Destaques

domingo, 14 de junho de 2015

A relevância da pauta política e o peso desproporcional conferido ao noticiário macroeconômico distanciam os jornais deste domingo (14) dos interesses centrais da indústria, entre as menções registra-se em MERCADO ABERTO, na FOLHA DE S.PAULO, a seguinte informação: “CNI, US Chamber e o Cebeu encaminharam aos presidentes Dilma e Obama três pedidos. O primeiro é um futuro acordo de livre comércio”.

De forma complementar, MERCADO ABERTO ainda completa que “outras reivindicações são o fim da bitributação e do visto de entrada em ambos os países. Dilma irá aos EUA no final deste mês".


FOLHA DE S. PAULO
Governo Dilma quer idade mínima para aposentadoria

O ESTADO DE S. PAULO
‘PMDB não repetirá aliança com PT’, afirma Cunha

O GLOBO
Fila de navios dá prejuízo bilionário à Petrobras

CORREIO BRAZILIENSE
Grilagem vertical toma conta de condomínios



O programa de concessões em logística segue entre as referências do dia e, assim como outros temas de longo alcance relacionados a PIB e investimento, se associa indiretamente à pauta da indústria.

As indicações, porém, não são objetivas. Em geral, os jornais contextualizam a conjuntura a partir de assuntos que incorporam também outros temas relacionados.

O ESTADO DE S.PAULO ressalta que o plano foi recebido pelo setor privado como um “bom ponto de partida”.

“Ao contrário da rodada anterior, o governo se mostra disposto a negociar e garantir um ‘preço justo’ aos concessionários, o que demonstra uma dose maior de pragmatismo do que o visto na rodada anterior”.

Jornal relata ainda que a Taxa Interna de Retorno (TIR) dos projetos será mais alinhada com o mercado. E lembra que o ministro Nelson Barbosa afirmou que “consideramos que todos os projetos são atraentes, e que há demanda para eles”.

Outra reportagem de O ESTADO DE S.PAULO alerta que o baixo investimento no setor “tem distanciado o Brasil dos principais concorrentes e reduzido a competitividade nacional”.

Jornal adverte que, nos últimos 15 anos, apesar de algumas concessões feitas pelo governo, o país perdeu 12 posições no ranking mundial elaborado pelo International Institute for Management Developmente.

Em texto coordenado, ESTADÃO afirma que o pacote de concessões lançado na semana passada tenta equilibrar a matriz de transporte brasileira, “hoje baseada nas rodovias”.

Ainda no ESTADÃO, registra-se artigo assinado pela jornalista Suely Caldas, que afirma que o recém-lançado Programa de Investimento em Logística tem diferenças positivas em relação ao primeiro. Segundo o texto, o pacote lançado em 2012 foi um “fiasco”.

Um dos destaques de maior impacto para a cobertura setorial da indústria, porém, está em O GLOBO.

Jornal carioca expõe: o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o foco da pasta nesta semana é a aprovação do projeto que trata da redução da desoneração da folha de pagamento.

“É preciso votar a desoneração da folha que nós mandamos. Pois é muito importante para a saúde e a longevidade da nossa Previdência Social. Temos de concluir essa votação sem alterações no texto, que deve ficar como mandamos”, afirmou o ministro, segundo O GLOBO.


FOLHA DE S.PAULO analisa o que chama de “ativismo” legislativo. “Essa aparência de progresso institucional se acompanha, porém, dos mais visíveis sintomas de reacionarismo político, prepotência pessoal e intimidação ideológica”.

O ESTADO DE S.PAULO avalia a reforma política que a Câmara deve votar em segundo turno essa semana e prevê a aprovação que pelo menos duas propostas: “o fim da reeleição dos chefes de Executivo e o mandato de cinco anos”. “Ambas são do maior interesse dos deputados - e talvez só deles”, completa o texto.

Já O GLOBO chama a atenção para a “exclusão de parte da população das práticas de planejamento familiar”, o que, na opinião do jornal, é “um privilégio de quem tem mais escolaridade e renda”. Texto defende que o tema seja tratado de acordo com a conveniência de cada mulher “sem restrição religiosa” ou “preconceitos políticos”.



ELIO GASPARI, em O GLOBO e na FOLHA DE S.PAULO, aborda o lançamento do pacote de concessões do governo federal.

Em tom crítico, afirma que, “em 2012, no Plano de Investimentos em Logística, o PIL 1, a doutora [referência à presidente Dilma Rousseff] anunciou investimentos de R$ 241,5 bilhões. Realizou R$ 55,4 bilhões. Donde, sobraram R$ 186,1 bilhões”.

O ex-presidente do Banco Central HENRIQUE MEIRELLES afirma em sua coluna semanal na FOLHA DE S.PAULO que “independentemente de controvérsias, é necessário, portanto, que as medidas contra a inflação sejam suficientemente fortes e comunicadas com clareza para que haja queda consistente das expectativas para 2016 e 2017”.

“Se convergirem à meta, permitirão redução considerável dos juros e retorno do crescimento”, resume o texto. MEIRELLES avalia ainda que a economia brasileira só voltará a crescer de forma vigorosa e sustentável com reformas estruturais.



Como ponto de atenção, FOLHA DE S.PAULO publica caderno especial sobre formação profissional.

Uma das reportagens afirma que o cenário travado no mercado de trabalho faz com que profissionais aproveitem para investir em formação.

"É um momento em que as pessoas se lembram do fator empregabilidade. Alguns são pegos de surpresa e têm que correr atrás", afirma Ricardo Fasti, diretor da BSP (Business School São Paulo), conforme reproduz a FOLHA.




As coberturas com foco na articulação política e nas relações do Palácio do Planalto com a base aliada estão em destaque nos jornais nacionais.

É grande o interesse da mídia por explorar aspectos sensíveis de determinadas alianças. A pauta legislativa se sobressai em alguns casos. Com o 5º Congresso Nacional do PT como referência, outra parte da exposição também se consolida.

O PMDB experimenta níveis elevados de exposição. Reportagens especiais e informações de bastidores remetem a posturas assumidas pela legenda que podem repercutir nos próximos dias. Duas entrevistas exclusivas merecem atenção.

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, diz ao CORREIO BRAZILIENSE que o PT precisa esperar os resultados do ajuste fiscal para criticar a política econômica. Wagner afirma ainda que, em economia, as coisas levam tempo para acontecer, mas quem é da base tem que apoiar.


Já o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, admite a O ESTADO DE S.PAULO rusgas com o vice-presidente Michel Temer, mas promete solidariedade e ameaça antecipar o “desembarque” do PMDB do governo – é a manchete do jornal. Cunha afirma preferir ser “ditador” a “frouxo”.

O encontro do PT, em Salvador, é alvo de balanços por parte dos jornais. Textos revelam que o partido decidiu não confrontar a presidente Dilma Rousseff e atenuou mais as críticas à política econômica.

“Intitulada Carta de Salvador, a resolução política do encontro evitou ataques ao ajuste fiscal, não citou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e rejeitou a proposta que pregava o rompimento da aliança com o PMDB”, informa o ESTADÃO.

FOLHA DE S.PAULO relata que, apesar da rejeição da revisão da política de alianças, dirigentes petistas ecoavam gritos de "fora, Cunha".

Em outra frente do noticiário, ESTADÃO expõe dados do TSE de 2015 que mostram redução significativa no número de pessoas que se filiaram a partidos políticos em um ano de pré-eleição municipal.

Reportagem coordenada acrescenta que apenas 8 dos 33 partidos políticos atuais não tiveram queda no estoque de filiados nos primeiros cem dias de 2015 em relação ao fim do ano passado.

“Mas só dois deles tiveram um aumento considerável no número de filiados – e são justamente os dois que fazem maior oposição ideológica ao governo federal: PSDB e PSOL”.

Também merece atenção reportagem em FOLHA, segundo a qual técnicos do TCU que examinaram os números do governo concluíram que a gestão Dilma acumulou dívidas muito superiores às reconhecidas na contabilidade oficial.

Segundo os cálculos, até o final de 2014 as dívidas superaram em R$ 140 bilhões o valor do patrimônio do governo.

Em texto relacionado, FOLHA registra que o governo federal discorda dos critérios adotados pelo TCU.

Complementando o dia, FOLHA DE S.PAULO publica entrevista com o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, que foi chamado para explicar a doação de R$ 3 milhões à entidade pela empreiteira Camargo Corrêa.

Ao jornal paulista, Okamotto afirma que as palestras do ex-presidente não são para qualquer um e rechaça irregularidades nas contas do instituto.


Questões relacionadas a infraestrutura continuam no centro do noticiário econômico. Itens relacionados ao futuro do investimento e ao interesse de parceiros privados em projetos de grande vulto estão em evidência.

O ESTADO DE S.PAULO, por exemplo, destaca que cálculos do professor João Manoel Pinho de Mello, do Insper, apontam que os financiamentos concedidos a países estrangeiros, para abrir caminho a empreiteiras brasileiras no exterior, embutem bilhões de dólares em subsídios oferecidos pelo BNDES.

A cifra chega perto dos US$ 4,5 bilhões. “O valor é quase metade do volume de recursos que o banco emprestou desde 2007,que foi de US$ 11,9 bilhões”, relata o jornal.

Em texto relacionado, ESTADÃO reforça que o BNDES qualifica como “absurdo” chamar os financiamentos à exportação de “generosos”. Em nota, o banco defendeu que “financiamento à exportação e captação do País em bônus não têm taxas comparáveis”.

O ESTADO DE S.PAULO afirma que o baixo investimento no setor tem distanciado o Brasil dos principais concorrentes e reduzido a competitividade do produto nacional.

“Nos últimos 15 anos, apesar de algumas concessões feitas pelo governo na área de rodovias, aeroportos e energia, o País perdeu 12 posições no ranking mundial, elaborado pelo International Institute for Management Development (IMD) e compilados pela Fundação Dom Cabral”, informa o jornal.

Outra reportagem do ESTADÃO relata que a segunda edição do programa de concessões foi recebida, no setor privado, como um bom ponto de partida.

“Ao contrário da rodada anterior, o governo se mostra disposto a negociar e garantir um ‘preço justo’ aos concessionários, o que demonstra uma dose maior de pragmatismo do que o visto na rodada anterior. Falta, porém, criar as condições para tirar os projetos do papel”.

Em outra frente, FOLHA DE S.PAULO informa em manchete que o governo federal vai discutir a elaboração de uma PEC que fixe uma idade mínima para a aposentadoria e apresente também uma nova fórmula para garantir o valor integral do benefício.

Segundo o jornal, essa é uma das propostas que serão apresentadas às centrais sindicais amanhã como alternativa ao fator previdenciário.

Como ponto de atenção, FOLHA DE S.PAULO publica entrevista com o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore, que avalia que o país está preso a um círculo vicioso em que a recessão reduz a arrecadação do governo, elevando a necessidade de mais cortes de gastos e aumento de carga tributária, gerando mais recessão.

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