Noticiário volta a se concentrar nesta quinta-feira
(18) em poucos e densos assuntos – padrão que se repete tanto na Política, como
na Economia. A pauta do setor fabril está atrelada de forma secundária a outras
de maior impacto e bastante pulverizada nos jornais nacionais.
FOLHA DE S. PAULO
TCU dá 1 mês para Dilma explicar contas de 2014
O ESTADO DE S. PAULO
Dilma veta mudança na aposentadoria e propõe nova
fórmula
O GLOBO
Governo apresenta nova fórmula para aposentadoria
VALOR ECONÔMICO
Governo alivia o arrocho de 2015
CORREIO BRAZILIENSE
Transbrasília é a joia do plano de parcerias
BRASIL ECONÔMICO
Justiça manda União ouvir índios antes de construir
usina
A agenda legislativa com foco em itens que cruzam o
esforço do governo em seguir com o ajuste fiscal está em evidência.
Alguns dos principais jornais do país retomam a
cobertura um pouco mais técnica relacionada ao debate do projeto que reduz a
desoneração da folha de salários.
O ESTADO DE S.PAULO e FOLHA DE S.PAULO informam que
o Palácio do Planalto negocia com as lideranças políticas para tentar garantir
a aprovação pelo plenário da Câmara dos Deputados da proposta. A votação está
prevista para ocorrer hoje.
FOLHA adverte que em reunião com o ministro Joaquim
Levy pela manhã, PP e PR ameaçaram votar contra o projeto se os setores de
construção civil, moveleiro, calçadista e têxtil também não fossem
contemplados. As negociações também envolviam distribuição de cargos.
Ao deixar o Congresso, Levy negou entendimentos
para alterar o projeto original e minimizou as pressões, revela a FOLHA.
O GLOBO vai além e reforça que “a pressão do
governo sobre o Congresso para que fosse votado ontem o projeto de lei que
eleva a tributação da folha de pagamento não surtiu efeito”.
De acordo com O GLOBO, “o dia de ontem foi tenso,
devido a uma declaração do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que constrangeu
líderes da base governista”.
Ainda em O GLOBO, reportagem relacionada ressalta
que a aprovação do projeto que acaba com a desoneração da folha de pagamentos e
aumenta o percentual a ser pago pelos fabricantes de máquinas e equipamentos,
de 1% para 2,5%, deverá causar a demissão de 150 mil trabalhadores no setor até
o final do ano”.
A estimativa é da Associação Brasileira das
Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Ontem, os dirigentes da
entidade se reuniram em São Paulo e mostraram apreensão com a medida – a crise
no setor automotivo também está em destaque no VALOR ECONÔMICO.
Em outra reportagem, VALOR ECONÔMICO justifica, por
sua vez, que o custo extra gerado pelo fim da desoneração da folha de pagamento
será repassado aos preços finais da indústria “e, pior, acompanhado de
desemprego”.
Reportagem em tom de alerta antecipa que setores
atingidos pela mudança “falam em demissões e aumento de preços”. O setor de
máquinas e equipamentos, por exemplo, prevê um corte de 40% - VALOR reproduz
declarações de representantes setoriais.
Em breve nota, VALOR adverte ainda que, no segundo
trimestre deste ano, a parcela de empresários sem planos para novos
investimentos é a mais elevada dos últimos 17 anos.
Texto menciona a Sondagem de Investimentos, da
Fundação Getulio Vargas (FGV): de 729 empresas consultadas dentro da indústria
da transformação, 30% informaram estar sem qualquer tipo de planejamento para
investir nos próximos meses.
Como ponto de atenção, O ESTADO DE S.PAULO revela
em reportagem diferenciada que “a área técnica do governo fechou a proposta do
programa de redução da jornada de trabalho e de salários”.
ESTADÃO informa que as diretrizes serão conhecidas
até o fim deste mês e reforça: a medida visa controlar o aumento do desemprego
na indústria.
Na mesma reportagem, ESTADÃO justifica ter tido
acesso de um estudo prévio e afirma que a jornada seria reduzida em 30%, mesmo
porcentual que as empresas cortariam do salário. “O Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT), porém, pagaria 15% do salário para o empregado”, registra.
Para os empregadores, a redução nos custos seria da
ordem de 30%. Para os trabalhadores, o salário seria cortado em 15% porque
contariam com o complemento do FAT, fundo responsável pelos pagamentos do
seguro-desemprego e do abono salarial, reforça o ESTADÃO.
A proposta vem sendo chamada de Plano de Proteção
ao Emprego (PPE) e é vista com “simpatia” pelo Planalto, revela o ESTADÃO.
Complementando o dia, O GLOBO informa que a
operação Zelotes, que apura denúncias de venda de sentenças do Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), investiga 21 conselheiros
investigados.
“Segundo fontes ouvidas pelo GLOBO, a força-tarefa
que une Polícia Federal, Ministério Público da União (MPU) e Ministério da
Fazenda constatou que o esquema é maior que o imaginado inicialmente, e vai
além dos casos que constam no relatório da PF enviado à Justiça”, resume o
texto.
De acordo com O GLOBO, “Até nos julgamentos mais
simples houve manipulação, constataram as investigações. Os técnicos
identificaram que, nas ações abaixo de R$ 1 milhão, havia a interferência dos
grupos de conselheiros investigados”.
FOLHA DE S. PAULO aborda a decisão do TCU de
requisitar a defesa formal da presidente Dilma Rousseff sobre as contas de
2014. Texto sinaliza que, “seja qual for o desfecho do julgamento, os governantes
devem perder a tranquilidade de se entregar sem mais a ousadias arbitrárias no
trato do dinheiro público”.
Sobre o assunto, O GLOBO expõe que “é feliz a
coincidência de a prestação de contas de 2014” da presidente Dilma “enquanto se
discutem critérios de como o BNDES administra o dinheiro que Tesouro lhe
transfere”.
O ESTADO DE S. PAULO, por sua vez, analisa o perfil
dos parlamentares e, trazendo como exemplo o presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), indica se tratar do “mais conservador da história recente da
República”.
DIRETO DA FONTE, em O ESTADO DE S.PAULO, informa
que "Paulo Skaf conseguiu mandar ontem 248 mensagens por SMS e 489 por
e-mail pedindo aos deputados federais que votem contra o projeto de lei que
elimina desonerações na folha de pagamento".
MERCADO ABERTO, na FOLHA DE S.PAULO, revela que “a
intenção de consumo das famílias caiu em junho pelo quinto mês consecutivo,
segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC)”.
Segundo MERCADO ABERTO, “o índice chegou aos 91,7
pontos, em uma escala que varia de 0 a 200. Números maiores apontam uma elevada
propensão ao consumo, mas valores abaixo de cem indicam insatisfação”.
O Palácio do Planalto volta a protagonizar o
noticiário e está em destaque hoje devido à decisão da presidente Dilma
Rousseff em vetar mudanças no modelo de Previdência.
Jornais relatam que a alternativa ao fator
previdenciário apresentada pelo governo prevê uma regra de progressividade para
o cálculo das aposentadorias, baseada na mudança de expectativa de vida.
A fórmula 85/95 será a regra de transição para um
novo modelo. A partir de 2017, esse sistema terá como parâmetro a expectativa
de vida da população.
Assunto é manchete de O ESTADO DE S.PAULO.
Dirigentes de centrais sindicais reagiram e prometeram trabalhar para derrubar
o veto no Congresso.
Mídia nacional também informa que a presidente Dilma
Rousseff sancionou a Medida Provisória 665, que restringe o acesso a direitos
trabalhistas como o seguro-desemprego, o abono salarial e o seguro-defeso.
FOLHA DE S.PAULO afirma que a nova lei é “mais
branda” que a proposta original do governo.
Ainda com foco no ajuste fiscal, O ESTADO DE
S.PAULO expõe que, “apesar do acordo celebrado na terça-feira entre o governo e
o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), o Planalto não conseguiu votar ontem o
projeto que revê a política de desoneração da folha salarial”.
Reforma política é outro assunto que repercute com
bastante intensidade.
Jornais ressaltam que a Câmara aprovou ontem a
emenda à Constituição que abre prazo de 30 dias para que deputados federais,
estaduais e vereadores possam trocar de partido sem perder o mandato.
No contexto da operação Lava Jato, destaque é a
informação de que o lobista Milton Pascowitch ajudou o ex-ministro José Dirceu
a comprar em 2012 o imóvel usado para sediar sua a empresa de consultoria.
Reportagens advertem que o lobista pagou R$ 400 mil
como sinal pela casa, adquirida por R$ 1,6 milhão.
FOLHA DE S.PAULO registra que “a defesa do
ex-ministro José Dirceu aponta que todas as relações comerciais mantidas com
Pascowitch e com a empreiteira Engevix foram lícitas e não tiveram ligação com
contratos da Petrobras”. Já a defesa de Milton Pascowitch informou que não iria
se manifestar.
Na cobertura com foco na CPI da Petrobras, O ESTADO
DE S.PAULO informa que, “em retaliação à convocação do diretor-presidente do
Instituto Lula, Paulo Okamotto”, foram protocolados pedidos de convocação e
quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de Sérgio Fausto,
superintendente-executivo do Instituto FHC”.
O julgamento das contas do governo federal
referentes a 2014 segue como principal destaque do noticiário econômico.
Jornais informam que, em decisão unânime e inédita,
o TCU deu prazo de 30 dias para que a própria presidente Dilma Rousseff
explique 13 irregularidades apontadas pelo órgão na prestação de contas do ano
passado.
Reportagens relatam que, só depois de obter as
respostas o TCU vai se posicionar. Conforme especulam os textos, a decisão
“reascendeu” no governo a volta de uma pauta negativa e do discurso pelo
impeachment.
Em outra frente do noticiário, abordagens
relacionadas ao mercado de trabalho aparecem com algum destaque.
VALOR ECONÔMICO relata que estimativa média de nove
instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo jornal aponta que 50,6 mil
postos com carteira assinada foram fechados em maio.
O ESTADO DE S.PAULO registra que, pela terceira vez
no ano, a Fiat anunciou férias coletivas.
Outra reportagem do ESTADÃO expõe que “a área
técnica do governo fechou a proposta do programa de redução da jornada de
trabalho e de salários, que deve sair até o fim deste mês como medida para
controlar o aumento do desemprego na indústria”.
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