofreu uma derrocada “incontornável” e agora está a um passo de cair nas mãos
do juiz Sérgio Moro, seguindo o caminho do ex-presidente Lula. “O País começa a
ser passado a limpo”.
VEJA avalia que ao afastamento
de Eduardo Cunha é uma “boa notícia para a democracia”. “A queda de Cunha é um
revés para o eventual governo Temer. Sua presença no comando da Câmara era um
constrangimento nacional”.
Em outra frente, ISTOÉ
DINHEIRO adverte que, com a proximidade do afastamento, a presidente Dilma
Rousseff atropela a moderação fiscal com medidas populistas que elevam em R$ 10
bilhões os gastos públicos. “Se o Senado afastá-la do cargo, a conta ficará
para Michel Temer”.
Com agenda política ao centro,
menções à Indústria ocupam espaços restritos na cobertura das revistas.
CARTA CAPITAL destaca que o
superávit comercial de 4,86 bilhões de dólares em abril, anunciado por Armando
Monteiro, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, elevou o saldo
positivo acumulado de janeiro a abril para 13,25 bilhões, o maior no período
desde 1989.
Segundo a reportagem, o IBGE
divulgou o aumento da produção da indústria, de 1,4% em março depois de uma
queda de 2,7% no mês anterior.
“Os dados do comércio exterior
e da indústria, somados a indicadores positivos de inflação, horas trabalhadas,
uso da capacidade instalada e faturamento, entre outros, melhoraram a
expectativa dos empresários, mas a volatilidade do câmbio, o cenário político e
a conjuntura internacional mantêm a incerteza”.
Na mesma reportagem, CARTA
CAPITAL afirma que o próximo passo do governo na frente externa será o início,
anunciado pelo Ministério do Desenvolvimento, da troca de ofertas com a União
Europeia.
“Apesar da possível perda de
3% do PIB de 14 setores com o rebaixamento de tarifas e outras cláusulas,
segundo um estudo da CNI, o entendimento conta com apoio de governo, oposição e
empresários. Os maiores prejuízos recairão sobre a sociedade, informada por uma
mídia restrita à versão oficial”, assinala CARTA CAPITAL.
BRASIL CONFIDENCIAL, na ISTOÉ,
registra uma “boa notícia aos negociadores brasileiros que tentam selar acordo
com o México. A CNI propôs que o Brasil acabe com as barreiras tarifárias às
importações mexicanas para 90% do comércio bilateral e zere a tarifa de
importação. Recomendará ainda que o país inclua no acordo as mesmas regras que
os mexicanos assinaram com os EUA na Parceria Transpacífico”.
Segundo a coluna, “entre as
regras está a liberação de mercadorias nos portos em, no máximo, 48 horas, e o
fim da consularização de documentos. O acordo beneficiará mais de quatro mil
produtos brasileiros”.
Itens políticos influenciam na
cobertura setorial. Abordagens de interesse do setor industrial aparecem de
forma pontual.
CARTA CAPITAL avalia as
propostas do PMDB para um eventual governo de Michel Temer, “A Travessia
Social”, que prega nas exportações para retomar o crescimento.
Texto exemplifica que uma das
propostas é permitir a participação de 100% do capital estrangeiro nas
companhias aéreas. “Em novo programa elaborado pela Fundação Ulysses Guimarães,
o PMDB defende mudanças nos programas sociais e o lançamento de um pacote de
privatizações”.
Reportagem menciona que os
cursos do Pronatec devem ser focados nas demandas dos mercados locais e nos 5%
a 40% mais pobres. Segundo o PMDB, essa faixa está "perfeitamente
conectada à economia nacional".
Em tom crítico, CARTA CAPITAL reforça
que o PMDB propõe "transferir para o setor privado tudo o que for possível
em matéria de infraestrutura" e prevê privatizações e concessões de
aeroportos, portos, rodovias e ferrovias.
EXPRESSO, na ÉPOCA, aponta que
“Michel Temer já sabe: terá dificuldades grandes para aprovar um pacote de
ajuste fiscal, incluindo a reforma da Previdência, sem a colaboração do
presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, no convencimento dos deputados”.
“Goste-se ou não, Cunha
controlava parte importante da Câmara, especialmente o denominado ‘Centrão’.
Após seu afastamento, Cunha disse: ‘(Temer) vai se virar com o Waldir
(presidente interino da Câmara)’”.
VEJA adverte que, perto de ser
afastada da Presidência, Dilma Rousseff “ignora de novo a responsabilidade fiscal
e anuncia medidas populistas que elevarão em R$ 10 bi as despesas”.
Reportagem afirma que semanas
antes do agravamento da crise política, a maioria dos programas sociais já
sofria com a “tesourada do PT”, em nome do ajuste fiscal.
“Bandeiras da chamada Pátria
Educadora, os programas Ciência Sem Fronteiras, Pronatec, Prouni e Fies
sofreram cortes reais de 62%, 59%, 18% e 5%, respectivamente”, exemplifica a
revista.
BRASIL CONFIDENCIAL, na ISTOÉ,
afirma que assim que for afastada, “atos da presidente Dilma Rousseff passarão
por uma devassa em várias áreas”.
Texto relata que existe “uma
expectativa de que a nova diretoria da Petrobras possa fornecer respostas
diferentes sobre a responsabilização nos maus negócios fechados pela empresa no
período em que a petista e o ex-ministro Guido Mantega presidiram o conselho da
estatal e Sergio Gabrielli e Graça Foster comandaram a companhia. Futuros
integrantes do governo Michel Temer falam até em reparação financeira”.
ISTOÉ DINHEIRO destaca que
Henrique Meirelles, contado para o Ministério da Fazenda em um eventual governo
Michel Temer, é um “ferrenho defensor” da independência formal do Banco
Central.
“A poucos dias de o Senado
votar o afastamento de Dilma, Meirelles ganhou o apoio que faltava para o tema
deslanchar: Michel Temer quer dar autonomia à autoridade monetária”, situa a
revista.
Reportagem reforça que Ilan
Goldfajn, economista-chefe do Banco Itaú, e Mário Mesquita, sócio do Banco
Brasil Plural, lideram o quadro de apostas para assumir o BC.
RADAR, na VEJA, aponta que
“Michel Temer e Henrique Meirelles pretendem manter Alexandre Tombini na
presidência do Banco Central pelo menos até a próxima reunião do Copom, em 7 e
8 de junho. A troca da guarda só se precipitará se Tombini quiser sair. Temer
quer evitar marolas e interinidade no comando do BC”.
SUSTENTABILIDADE, na ISTOÉ
DINHEIRO, registra que “o Brasil é o quinto país que mais enviou recursos para
paraísos fiscais, como Ilhas Cayman e Ilhas Virgens, entre 2010 e 2014, afirma
um relatório divulgado pela ONU. No período, US$ 23 bilhões deixaram o País, o
equivalente a 5% do total”.
Segundo a coluna, “a boa
notícia é que o fluxo de recursos para esses paraísos caiu 8% no ano passado,
somando todos os países, em comparação ao ano anterior. Ainda assim, a ONU
considera o volume muito alto”.
SEMANA, na ISTOÉ, registra que
“pela segunda vez em seis meses, a agência de classificação de risco Fitch
rebaixou a nota de crédito do Brasil. Na quinta-feira 5 ela foi reduzida de BB+
para BB (em dezembro o rating já havia sido cortado de BBB- para BB+, quando o
País perdeu o grau de investimento pela mesma agência)”.
“Segundo a Fitch, a redução da
nota reflete a contração econômica e o ‘ambiente político muito desafiador’ que
o Brasil vive atualmente”.
DINHEIRO NA SEMANA, na ISTOÉ
DINHEIRO, pontua que “97,6% é o crescimento nos pedidos de recuperação judicial
por empresas que atuam no Brasil, segundo a Serasa Experian. É a maior alta
desde 2006”.
DINHEIRO EM NÚMEROS, na ISTOÉ
DINHEIRO, assinala que o IBGE informou que a produção industrial avançou 1,4%,
após ter recuado 2,7% em fevereiro.
“No primeiro trimestre, porém,
a queda da atividade na indústria foi de 11,7%. Esse foi o pior resultado
acumulado no período desde 2009, quando a produção encolheu 14,2%. Em 12 meses,
a baixa foi de 9,7%, a maior desde os 10,3% registrados nos 12 meses findos em
outubro de 2009”.
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