No Dia Mundial da Saúde,
lembrado no sábado (7), a Organização Mundial da Saúde (OMS) celebra também seu
70º aniversário. Nas últimas sete décadas, o organismo internacional tem
liderado esforços para livrar o mundo de doenças fatais, como a varíola, e para
combater hábitos que podem levar à morte, como o consumo de tabaco.
Foto: OPAS/OMS/S.Oliel
No Dia Mundial da Saúde,
lembrado no sábado (7), a Organização
Mundial da Saúde (OMS) celebra também seu 70º aniversário. Nas últimas
sete décadas, o organismo internacional tem liderado esforços para livrar o
mundo de doenças fatais, como a varíola, e para combater hábitos que podem
levar à morte, como o consumo de tabaco.
Este ano, a data é dedicada a
um dos princípios estruturais da OMS: “o mais alto padrão de saúde possível é
um dos direitos fundamentais de qualquer ser humano, sem distinção de raça,
religião, crença política, condição econômica ou social”.
“Uma boa saúde é a coisa mais
preciosa que a pessoa pode ter”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus,
diretor-geral da OMS. “Quando estão saudáveis, as pessoas podem aprender,
trabalhar e sustentar a si mesmas e suas famílias. Quando estão doentes, nada
mais importa. Famílias e comunidades ficam para trás. É por isso que a OMS está
comprometida em garantir uma boa saúde para todas e todos”.
Com 194 Estados-membros em
seis regiões, trabalhando em mais de 150 escritórios, a equipe da OMS está
unida em um esforço compartilhado para melhorar a saúde de todas as pessoas, em
todos os lugares – e alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
de garantir “vidas saudáveis e promover o bem-estar para pessoas de todas as
idades”.
O slogan do Dia Mundial da
Saúde deste ano é “Saúde universal: para todos, em todos os lugares”. Os
escritórios da OMS em todo o mundo estão organizando eventos para marcar a
data. O diretor-geral da OMS participará das celebrações em Sri Lanka.
70 anos de progresso
Em todo o mundo, a expectativa
de vida aumentou 25 anos desde que a OMS foi estabelecida. Alguns dos maiores
ganhos em saúde são observados entre crianças menores de 5 anos. Em 2016, menos
6 milhões de crianças morreram antes de completarem 5 anos em relação a 1990.
A varíola foi derrotada e a
pólio está à beira da erradicação. Muitos países eliminaram com sucesso o
sarampo, a malária e as doenças tropicais debilitantes, como dracunculíase
(verme-da-guiné), bem como a transmissão do HIV e da sífilis de mãe para filho.
As novas e ousadas
recomendações da OMS para um tratamento precoce e mais simples, combinadas com
esforços para facilitar o acesso a medicamentos genéricos mais baratos,
ajudaram 21 milhões de pessoas a receberem tratamento para o HIV.
A situação de mais de 300 milhões
de pessoas que sofrem de infecções crônicas por hepatite B e C está finalmente
ganhando atenção global. E parcerias inovadoras produziram vacinas eficazes
contra meningite e ebola, bem como a primeira vacina contra a malária do mundo.
Produção de materiais de
referência internacional
Desde o início, a OMS reuniu
os principais especialistas em saúde do mundo para produzir recomendações e
materiais de referência internacional. Esses variam da Classificação
Internacional de Doenças (CID) – atualmente utilizada em 100 países como um
padrão comum para relatar doenças e identificar tendências de saúde, até a
Lista de Medicamentos Essenciais da OMS – e um guia para países sobre os
principais medicamentos que um sistema nacional de saúde precisa. Nas próximas semanas,
a Organização publicará a primeira Lista de Diagnósticos Essenciais do mundo.
Fazendo a diferença em campo
Durante décadas, a equipe da
OMS trabalhou ao lado de governos e profissionais de saúde em campo. Nos
primeiros anos, havia um forte enfoque no combate a doenças silenciosas que
matam, como a varíola, a poliomielite e a difteria.
O Programa de Imunização
criado pela OMS no início da década de 1970 junto ao Fundo das Nações Unidas
para a Infância (UNICEF), a Gavi – the Vaccine Alliance e outros, viabilizou
vacinas que salvam a vida de milhões de crianças. A OMS estima que a imunização
evita cerca de 2 milhões a 3 milhões de mortes a cada ano.
Respondendo aos novos desafios
Nas últimas décadas, o mundo
tem visto um aumento de doenças crônicas não transmissíveis, como câncer,
diabetes e doenças cardiovasculares. Essas enfermidades atualmente representam
70% de todas as mortes.
Assim, a OMS mudou o foco,
juntamente com as autoridades de saúde de todo o mundo, para promover uma
alimentação saudável, exercícios físicos e exames de saúde regulares. A
Organização realizou campanhas de saúde em todo mundo para a prevenção de
diabetes, hipertensão e depressão. Também negociou a Convenção-Quadro da OMS
para o Controle do Tabaco, uma ferramenta eficaz para ajudar a reduzir as
doenças e mortes causadas pelo tabaco.
Usando dados para direcionar
esforços
Acompanhar o progresso em
todas essas áreas requer um forte sistema de monitoramento. Os dados coletados
de países em todo o mundo são armazenados e compartilhados por meio do Global
Health Observatory da OMS. Essa ferramenta poderosa ajuda os países a terem uma
visão clara de quem está adoecendo e onde, para que possam direcionar os
esforços onde eles são mais necessários.
Permanecendo em constante
alerta
Todos os anos, a OMS estuda as
tendências da gripe para descobrir o que deve estar na vacina da próxima
estação. Além disso, permanece em constante alerta contra a ameaça da gripe
pandêmica. Cem anos após a pandemia de gripe de 1918, a OMS determinou que o
mundo nunca mais seria submetido a tal ameaça à segurança sanitária global.
Um compromisso renovado para
evitar que os surtos se transformem em epidemias, e uma melhor e mais rápida
resposta às emergências humanitárias, estimulou a criação de um novo programa
de emergências de saúde que funciona nos três níveis da Organização. A OMS está
atualmente respondendo a surtos e crises humanitárias em mais de 40 países.
Em maio, na Assembleia Mundial
da Saúde, a Organização deve propor uma nova agenda, mais arrojada, baseada nas
lições aprendidas e na experiência adquirida nos últimos 70 anos.
Essa nova agenda terá foco em
obter saúde universal para mais de 1 bilhão de pessoas; proteger mais 1 bilhão
de pessoas das emergências de saúde e permitir que 1 bilhão de pessoas desfrutem
de melhor saúde e bem-estar até 2023, a meio caminho do prazo para a Agenda
2030.
Detalhes históricos
A OMS sucedeu a Organização de
Saúde da Liga das Nações. Seu estabelecimento foi aprovado pela Conferência da
ONU em San Francisco, nos Estados Unidos, em 1945. A Constituição da OMS foi
elaborada por um comitê presidido por Brock Chisholm, que se tornou o primeiro
diretor-geral da OMS em 1948. A Constituição foi aprovada pelos Estados-membros
durante o Conferência Internacional de Saúde em Nova Iorque, nos Estados
Unidos.
Saiba mais sobre: Redução das desigualdadesSaúde e bem-estar
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