Programação de
bactérias
Pesquisadores dos institutos
franceses Inserm e CNRS transformaram bactérias em "agentes secretos"
que podem dar o aviso do surgimento de uma doença com base unicamente na
presença de moléculas características na urina ou no sangue.
Para isso, eles introduziram o equivalente de um programa de computador no DNA das bactérias. Assim programadas, elas detectam a presença de glicose em níveis anormais na urina de pacientes diabéticos.
Como essas células bacterianas podem
desempenhar a função para a qual foram programadas, funcionando como
verdadeiros biorrobôs, basta alterar o programa para que elas saiam à caça de
outros biomarcadores indicativos de outras condições.
Este trabalho é o primeiro passo rumo
à utilização de células programáveis para o diagnóstico médico.
Nanomáquinas
biológicas
Para criar seus robôs bacterianos, a
equipe usou conceitos derivados da eletrônica para construir sistemas genéticos
que executam operações lógicas, o que permite programar as células vivas como
se elas fossem um computador.
As células bacterianas de fato são
nanomáquinas biológicas, naturalmente capazes de detectar e processar muitos
sinais e responder a eles.
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As
bactérias sinalizam os resultados mudando de cor. [Imagem: J. Bonnet/Inserm]
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O que os pesquisadores estão
aprendendo a fazer é alterar seu programa interno para que elas realizem
trabalhos específicos, como procurar por moléculas indicadoras de doenças
dentro do corpo humano.
As equipes lideradas por Jerome
Bonnet, Franck Molina, Eric Renard (CNRS/Universidade de Montpellier) e Drew
Endy (Universidade de Stanford), publicaram os resultados dos experimentos na
revista Science Translational Medicine.
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