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domingo, 8 de maio de 2016

Análise de Mídia, REVISTAS, sábado 07 de maio de 2016

A decisão do Superior Tribunal Federal (STF) de suspender o mandato e afastar Eduardo Cunha da presidência da Câmara está em destaque nas capas das revistas que circulam neste fim de semana.

CARTA CAPITAL aponta que Eduardo Cunha havia se tornado uma “peça inútil do jogo” após a aprovação da admissibilidade do processo de impeachment em 17 de abril. “Em Brasília, há um certo suspense. O ‘homem-bomba’ explodirá sozinho ou fará novas vítimas?”.

ÉPOCA destaca que o afastamento de Eduardo Cunha é um recado que ninguém resiste à força da Operação Lava Jato. “Cunha é hoje, provavelmente, o político mais impopular do país”, afirma a revista.

ISTOÉ aponta que Eduardo Cunha sofreu uma derrocada “incontornável” e agora está a um passo de cair nas mãos do juiz Sérgio Moro, seguindo o caminho do ex-presidente Lula. “O País começa a ser passado a limpo”.

VEJA avalia que ao afastamento de Eduardo Cunha é uma “boa notícia para a democracia”. “A queda de Cunha é um revés para o eventual governo Temer. Sua presença no comando da Câmara era um constrangimento nacional”.

Em outra frente, ISTOÉ DINHEIRO adverte que, com a proximidade do afastamento, a presidente Dilma Rousseff atropela a moderação fiscal com medidas populistas que elevam em R$ 10 bilhões os gastos públicos. “Se o Senado afastá-la do cargo, a conta ficará para Michel Temer”.




Com agenda política ao centro, menções à Indústria ocupam espaços restritos na cobertura das revistas.

CARTA CAPITAL destaca que o superávit comercial de 4,86 bilhões de dólares em abril, anunciado por Armando Monteiro, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, elevou o saldo positivo acumulado de janeiro a abril para 13,25 bilhões, o maior no período desde 1989.

Segundo a reportagem, o IBGE divulgou o aumento da produção da indústria, de 1,4% em março depois de uma queda de 2,7% no mês anterior.

“Os dados do comércio exterior e da indústria, somados a indicadores positivos de inflação, horas trabalhadas, uso da capacidade instalada e faturamento, entre outros, melhoraram a expectativa dos empresários, mas a volatilidade do câmbio, o cenário político e a conjuntura internacional mantêm a incerteza”.

Na mesma reportagem, CARTA CAPITAL afirma que o próximo passo do governo na frente externa será o início, anunciado pelo Ministério do Desenvolvimento, da troca de ofertas com a União Europeia.

“Apesar da possível perda de 3% do PIB de 14 setores com o rebaixamento de tarifas e outras cláusulas, segundo um estudo da CNI, o entendimento conta com apoio de governo, oposição e empresários. Os maiores prejuízos recairão sobre a sociedade, informada por uma mídia restrita à versão oficial”, assinala CARTA CAPITAL.

BRASIL CONFIDENCIAL, na ISTOÉ, registra uma “boa notícia aos negociadores brasileiros que tentam selar acordo com o México. A CNI propôs que o Brasil acabe com as barreiras tarifárias às importações mexicanas para 90% do comércio bilateral e zere a tarifa de importação. Recomendará ainda que o país inclua no acordo as mesmas regras que os mexicanos assinaram com os EUA na Parceria Transpacífico”.

Segundo a coluna, “entre as regras está a liberação de mercadorias nos portos em, no máximo, 48 horas, e o fim da consularização de documentos. O acordo beneficiará mais de quatro mil produtos brasileiros”.



Itens políticos influenciam na cobertura setorial. Abordagens de interesse do setor industrial aparecem de forma pontual.

CARTA CAPITAL avalia as propostas do PMDB para um eventual governo de Michel Temer, “A Travessia Social”, que prega nas exportações para retomar o crescimento.

Texto exemplifica que uma das propostas é permitir a participação de 100% do capital estrangeiro nas companhias aéreas. “Em novo programa elaborado pela Fundação Ulysses Guimarães, o PMDB defende mudanças nos programas sociais e o lançamento de um pacote de privatizações”.

Reportagem menciona que os cursos do Pronatec devem ser focados nas demandas dos mercados locais e nos 5% a 40% mais pobres. Segundo o PMDB, essa faixa está "perfeitamente conectada à economia nacional".

Em tom crítico, CARTA CAPITAL reforça que o PMDB propõe "transferir para o setor privado tudo o que for possível em matéria de infraestrutura" e prevê privatizações e concessões de aeroportos, portos, rodovias e ferrovias.

EXPRESSO, na ÉPOCA, aponta que “Michel Temer já sabe: terá dificuldades grandes para aprovar um pacote de ajuste fiscal, incluindo a reforma da Previdência, sem a colaboração do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, no convencimento dos deputados”.

“Goste-se ou não, Cunha controlava parte importante da Câmara, especialmente o denominado ‘Centrão’. Após seu afastamento, Cunha disse: ‘(Temer) vai se virar com o Waldir (presidente interino da Câmara)’”.

VEJA adverte que, perto de ser afastada da Presidência, Dilma Rousseff “ignora de novo a responsabilidade fiscal e anuncia medidas populistas que elevarão em R$ 10 bi as despesas”.

Reportagem afirma que semanas antes do agravamento da crise política, a maioria dos programas sociais já sofria com a “tesourada do PT”, em nome do ajuste fiscal.

“Bandeiras da chamada Pátria Educadora, os programas Ciência Sem Fronteiras, Pronatec, Prouni e Fies sofreram cortes reais de 62%, 59%, 18% e 5%, respectivamente”, exemplifica a revista.

BRASIL CONFIDENCIAL, na ISTOÉ, afirma que assim que for afastada, “atos da presidente Dilma Rousseff passarão por uma devassa em várias áreas”.

Texto relata que existe “uma expectativa de que a nova diretoria da Petrobras possa fornecer respostas diferentes sobre a responsabilização nos maus negócios fechados pela empresa no período em que a petista e o ex-ministro Guido Mantega presidiram o conselho da estatal e Sergio Gabrielli e Graça Foster comandaram a companhia. Futuros integrantes do governo Michel Temer falam até em reparação financeira”.

ISTOÉ DINHEIRO destaca que Henrique Meirelles, contado para o Ministério da Fazenda em um eventual governo Michel Temer, é um “ferrenho defensor” da independência formal do Banco Central.

“A poucos dias de o Senado votar o afastamento de Dilma, Meirelles ganhou o apoio que faltava para o tema deslanchar: Michel Temer quer dar autonomia à autoridade monetária”, situa a revista.

Reportagem reforça que Ilan Goldfajn, economista-chefe do Banco Itaú, e Mário Mesquita, sócio do Banco Brasil Plural, lideram o quadro de apostas para assumir o BC.

RADAR, na VEJA, aponta que “Michel Temer e Henrique Meirelles pretendem manter Alexandre Tombini na presidência do Banco Central pelo menos até a próxima reunião do Copom, em 7 e 8 de junho. A troca da guarda só se precipitará se Tombini quiser sair. Temer quer evitar marolas e interinidade no comando do BC”.

SUSTENTABILIDADE, na ISTOÉ DINHEIRO, registra que “o Brasil é o quinto país que mais enviou recursos para paraísos fiscais, como Ilhas Cayman e Ilhas Virgens, entre 2010 e 2014, afirma um relatório divulgado pela ONU. No período, US$ 23 bilhões deixaram o País, o equivalente a 5% do total”.

Segundo a coluna, “a boa notícia é que o fluxo de recursos para esses paraísos caiu 8% no ano passado, somando todos os países, em comparação ao ano anterior. Ainda assim, a ONU considera o volume muito alto”.

SEMANA, na ISTOÉ, registra que “pela segunda vez em seis meses, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota de crédito do Brasil. Na quinta-feira 5 ela foi reduzida de BB+ para BB (em dezembro o rating já havia sido cortado de BBB- para BB+, quando o País perdeu o grau de investimento pela mesma agência)”.

“Segundo a Fitch, a redução da nota reflete a contração econômica e o ‘ambiente político muito desafiador’ que o Brasil vive atualmente”.

DINHEIRO NA SEMANA, na ISTOÉ DINHEIRO, pontua que “97,6% é o crescimento nos pedidos de recuperação judicial por empresas que atuam no Brasil, segundo a Serasa Experian. É a maior alta desde 2006”.

DINHEIRO EM NÚMEROS, na ISTOÉ DINHEIRO, assinala que o IBGE informou que a produção industrial avançou 1,4%, após ter recuado 2,7% em fevereiro.

“No primeiro trimestre, porém, a queda da atividade na indústria foi de 11,7%. Esse foi o pior resultado acumulado no período desde 2009, quando a produção encolheu 14,2%. Em 12 meses, a baixa foi de 9,7%, a maior desde os 10,3% registrados nos 12 meses findos em outubro de 2009”.

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