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quinta-feira, 18 de junho de 2015

Análise de Mídia - 18 de junho de 2015

Noticiário volta a se concentrar nesta quinta-feira (18) em poucos e densos assuntos – padrão que se repete tanto na Política, como na Economia. A pauta do setor fabril está atrelada de forma secundária a outras de maior impacto e bastante pulverizada nos jornais nacionais.






FOLHA DE S. PAULO
TCU dá 1 mês para Dilma explicar contas de 2014

O ESTADO DE S. PAULO
Dilma veta mudança na aposentadoria e propõe nova fórmula

O GLOBO
Governo apresenta nova fórmula para aposentadoria

VALOR ECONÔMICO
Governo alivia o arrocho de 2015       

CORREIO BRAZILIENSE
Transbrasília é a joia do plano de parcerias

BRASIL ECONÔMICO
Justiça manda União ouvir índios antes de construir usina


A agenda legislativa com foco em itens que cruzam o esforço do governo em seguir com o ajuste fiscal está em evidência.

Alguns dos principais jornais do país retomam a cobertura um pouco mais técnica relacionada ao debate do projeto que reduz a desoneração da folha de salários.

O ESTADO DE S.PAULO e FOLHA DE S.PAULO informam que o Palácio do Planalto negocia com as lideranças políticas para tentar garantir a aprovação pelo plenário da Câmara dos Deputados da proposta. A votação está prevista para ocorrer hoje.

FOLHA adverte que em reunião com o ministro Joaquim Levy pela manhã, PP e PR ameaçaram votar contra o projeto se os setores de construção civil, moveleiro, calçadista e têxtil também não fossem contemplados. As negociações também envolviam distribuição de cargos.

Ao deixar o Congresso, Levy negou entendimentos para alterar o projeto original e minimizou as pressões, revela a FOLHA.

O GLOBO vai além e reforça que “a pressão do governo sobre o Congresso para que fosse votado ontem o projeto de lei que eleva a tributação da folha de pagamento não surtiu efeito”.

De acordo com O GLOBO, “o dia de ontem foi tenso, devido a uma declaração do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que constrangeu líderes da base governista”.

Ainda em O GLOBO, reportagem relacionada ressalta que a aprovação do projeto que acaba com a desoneração da folha de pagamentos e aumenta o percentual a ser pago pelos fabricantes de máquinas e equipamentos, de 1% para 2,5%, deverá causar a demissão de 150 mil trabalhadores no setor até o final do ano”.

A estimativa é da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Ontem, os dirigentes da entidade se reuniram em São Paulo e mostraram apreensão com a medida – a crise no setor automotivo também está em destaque no VALOR ECONÔMICO.

Em outra reportagem, VALOR ECONÔMICO justifica, por sua vez, que o custo extra gerado pelo fim da desoneração da folha de pagamento será repassado aos preços finais da indústria “e, pior, acompanhado de desemprego”.

Reportagem em tom de alerta antecipa que setores atingidos pela mudança “falam em demissões e aumento de preços”. O setor de máquinas e equipamentos, por exemplo, prevê um corte de 40% - VALOR reproduz declarações de representantes setoriais.

Em breve nota, VALOR adverte ainda que, no segundo trimestre deste ano, a parcela de empresários sem planos para novos investimentos é a mais elevada dos últimos 17 anos.

Texto menciona a Sondagem de Investimentos, da Fundação Getulio Vargas (FGV): de 729 empresas consultadas dentro da indústria da transformação, 30% informaram estar sem qualquer tipo de planejamento para investir nos próximos meses.

Como ponto de atenção, O ESTADO DE S.PAULO revela em reportagem diferenciada que “a área técnica do governo fechou a proposta do programa de redução da jornada de trabalho e de salários”.

ESTADÃO informa que as diretrizes serão conhecidas até o fim deste mês e reforça: a medida visa controlar o aumento do desemprego na indústria.

Na mesma reportagem, ESTADÃO justifica ter tido acesso de um estudo prévio e afirma que a jornada seria reduzida em 30%, mesmo porcentual que as empresas cortariam do salário. “O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), porém, pagaria 15% do salário para o empregado”, registra.

Para os empregadores, a redução nos custos seria da ordem de 30%. Para os trabalhadores, o salário seria cortado em 15% porque contariam com o complemento do FAT, fundo responsável pelos pagamentos do seguro-desemprego e do abono salarial, reforça o ESTADÃO.

A proposta vem sendo chamada de Plano de Proteção ao Emprego (PPE) e é vista com “simpatia” pelo Planalto, revela o ESTADÃO.

Complementando o dia, O GLOBO informa que a operação Zelotes, que apura denúncias de venda de sentenças do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), investiga 21 conselheiros investigados.

“Segundo fontes ouvidas pelo GLOBO, a força-tarefa que une Polícia Federal, Ministério Público da União (MPU) e Ministério da Fazenda constatou que o esquema é maior que o imaginado inicialmente, e vai além dos casos que constam no relatório da PF enviado à Justiça”, resume o texto.

De acordo com O GLOBO, “Até nos julgamentos mais simples houve manipulação, constataram as investigações. Os técnicos identificaram que, nas ações abaixo de R$ 1 milhão, havia a interferência dos grupos de conselheiros investigados”.



FOLHA DE S. PAULO aborda a decisão do TCU de requisitar a defesa formal da presidente Dilma Rousseff sobre as contas de 2014. Texto sinaliza que, “seja qual for o desfecho do julgamento, os governantes devem perder a tranquilidade de se entregar sem mais a ousadias arbitrárias no trato do dinheiro público”.

Sobre o assunto, O GLOBO expõe que “é feliz a coincidência de a prestação de contas de 2014” da presidente Dilma “enquanto se discutem critérios de como o BNDES administra o dinheiro que Tesouro lhe transfere”.

O ESTADO DE S. PAULO, por sua vez, analisa o perfil dos parlamentares e, trazendo como exemplo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), indica se tratar do “mais conservador da história recente da República”.


DIRETO DA FONTE, em O ESTADO DE S.PAULO, informa que "Paulo Skaf conseguiu mandar ontem 248 mensagens por SMS e 489 por e-mail pedindo aos deputados federais que votem contra o projeto de lei que elimina desonerações na folha de pagamento".

MERCADO ABERTO, na FOLHA DE S.PAULO, revela que “a intenção de consumo das famílias caiu em junho pelo quinto mês consecutivo, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC)”.

Segundo MERCADO ABERTO, “o índice chegou aos 91,7 pontos, em uma escala que varia de 0 a 200. Números maiores apontam uma elevada propensão ao consumo, mas valores abaixo de cem indicam insatisfação”.



O Palácio do Planalto volta a protagonizar o noticiário e está em destaque hoje devido à decisão da presidente Dilma Rousseff em vetar mudanças no modelo de Previdência.

Jornais relatam que a alternativa ao fator previdenciário apresentada pelo governo prevê uma regra de progressividade para o cálculo das aposentadorias, baseada na mudança de expectativa de vida.

A fórmula 85/95 será a regra de transição para um novo modelo. A partir de 2017, esse sistema terá como parâmetro a expectativa de vida da população.

Assunto é manchete de O ESTADO DE S.PAULO. Dirigentes de centrais sindicais reagiram e prometeram trabalhar para derrubar o veto no Congresso.

Mídia nacional também informa que a presidente Dilma Rousseff sancionou a Medida Provisória 665, que restringe o acesso a direitos trabalhistas como o seguro-desemprego, o abono salarial e o seguro-defeso.

FOLHA DE S.PAULO afirma que a nova lei é “mais branda” que a proposta original do governo.

Ainda com foco no ajuste fiscal, O ESTADO DE S.PAULO expõe que, “apesar do acordo celebrado na terça-feira entre o governo e o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), o Planalto não conseguiu votar ontem o projeto que revê a política de desoneração da folha salarial”.

Reforma política é outro assunto que repercute com bastante intensidade.

Jornais ressaltam que a Câmara aprovou ontem a emenda à Constituição que abre prazo de 30 dias para que deputados federais, estaduais e vereadores possam trocar de partido sem perder o mandato.

No contexto da operação Lava Jato, destaque é a informação de que o lobista Milton Pascowitch ajudou o ex-ministro José Dirceu a comprar em 2012 o imóvel usado para sediar sua a empresa de consultoria.

Reportagens advertem que o lobista pagou R$ 400 mil como sinal pela casa, adquirida por R$ 1,6 milhão.

FOLHA DE S.PAULO registra que “a defesa do ex-ministro José Dirceu aponta que todas as relações comerciais mantidas com Pascowitch e com a empreiteira Engevix foram lícitas e não tiveram ligação com contratos da Petrobras”. Já a defesa de Milton Pascowitch informou que não iria se manifestar.

Na cobertura com foco na CPI da Petrobras, O ESTADO DE S.PAULO informa que, “em retaliação à convocação do diretor-presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto”, foram protocolados pedidos de convocação e quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de Sérgio Fausto, superintendente-executivo do Instituto FHC”.


O julgamento das contas do governo federal referentes a 2014 segue como principal destaque do noticiário econômico.

Jornais informam que, em decisão unânime e inédita, o TCU deu prazo de 30 dias para que a própria presidente Dilma Rousseff explique 13 irregularidades apontadas pelo órgão na prestação de contas do ano passado.

Reportagens relatam que, só depois de obter as respostas o TCU vai se posicionar. Conforme especulam os textos, a decisão “reascendeu” no governo a volta de uma pauta negativa e do discurso pelo impeachment.

Em outra frente do noticiário, abordagens relacionadas ao mercado de trabalho aparecem com algum destaque.

VALOR ECONÔMICO relata que estimativa média de nove instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo jornal aponta que 50,6 mil postos com carteira assinada foram fechados em maio.

O ESTADO DE S.PAULO registra que, pela terceira vez no ano, a Fiat anunciou férias coletivas.

Outra reportagem do ESTADÃO expõe que “a área técnica do governo fechou a proposta do programa de redução da jornada de trabalho e de salários, que deve sair até o fim deste mês como medida para controlar o aumento do desemprego na indústria”.

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