Referência na pesquisa de
vacinas e soros, entidade niteroiense incentiva e coordena ações sociais em
áreas carentes próximas
O médico pediatra e
infectologista Edimilson Migowski está há dois anos à frente do Instituto Vital
Brazil, referência na pesquisa de vacinas e soros, em Niterói. Seu trabalho, no
entanto, não se restringe à parte científica: ele faz questão de incentivar e
coordenar as ações sociais da entidade voltadas para as comunidades próximas:
Vital Brazil, Cavalão e Souza Soares. “O cientista que dá nome ao instituto,
fundado por ele em 1919, já tinha esse olhar, tanto que empregou muitas pessoas
do entorno. A verdade é que questões socioeducacionais estão completamente
ligadas à saúde”, justifica. Para pôr essa crença em prática, Migowski comanda
projetos como o Almoço e Beleza, em que manicures do morro Vital Brazil atendem
funcionários da instituição na hora do almoço. Outra iniciativa sua é o Fim da
Picada, ação de distribuição de repelentes, com objetivo de combater
arboviroses, doenças como a dengue e a febre amarela.
Migowski também conseguiu
reformar um galpão no local e, no início de abril, inaugurou uma exposição
permanente com visitação gratuita. “São dois anos de desespero, a verba que
recebíamos era de 200 milhões de reais e, em 2016, caiu para 7 milhões. Mas
estou começando a colocar tudo nos trilhos e a retomar alguns projetos”, diz.
Um dos planos é, no segundo semestre, continuar o Arquitetura Familiar, que
funcionou de 2009 a 2016, oferecendo assistência técnica para melhoria
habitacional em áreas carentes. “Isso é importante porque, com a readequação
das casas, conseguimos reduzir a incidência de alergias, viroses e outras
doenças, a exemplo da tuberculose. Costumamos dizer que onde entra sol não
entra médico”, diz o infectologista, que não perde a chance de conscientizar a
população: além de apresentar o programa Fique Bem, na Band e no YouTube, com
dicas de saúde, ele promove campanhas de doação de sangue e agasalhos. “Meu
trabalho nunca foi dissociado do social. Mas não sou candidato a nada”, garante.
Por Heloiza Gomes
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