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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Presidente da Fiocruz fala, durante a celebração dos 40 anos, sobre o contexto atual do país e a criação de cenários para o futuro da FARMANGUINHOS e da saúde do povo brasileiro

Durante a celebração dos 40 anos de FarManguinhos o Presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha apresentou a palestra: “os desafios da política nacional de saúde e o papel de Farmanguinhos”.

Operação no presente, de olho no futuro – apresentando um panorama geral do contexto do país, dentro do contexto político e econômico e os desafios sanitários.
 - “Estamos em um desafio especial, enquanto cidadãos, profissionais e instituição, principalmente com a saída do Ministro da Saúde, Marcelo Castro, que renunciou e estamos nesta transição também dentro do Ministério. Nós precisamos, individualmente e coletivamente, ter capacidade de dialogar, analisar, agir de maneira coesa, avaliar os processos e os projetos que dão significado à missão da Fiocruz, o que temos como questões centrais para continuar interagindo com estas conjunturas, por mais instáveis que sejam”, salientou Gadelha.


Segundo o presidente da Fiocruz, a Fiocruz já aprendeu a saber lidar com todos estes momentos de incerteza. “O que dá a esta instituição a capacidade de resiliência são muitas questões, como o legado, a história, o símbolo que tem, a resposta que dá à sociedade, o processo de gestão participativa, acompanhamento coletivo, seja com o Conselho e com o Congresso Interno. Além do fato de nos planejarmos de maneira clara com projetos de curto e longo prazo. Constantemente, pensando, reinventando, e assumindo protagonismos”, destacou.
Gadelha ainda reconheceu a grande participação de Farmanguinhos na situação de emergência sanitária com o Zika vírus e falou sobre o desenvolvimento do DengueTech, larvicida eficaz contra a proliferação das larvas do mosquito Aedes aegypti, pela equipe da engenheira bioquímica Elizabeth Sanches. Clique aqui e assista o vídeo sobre a relação entre a Zika, a Fiocruz e a unidade.

Ele falou ainda sobre a pirâmide demográfica da sociedade, comparando os anos de 2010, 2030 e 2050 e as doenças infecciosas de 1930 a 2007. “É um desafio de repensar como vamos trabalhar esta nova realidade. Estamos fazendo um processo de transição articulada, entre a nossa forte experiência com doenças infecciosas, mas também entrando cada vez mais no campo das não infecciosas, como as doenças degenerativas, cardiovasculares, o câncer, entre outras. A ideia de prospecção, de pensar no futuro, significa também a forma da gente operar politicamente, tecnicamente, cientificamente e, ainda, as relações de discurso, em relação ao país e a sociedade”, alertou Gadelha.
O presidente apresentou um histórico de Farmanguinhos, com momentos importantes da instituição para a promoção da saúde pública, citando implantação dos genéricos, aquisição do Complexo Tecnológico de Medicamentos e a produção de efavirenz e oseltamivir.




Apresentou os novos produtos:
  • 4 em 1 –contra tuberculose;
  • formoterol+ budesonida–tratamento da asma;
  • duas formulações de efavirenzinfantil –utiliza recursos da nanotecnologia para torná-lo mais palatável às crianças;
  • praziquantelinfantil –nova formulação para pacientes pediátricos, em conjunto com um consórcio internacional, do qual faz parte a Merck, dentre outros.
  • dicloridratode pramipexol–para tratamento da Doença de Parkinson -parceria Boehringer Ingelhein;
  • Sulfato de atazanavir–um antirretroviral-parceria Bristol-MeyrsSquibb

Falou sobre a implantação de PDP. “Essas parcerias apresentam uma série de questões que precisam ser melhoradas, tanto para garantir a viabilidade deste mecanismo, como também para garantir a coerência dos processos decisórios”.

 O Presidente destacou três pontos importantes:
a.      Implantação das PDP,
b.      Sustentabilidade, e
c.       O futuro de FarManguinhos e a planta de Farmoquímica, que está em negociação para ser instalada na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Segundo ele, a unidade deve pensar nas linhas de força para uma operação no presente, se antecipando ao que está nas prateleiras e às necessidades da população. “Temos que aproveitar a alegria e as glórias para nos prepararmos para os próximos 20 anos. Temos que estar preparados para atuarmos em todas as dimensões, pesquisa, tecnológica, produção, arranjos organizacionais e na política. Nós somos capazes de produzir agenda positiva e continuar com este protagonismo”, destacou Gadelha. Ele ainda ressalta a situação atual como oportunidade. “Vamos aproveitar a crise com mais integração e mais criatividade. Ela exige esforço, inteligência e capacidade analítica de cada um de nós para situar neste momento atual e no momento de prospecção daqui para frente”, concluiu.

Com base no site de Far

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