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domingo, 21 de junho de 2015

Análise de Mídia - REVISTAS

A nova etapa da operação Lava Jato, coordenada pela Polícia Federal, repercute em parte das edições das revistas que circulam no fim de semana. A prisão do empresário Marcelo Odebrecht é assunto de capa da ÉPOCA e VEJA.

ÉPOCA destaca que o empreiteiro "ameaça derrubar a república". Segundo fontes ouvidas pela reportagem, nas últimas semanas Marcelo Odebrecht “teve encontros secretos com petistas e advogados próximos a Dilma e a Lula. Transmitiu o mesmo recado: não cairia sozinho”.

Reportagem de capa da VEJA aponta que, com a prisão dos donos e executivos de mais duas empreiteiras, a Polícia Federal atingiu “o topo da cadeia de comando do esquema de corrupção da Petrobras e está a um passo do ex-presidente Lula”.

ISTOÉ afirma ter obtido com exclusividade acesso a um inquérito sigiloso da Polícia Federal, que traz os detalhes de “um esquema que desviou R$ 100 milhões dos cofres da previdência dos funcionários dos Correios e da Petrobras”. Em tom de denúncia, texto destaca que parte do dinheiro pode ter irrigado as contas bancárias do presidente do Senado, Renan Calheiros.

ISTOÉ DINHEIRO, em reportagem de capa, apresenta histórias de importantes empresários do Brasil e do mundo que viraram o jogo, com destaque para André Esteves, fundador do BTG Pactual, que se tornou o maior banqueiro de investimentos da América Latina.

Já a CARTA CAPITAL traça o perfil de Lily Safra, segundo o texto, uma vida marcada pelo glamour, tragédias e controvérsias. “Os mistérios da bilionária gaúcha, reclusa e bisbilhotada afloram numa biografia que o Brasil (ainda) não pode ler”, destaca.

Revistas também repercutem informação que o TCU (Tribunal de Contas da União) deu prazo de 30 dias  para a presidente Dilma Rousseff explicar distorções de R$ 281 bilhões no balanço de 2014.

CNI NA MÍDIA

Agenda específica reflui na cobertura e apenas uma menção à Confederação Nacional da Indústria (CNI) é verificada entre as edições das revistas do fim de semana.

Movimento acompanha cenário diário, que reserva principais espaços para o noticiário político, impactando na cobertura setorial.
 
·  RICARDO BOECHAT, na ISTOÉ: “Uma vaquinha corre em São Paulo, a boca pequena, para captar recursos destinados à defesa de José Maria Marin, preso na Suíça desde 27 de maio, acusado de receber propinas em negociações com a CBF”. 
·  BOECHAT complementa: “O cartola é o primeiro vice-presidente do PTB paulista, daí a suspeita de que a iniciativa partiu de dirigentes locais da legenda. Um empresário ligado ao partido e à CNI, porém, admite que foi abordado e negou-se a doar. ‘Marin certamente tem dinheiro suficiente para bancar os próprios advogados’”.

ANÁLISE SETORIAL

Pauta de interesse também registra recuo, e destaque está em abordagens com foco nos investimentos em infraestrutura e na indústria química. 
·  CARTA CAPITAL traz a cobertura do seminário "Infraestrutura: motor do crescimento", promovido pela revista em São Paulo. Em uma série de reportagens, revista aborda “a urgência e magnitude dos investimentos cruciais em estradas, portos e ferrovias”. 
·  Em um dos textos, CARTA CAPITAL compara que no início da década de 1990 a indústria química nacional atendia 95% da demanda dos brasileiros e seu faturamento, de US$ 30 bilhões, era similar àquele do parque químico chinês, o décimo do planeta. 
·  “Passadas duas décadas e meia, os resultados mudaram: 36% da demanda de produtos nacionais é hoje atendida por importados, mais de 500 linhas de produtos foram fechadas, enquanto os chineses passaram a dominar o setor, com uma receita próxima a 1 trilhão de dólares”, situa. Segundo a revista, “o avanço dos importados no mercado químico é assustador”.

Há abordagens sobre o BNDES que merecem leitura.
 
·  BRASIL CONFIDENCIAL, na ISTOÉ, registra que “os empréstimos concedidos pelo BNDES para obras em Cuba, na Venezuela e outros países amigos poderiam ter sido garantidos pela Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias S.A (ABGF). Nunca ouviu falar? Foi criada pelo PT e deveria funcionar como uma seguradora pública para grandes projetos e financiamentos do governo na área de infraestrutura, com cobertura até para riscos ‘políticos e extraordinários’. Valeria para obras no Brasil também, ajudando a cobrir os empréstimos feitos a Eike Batista e às empreiteiras da Lava-Jato”. 
·  BRASIL CONFIDENCIAL acrescenta que “o problema é que a ABGF não decolou. Com sedes em Brasília e Rio, a agência nasceu com capital social de R$ 50 milhões, mas acumula prejuízos e carrega uma pesada folha de funcionários com mais de 100 cargos comissionados, muitos preenchidos por indicações políticas. Com sorte e muitos ajustes, ainda dá para usá-la no programa de concessões”. 
·  BRASIL CONFIDENCIAL assinala ainda que “o pacote de concessões anunciado pela presidente Dilma Rousseff na última semana não foi consenso nem mesmo entre parlamentares do PT. O senador Walter Pinheiro (PT-BA), titular da Comissão de Assuntos Econômicos, criticou o fato de o governo não articular as ações com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior”. 
·  ANTONIO DELFIM NETTO, na CARTA CAPITAL, critica “a demonização do financiamento gerador de produção e emprego no Brasil”. Ele explica que “é preciso entender que os recursos do chamado BNDES-Ex-Im não são remetidos para o país onde se faz o investimento. São usados como pagamentos em reais no Brasil, para centenas de empresas médias e pequenas, com milhares de operários, que fornecem produtos ‘exportáveis’, sem serem diretamente exportadoras”. 
·  “Não há maior afirmação do famoso ‘complexo de vira-lata’ do que demonizar o suporte do BNDES quando financia despesas em reais que geram produção e emprego no Brasil e não a instalação externa. E não há maior miopia do que não enxergar que ‘exportar é o que importa’”, afirma DELFIM NETTO. 
·  Em outra frente do noticiário, ÉPOCA publica entrevista com o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro. Revista situa que entre os 655 cursos do Pronatec, programa de ensino técnico do governo federal, há formação auxiliar de secretaria de escola e auxiliar de cabeleireiro indagado se esse é o tipo de formação que muda a vida do aluno. 
·  “O auxiliar não é o destino final da formação dessa pessoa. Essa formação o levará para a próxima com mais facilidade. Ainda que ele mude de área, aquela formação pode fazer uma diferença enorme na pessoa que ele é. Um grande exemplo disso é o engenheiro que será gerente de banco. O engenheiro aprendeu a construir pontes. Ele desenvolveu a capacidade de calcular riscos. Com isso, aprendeu um estilo de raciocínio que o faz ser caçado a laço pelos bancos”, responde o ministro da Educação. 
Complementando a agenda, RADAR, na VEJA, adverte: “Resignado, o Palácio do Planalto conta com uma taxa de desemprego de dois dígitos até o fim do ano”.



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