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segunda-feira, 22 de junho de 2015

Bactérias são programadas para detectar doenças

Programação de bactérias
Pesquisadores dos institutos franceses Inserm e CNRS transformaram bactérias em "agentes secretos" que podem dar o aviso do surgimento de uma doença com base unicamente na presença de moléculas características na urina ou no sangue.

Para isso, eles introduziram o equivalente de um programa de computador no DNA das bactérias. Assim programadas, elas detectam a presença de glicose em níveis anormais na urina de pacientes diabéticos.
Como essas células bacterianas podem desempenhar a função para a qual foram programadas, funcionando como verdadeiros biorrobôs, basta alterar o programa para que elas saiam à caça de outros biomarcadores indicativos de outras condições.
Este trabalho é o primeiro passo rumo à utilização de células programáveis para o diagnóstico médico.
Nanomáquinas biológicas
Para criar seus robôs bacterianos, a equipe usou conceitos derivados da eletrônica para construir sistemas genéticos que executam operações lógicas, o que permite programar as células vivas como se elas fossem um computador.
As células bacterianas de fato são nanomáquinas biológicas, naturalmente capazes de detectar e processar muitos sinais e responder a eles.

As bactérias sinalizam os resultados mudando de cor. [Imagem: J. Bonnet/Inserm]

O que os pesquisadores estão aprendendo a fazer é alterar seu programa interno para que elas realizem trabalhos específicos, como procurar por moléculas indicadoras de doenças dentro do corpo humano.
As equipes lideradas por Jerome Bonnet, Franck Molina, Eric Renard (CNRS/Universidade de Montpellier) e Drew Endy (Universidade de Stanford), publicaram os resultados dos experimentos na revista Science Translational Medicine.


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