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sábado, 7 de abril de 2018

Ministério da Saúde desenvolve ações para buscar respostas contra resistência aos antimicrobianos


Incentivar o desenvolvimento de pesquisas é a principal estratégia do Ministério da Saúde para encontrar soluções para este problema mundial

Dois editais abertos neste mês para apoiar estudos no país sobre Resistência aos Antimicrobianos estão entre as iniciativas do Ministério da Saúde para buscar soluções para enfrentar esse crescente problema. Essas ações são parte do Plano de Ação Nacional de Prevenção e Controle de Resistência aos Antimicrobianos.

A resistência aos antimicrobianos (RAM) é a capacidade de um microrganismo de resistir aos efeitos dos compostos utilizados para tratá-los, como antibióticos antifúngicos, antivirais, entre outros. Atualmente, é considerada como uma das principais ameaças à saúde da população mundial. O uso desmedido e irracional de antibióticos tem contribuído para o aumento deste problema.

Segundo relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS), é crescente o nível de resistência mundial. A lista de bactérias resistentes sofreu significativo aumento, de 7, em 2014, para 12, em 2017. Isso significa que, sem uma ação urgente, infecções comuns podem voltar a ser fatais. O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, está desenvolvendo inúmeras ações de incentivo à pesquisa para oferecer respostas a esse problema.

PLANO NACIONAL
A elaboração do Plano Nacional de Prevenção e Controle de Resistência aos Antimicrobianos é uma das ações para fazer frente ao problema. Essa ação envolve, além do Ministério da Saúde, diversos órgãos federais, como o da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. A publicação do Plano deve acontecer ainda esse ano, com as ações já em andamento e tem como finalidade assegurar a continuidade do tratamento e prevenção de doenças infecciosas, com qualidade garantida, medicamentos seguros e eficazes, que sejam acessíveis e utilizados de forma responsável. Para alcançar este fim, o plano contém cinco objetivos estratégicos, dentre eles “reforçar a base de conhecimento e evidência através da vigilância e investigação”.

A diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Camile Giaretta Sachetti, destaca que o MS vem priorizando o fomento à pesquisa na temática de RAM, por meio da articulação nacional e internacional.

FINANCIAMENTO DE PESQUISAS
O ministério da Saúde, em parceira com o CNPq, abriu hoje uma chamada pública de apoio a estudos sobre o tema no valor de 7 milhões. O objetivo é incentivar pesquisas em temáticas consideradas mais urgentes no contexto da resistência aos antimicrobianos. As inscrições estão abertas até dia 21 de maio e podem ser realizadas pelo site do CNPq

PARCERIA INTERNACIONAL
Também lançada hoje, a chamada pública em parceria com a Fundação Bill e Melinda Gates, irá oferecer recursos para até dez projetos de pesquisa com abordagens inovadoras para estabelecer a prevalência da resistência aos antimicrobianos no Brasil com foco em Saúde Única (animal e humana). Com recursos do Ministério da Saúde e do programa Grand Challenges, a chamada tem o valor total de um milhão de dólares. As inscrições estão abertas até o dia 28 de maio no portal da fundação.

PROADI-SUS
Além disso, o Ministério da Saúde viabilizará, pelo PROADI-SUS, o desenvolvimento de oito estudos para avaliar o perfil de resistência aos antimicrobianos no país. O objetivo dessa iniciativa é aprofundar o conhecimento sobre quais os principais organismos causadores de doenças nas diferentes localidades do Brasil. Esses projetos serão importante para orientar o tratamento empírico de pacientes, lançar bases para uma ação em nível local, nacional e regional, e monitorar a eficácia das intervenções realizadas.

ORIENTAÇÕES
Algumas ações individuais podem ajudar a combater a resistência aos antimicrobianos. Usar antibióticos somente quando o médico receitar, no tempo certo da prescrição, nunca compartilhar antibióticos nem usar prescrições antigas são algumas atitudes que a população deve tomar diante do problema.

Mais informações:


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