Abordagens
que têm como referência a Indústria ocupam cobertura pontual nesta terça-feira
(30), mas se destacam pela variedade. BRASIL ECONÔMICO registra nova elevação
do pessimismo do consumidor no país – o maior nível em 14 anos -, conforme o
Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec/CNI).
A queda em
relação a maio foi de 2,5%, reforça o texto. Na comparação com junho do ano
passado, completa o jornal, o recuo foi de 9,5%. Adverte que o baixo índice de
confiança do consumidor está associado às perspectivas de “queda na renda e
maior endividamento”.
Ainda no
BRASIL ECONÔMICO, coluna OLHAR DO PLANALTO lembra que, amanhã, a CNI divulgará
pesquisa trimestral do Ibope sobre a avaliação do governo Dilma e que, logo
após, apresentará “novos dados sobre os indicadores da indústria”. “São
estatísticas que têm apontado tendências para baixo. Há grande expectativa
sobre o que trarão de novidade”, registra a coluna.
No caderno
MUNDO, FOLHA DE S.PAULO reproduz de forma breve a agenda de hoje da presidente
Dilma Rousseff nos Estados Unidos e informa que o encerramento do encontro da
CNI, na Câmara Americana de Comércio, será às 17h15.
Complementando
a cobertura específica, VALOR ECONÔMICO no caderno especial VALOR SETORIAL
INFRAESTRUTURA, analisa as novas concessões de infraestrutura e aborda a
possibilidade de avanço de parcerias público-privadas na área de saneamento em
razão dos desdobramentos da operação Lava Jato.
VALOR destaca
na reportagem questões empresariais ligadas às características do setor
atualmente, além de reforçar o perfil estratégico de determinadas tendências de
novos negócios em saneamento. Na avaliação do jornal especializado, “a crise
hídrica joga luz sobre a importância da redução das perdas”.
“O setor
investe cerca de RS 10 bilhões anuais, abaixo do que seria necessário para
universalizar os serviços até 2033, como prevê o Plano Nacional de Saneamento.
Estudo da CNI mostra que o país precisará investir cerca de R$ 275 bilhões até
2033 para resolver o déficit de saneamento. No ritmo atual de investimentos, a
universalização ocorrerá apenas em 50 anos”, resume o VALOR.
Complementando
o dia, CORREIO BRAZILIENSE informa ser finalista em três categorias do Prêmio
CNI de Jornalismo 2015.
FOLHA DE S.
PAULO
Dilma diz
que não respeita delatores e nega acusações
O ESTADO DE
S. PAULO
Dilma diz
que ‘não respeita delator’ e nega doação ilegal
O GLOBO
Dilma ataca
delator, mas investigação é ampliada
VALOR
ECONÔMICO
Combustíveis
vão seguir os preços internacionais
CORREIO
BRAZILIENSE
GDF abrirá
mais vagas em saúde e educação
BRASIL
ECONÔMICO
Petrobras
produzirá menos e adia redução do endividamento
Seguem em
destaque nos jornais os principais temas discutidos na visita da presidente
Dilma Rousseff aos Estados Unidos.
Informações
ainda não totalmente consolidadas a respeito de acordos entre os dois países
estão distribuídas em abordagens centradas, especialmente, em comércio exterior
e maior sinergia diplomática.
Itens de
interesse do setor fabril surgem de maneira secundária na cobertura, eclipsados
pela probabilidade de anúncio de um acordo entre os dois países na área
climática.
Em relação
aos acordos de interesse que poderão ser anunciados hoje – após reunião de
trabalho entre Dilma e Barack Obama – está, conforme apresenta O GLOBO, a
redução de burocracias para a exportação de empresas certificadas como
Operadores Econômicos Autorizados.
Pelo
acerto, cargas de companhias brasileiras assim identificadas não precisariam
passar por procedimentos como abertura de contêineres. Segundo a Receita
Federal, informa O GLOBO, o acordo poderia ser colocado em prática em meados de
2016 – VALOR também registra.
Conforme O
ESTADO DE S. PAULO, tratados no sentido de simplificar o comércio bilateral
“têm potencial de elevar em 10% os embarques do Brasil para a maior economia do
mundo”, segundo estimativa do governo brasileiro.
ESTADÃO
também registra a possibilidade de acordos na área de cooperação em educação,
ciência e tecnologia – o que, conforme o texto, “reflete a visão do governo
Dilma de que os EUA são fundamentais para fomentar a inovação no Brasil”.
Outro ponto
de interesse mencionado por O GLOBO e VALOR, refere-se ao anúncio do cronograma
de implementação do “Global Entry”, que deverá ocorrer hoje.
VALOR
acrescenta que, na área comercial, “os setores de máquinas e equipamentos,
têxteis e luminárias dos dois países deverão assinar um acordo para
harmonização de normas”.
Em
reportagem diferenciada – ainda no contexto da visita presidencial –, O GLOBO
aborda a nova política industrial defendida pelo ministro Armando Monteiro Neto
(Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
Segundo
declarações atribuídas ao ministro, essa política industrial será voltada para
o “barateamento dos insumos”. Como ponto de atenção, O GLOBO destaca que
Monteiro Neto menciona a possibilidade de novas desonerações, mas sem maiores
comprometimentos.
“Se houver,
amanhã, espaço para a desoneração, esta terá de se voltar para os elementos que
estão na base do processo de formação do preço da indústria, e não na ponta,
como a gente vinha fazendo”, resumiu Monteiro Neto.
Apontando
para perspectivas positivas para o futuro, o ministro citou ainda a necessidade
de programas relacionados à modernização do parque industrial e capacitação de
mão de obra como elementos fundamentais para a elevação da produtividade da
indústria.
De volta ao
ESTADÃO, reportagem destaca como indústrias de São Paulo e Minas Gerais,
apoiadas pelos governos estaduais, estão atuando junto a parlamentares no
Congresso Nacional de forma a incluir no texto da Medida Provisória 677 a
extensão do benefício de acesso a energia mais barata concedida pelo governo
federal a indústrias eletrointensivas instaladas no Nordeste.
Segundo o
jornal, o governo de São Paulo “entende que não só seus consumidores não foram
tratados isonomicamente como também a geradora que pertence ao governo, a Cesp,
foi preterida do processo”.
Para tentar
garantir benefícios à indústria paulista, o deputado federal Mendes Thame
(PSDB-SP) apresentou emenda à MP. Em Minas, a pressão, informa o jornal, vem da
bancada de deputados ligado à indústria de ferro-ligas.
Abordando a
crise do setor automotivo, VALOR relata números da Anfavea indicando que o
mercado de veículos novos fechou o primeiro semestre deste ano com queda de
20,6% no consumo – pior resultado desde 2007.
A cobertura
ligada ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) avança de maneira
considerável em alguns veículos.
O ESTADO DE
S.PAULO, por exemplo, informa que “a operação Zelotes “fechou o cerco em 20
processos de empresas que recorreram a esquema de corrupção para tentar reduzir
ou anular multas aplicadas pelo Fisco”.
Segundo o
jornal, há indícios “contundentes” de que houve pagamento para que conselheiros
interferissem nos processos de acordo com os interesses das empresas.
Já o VALOR
ECONÔMICO, revela que o Ministério da Fazenda publicou ontem os nomes dos
integrantes do novo Comitê de Acompanhamento, Avaliação e Seleção de
Conselheiros (CSC) do Carf.
Conforme o
texto, o grupo escolherá novos conselheiros para as vagas deixadas por dezenas
de advogados que saíram do órgão após o governo federal proibilos, por meio do
Decreto nº 8.441, de atuar em causas contra o Fisco.
Ainda sobre
o Carf, destaque para artigo assinado por Vinicius Branco, sócio do escritório
Levy & Salomão Advogados e exconselheiro do Carf.
No VALOR
ECONÔMICO, Branco escreve que a tentativa de reorganização do órgão “provocou
uma forte reação de advogados indicados ao cargo de conselheiro pelas
confederações e sindicatos representativos de setores econômicos e categorias
profissionais”.
E reforça
que o motivo foi a publicação do Decreto nº 8.441 e que “a crise tomou vulto”
quando a questão foi submetida ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB).
Texto
descreve ainda uma série de peculiaridades associadas aos esforços do governo
no sentido de requalificar a atuação do Carf, além de registrar em detalhes
como é a dinâmica e como se dão alguns processos internos.
Branco
reforça, em especial, a atuação do julgador e faz paralelos sobre o que
acredita ser incoerente ou desproporcional nas mudanças empreendidas pelo
governo.
“É claro
que há ideias mais arrojadas do que as ora concebidas para que cheguemos um dia
a um modelo mais eficiente, dinâmico e paritário, dentre os quais se destaca o
de uma autarquia composta por julgadores concursados (e não indicados), com
mandato por prazo determinado, aproveitandose a estrutura administrativa
existente. Isso, contudo, é coisa para o futuro, e para outro artigo”, resume.
FOLHA DE S.
PAULO, em tom crítico, afirma que a proposta do presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), de discutir parlamentarismo “só serve para perturbar a
estabilidade institucional e para acuar mais o Planalto”.
Com foco
nos desdobramentos da Lava Jato, O ESTADO DE S. PAULO expõe que a delação de
Ricardo Pessoa, dono da UTC, o “PT tenta se defender com todos os recursos
disponíveis das suspeitas que recaem mais pesadamente do que nunca sobre a
rapaziada”.
Sobre o
assunto, O GLOBO assinala que Ricardo Pessoa “foi considerado testemunha-chave
do esquema político-empresarial que pilhou a Petrobras a ponto de desequilibrar
as finanças da maior empresa brasileira”, e sentencia: “Desenha-se como será o
grande embate jurídico, e político, em torno do escândalo”.
MERCADO
ABERTO, na FOLHA DE S.PAULO, informa que “o PIB da cadeia da construção civil
registrou uma queda real de 2,7% no primeiro trimestre deste ano em relação a
igual período de 2014, segundo estudo da Fiesp”.
Sobre o
assunto, MERCADO ABERTO vai além e reforça que, “nos três primeiros meses deste
ano, o setor movimentou R$ 253,6 milhões. A indústria de materiais e as
construtoras que, juntas, detinham 51,4% do PIB setorial, foram as que mais
contribuíram para a retração: -8,1% e -4,5%, respectivamente”.
MERCADO
ABERTO destaca ainda que, “após três anos seguidos de altas, a indústria
calçadista brasileira reduziu em 11% os investimentos em 2014 como reflexo da
estagnação das exportações e da queda de demanda no mercado interno”. Texto
cita dados da Abicalçados, associação do setor, cerca de 200 empresas fecharam
as portas no ano passado.
Ainda em
MERCADO ABERTO: de acordo com a Câmara de Comércio Sueco-Brasileira, a
“desaceleração econômica, impostos, taxas alfandegárias, altos custos e
protecionismo são as principais dificuldades para as empresas suecas
estabelecidas no Brasil”.
FOLHA DE
S.PAULO revela que quatro em cada dez professores da rede básica de ensino no
Brasil (41%) “fazem atividades dentro e fora da educação para complementar a
renda”, chegando inclusive a jornadas triplas de trabalho.
Os dados
são da organização TODOS PELA EDUCAÇÃO, baseados em questionário do governo
federal preenchido por 225 mil professores da rede pública do 5º e 9º ano do
ensino fundamental.
Luis
Fernando Matos Jr, advogado, escreve artigo em O GLOBO no qual compara as
realidades de Coreia do Sul e Brasil quando o assunto é propriedade intelectual
e afirma que os “contrastes seguramente explicam muito do que ocorre com a
política de incentivo à inovação em nosso país”.
“Na última
campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff ressaltou a inovação como uma
das ferramentas para aumentar nossa competitividade. Prometeu se reeleita, por
exemplo, implantar plataformas do conhecimento a partir da interação entre
cientistas, instituições de pesquisa e empresas. Na prática, o que aconteceu desde
então?”, questiona.
“O maior
exemplo desse marasmo quanto ao estímulo à inovação tecnológica é o fato de que
o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) está com presidente
interino há quatro meses!”, resume.
Jornais
nacionais destacam nas primeiras páginas a reação da presidente Dilma Rousseff
às acusações do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC.
Na delação
premiada colhida pela operação Lava Jato, o executivo acusou a campanha de
reeleição da petista de irregularidades e de ter se beneficiado de receitas
indevidas.
Em Nova
York, Dilma desqualificou Pessoa, comparando-o a um traidor da Inconfidência
Mineira e afirmou: “Eu não respeito delator. Até porque eu estive presa na
ditadura e sei o que é que é. Tentaram me transformar em uma delatora”.
O ESTADO DE
S.PAULO informa que, apesar da ofensiva da presidente Dilma e também do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ontem, o ministro Teori Zavascki,
relator da Lava Jato no STF, autorizou a prorrogação de mais dois inquéritos
que apuram o envolvimento de políticos no esquema.
Outra
informação relevante refere-se ao lobista Milton Pascowitch, tido como o elo
entre a empreiteira Engevix, o PT e a Petrobras. Segundo os jornais, ele fechou
acordo de delação premiada.
Outras abordagens
sobre a viagem oficial da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos também
merecem atenção.
O ESTADO DE
S.PAULO informa que o encontro de Dilma com o presidente Barack Obama deve
terminar “com o anúncio de um ambicioso programa de reflorestamento no Brasil”.
FOLHA DE
S.PAULO registra que a “declaração é vista como 'agenda positiva' em momento
delicado para presidente”.
De volta ao
ESTADÃO, reportagem destaca que, por iniciativa da presidente Dilma Rousseff, a
crise na Petrobras e as investigações de corrupção no Brasil fizeram parte das
conversas que ela teve ontem com representantes de grandes empresas americanas.
Já a
movimentação do ex-presidente Lula para tentar contornar as crises no governo e
no PT – antecipada pelos jornais na véspera – também está e foco na mídia.
Lula chegou
ontem a Brasília para uma série de reuniões. O ESTADO DE S.PAULO relata que o
petista disse, em encontro com deputados e senadores petistas, que a crise
enfrentada pelo governo é “preocupante e dramática” e que o PT precisa
“ressurgir”, se quiser sobreviver ao “cerco” político.
VALOR
ECONÔMICO informa que Lula se encontrará hoje com o presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL).
Jornal
afirma que a pauta oficial de Lula com Renan será “a reforma política que o
pemedebista conduz no Senado, porém o ex-presidente também vai tratar do
relacionamento do PMDB com o governo”.
Os efeitos
do agravamento da crise na Grécia seguem em destaque no noticiário econômico.
Jornais
informam que credores internacionais se recusaram a adiar o vencimento de
quatro parcelas devidas pela Grécia ao Fundo, no valor de € 1,6 bilhão. Textos
relatam que a crise derrubou os mercados em todo o mundo.
Mídia
nacional abre espaço para os possíveis impactos no Brasil.
O ESTADO DE
S.PAULO destaca que a crise “deve levar à suspensão da emissão de títulos da
dívida do Brasil no exterior, mas ainda tem efeitos ‘periféricos’ no mercado
doméstico”.
Também
registra-se de maneira bastante abrangente a informação de que o plano de
negócios da Petrobras foi encolhido em US$ 90 bilhões, para US$ 130,3 bilhões,
o menor dos últimos sete anos.
O ESTADO DE
S.PAULO acrescenta que, além do corte, a estatal prevê vender mais de US$ 57
bilhões em ativos até 2018. Para o presidente da petroleira, Aldemir Bendine, o
objetivo é recolocar a estatal “no rumo correto”.
As
expectativas negativas em torno da economia do país voltam a ser abordas pela
mídia.
Textos
relatam que o pessimismo com a atividade econômica já contamina as previsões
para 2016.
VALOR
ECONÔMICO reforça que o boletim Focus, do Banco Central, aponta avanço de 0,5%
do PIB no ano que vem, 0,2 ponto percentual a menos do que na semana passada.
O GLOBO
destaca dados voltados para a inflação e registra que os analistas, ouvidos na
pesquisa semanal do Banco Central, aumentaram a previsão de inflação de 8,97%
para 9% neste ano.
“Já a
aposta para os juros básicos da economia subiu de 14,25% para 14,5% ao ano. A
previsão de queda do PIB em 2015 passou de 1,45% para 1,49%”.