Questões de caráter mais amplo
e com foco em itens estratégicos para a retomada do setor fabril se
reposicionam nesta terça-feira (09), menções à Indústria assumem perfis
específicos em meio a abordagens que valorizam, sobretudo, o debate voltado ao
comércio exterior.
FOLHA DE S.PAULO destaca o
aumento nas exportações de petróleo para a China e, em texto a parte, analisa a
concentração da pauta exportadora brasileira para o mercado chinês.
Texto chama a atenção para o
fato de que esse quadro “preocupa a indústria”. FOLHA lembra que “menos de 5%
do que o Brasil envia ao mercado chinês são produtos manufaturados”.
Jornal adverte que “à falta de
competitividade dos produtos nacionais somam-se barreiras impostas pelos
chineses”, reproduz declaração atribuída CARLOS ABIJAODI, diretor da CNI:
"O Brasil nunca se preocupou muito em fazer um ataque ao mercado
chinês". defende que o empresariado precisa “despertar” para a China e
estudar o mercado com mais atenção. "Ficamos muito acomodados com as
compras que eles fazem de commodities e não brigamos para derrubar as barreiras
aos demais produtos. É preciso negociar".
Em O ESTADO DE S. PAULO e O
GLOBO, registra-se artigo assinado por Rubens Barbosa, presidente do Conselho
de Comércio Exterior da Fiesp, no qual analisa as discussões sobre
flexibilização das regras do Mercosul em relação a acordos de seus
países-membros com outros blocos econômicos.
“Internamente, vozes
importantes pedem a volta do Mercosul a uma área de livre-comércio e maior
liberdade para que o Brasil possa negociar novos acordos com países de fora da
região. Foi esse o tom do discurso proferido recentemente pelo senador José
Serra no Senado e de documentos da CNI, da Fiesp e do Icdi”, resume o texto.
Barbosa afirma ainda que,
diante das transformações pelas quais passa o comércio internacional, “não há
mais espaço para hesitações por parte do Mercosul”.
Em manchete, BRASIL ECONÔMICO
revela que o principal mote do Plano Nacional de Exportações é a aproximação
comercial com os Estados Unidos.
Jornal relata a participação
do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro, em um
evento na Firjan (leia mais em ANÁLISE SETORIAL), na qual ficou claro, segundo
interpreta o diário, “que a reorientação para o mercado americano tem sido uma
prioridade da política comercial desde fevereiro”.
BRASIL ECONÔMICO relata que,
“em um movimento dissonante do caminho adotado pela política comercial
brasileira nos últimos anos, o ex-presidente da CNI afirmou que o Ministério
está dando "absoluta prioridade" ao mercado americano”.
Complementando a pauta,
EDITORIAL ECONÔMICO de O ESTADO DE S.PAULO destaca o agravamento do recuo da
produção industrial no país.
Citando dados do IBGE, já
divulgados, texto regista que “os números negativos são compatíveis com os dos
Indicadores Industriais da Confederação Nacional da Indústria (CNI)”.
“Como afirmou o gerente
executivo de Política Econômica da CNI, FLAVIO CASTELO BRANCO, ‘o quadro
claramente é de recessão do setor industrial, com uma queda bastante
significativa, especialmente nas horas trabalhadas e no faturamento’. Por isso,
afeta crescentemente o emprego”, registra o EDITORIAL ECONÔMICO, que finaliza:
“a crise industrial avançou muito desde 2013 e ainda parece longe de ser
estancada”.
FOLHA DE S. PAULO
Ministro afirma que vai
reabrir as inscrições do Fies
O ESTADO DE S. PAULO
PT pretende aliviar crítica a
Levy e mirar ‘pós-ajuste’
O GLOBO
Infraestrutura deve ter menor
investimento desde 2003
VALOR ECONÔMICO
Crédito a concessões pela TJLP
só vai a 45% do total
CORREIO BRAZILIENSE
Capital da República entregue
aos piratas
BRASIL ECONÔMICO
EUA voltam a ser o principal
foco da política industrial
Com o setor automotivo ao
centro, agenda de interesse destaca novas avaliações sobre o futuro da economia
e, em especial, da indústria.
O contexto para grande parte
das abordagens são dados informados ontem que confirmam não só o mau momento
pelo qual passam as montadoras, como também a baixa expectativa de que cenário
possa ser revertido.
A Anfavea comunicou que a
produção nacional de veículos este ano é de 2,686 milhões de veículos,
retrocedendo aos níveis de 2006, quando foram produzidas 2,4 milhões de
unidades.
Na comparação com 2014, isso
representa uma retração de 17,8%. Em relação a maio, a produção de 211 mil
unidades representou uma queda de 25,3% em relação ao mesmo mês do ano passado,
o pior desempenho para o mês em uma década.
O GLOBO classifica os números
como “desoladores”.
FOLHA DE S.PAULO reforça que,
“de acordo com a Anfavea, há 25 mil funcionários de montadoras afastados do
trabalho no momento, seja por ‘lay-off’ (interrupção temporária do contrato de
trabalho), férias coletivas ou licença remunerada”.
O ESTADO DE S.PAULO completa
que o setor “aguarda a aprovação, pelo governo federal, do Programa de Proteção
ao Emprego (PPE), proposto pelas empresas e as centrais sindicais”.
VALOR ECONÔMICO, pondera, no
entanto, que, “entre tantas notícias ruins em torno da indústria
automobilística, o desempenho das exportações no mês passado conferiu, enfim,
um dado positivo ao balanço das montadoras”.
De volta a O GLOBO, destaque
para declarações atribuídas ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto.
Reportagem chama a atenção
para a seguinte frase: “Neste momento de ajuste severo e duro (é importante)
não fazê-lo paralisante de certas iniciativas que relacionam com a agenda
pró-competitividade. O ajuste não é um objetivo, não é um fim em si mesmo”.
O GLOBO lembra que Monteiro
Neto participou de um evento na sede da Firjan para o lançamento de um estudo
da FGV Projetos sobre competitividade no Brasil. O ministro destacou a
importância do Plano Nacional de Exportações, que será lançado pelo governo no
próximo dia 23.
Como destaque diferenciado na
cobertura do dia, VALOR ECONÔMICO publica ampla entrevista com Carlos Fadigas,
diretor-presidente da Braskem e presidente da Associação Brasileira da
Indústria Química (Abiquim).
Fadigas faz uma longa análise
sobre os rumos da indústria brasileira e também analisa os efeitos do ajuste
fiscal promovido pelo governo, apontando para uma falta de sinalização clara da
equipe econômica sobre o horizonte pós-ajuste.
“Eu ainda não vi o governo
dizendo para onde vamos”, afirma. “Ninguém faz o aperto pelo aperto, ninguém
faz economia pela economia. Você faz pelo que vem depois”, afirma.
Ainda no VALOR, registra-se a
informação de que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal pautaram para
votação esta semana cinco projetos de lei importantes, entre os quais o que
revisa as regras de desoneração da folha de pagamentos de setores produtivos.
FOLHA DE S. PAULO analisa o
projeto que prevê a redução da maioridade penal e ressalta que o debate “se
baseia em estatísticas precárias sobre participação de jovens em assassinatos”.
Em outro editorial, FOLHA
aborda a Operação Lava Jato e afirma que a investigação abriu oportunidade para
que empresas de porte médio disputem “grandes obras públicas e concessões de
infraestrutura, antes concentradas nas mãos de poucas empreiteiras”.
O ESTADO DE S. PAULO avalia as
ações da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
e sentencia que, se ambicionam “dar a volta por cima de seus próprios erros”,
eles precisam primeiro enfrentar “a extremamente difícil missão de recuperar a
credibilidade junto aos brasileiros”.
ESTADÃO registra, em outro
editorial, que o caminho para o crescimento “passará obrigatoriamente pelos
ganhos de produtividade e por uma inserção mais ampla - e mais inteligente - no
mercado internacional”.
O papel do BNDES na política
econômica é tema em O GLOBO. Texto pontua que a instituição entrou no “radar do
Congresso” e que o TCU já pressiona para obter detalhes de financiamentos,
exemplificando alguns casos recentes.
CORREIO BRAZILIENSE se debruça
sobre o panorama atual que emperra o crescimento do setor automotivo e afirma
que o cenário reflete, “com clareza, o que se passa com a economia do país”.
MERCADO ABERTO, na FOLHA DE
S.PAULO, informa que a expectativa de emprego para o terceiro trimestre está 13
pontos percentuais abaixo do verificado no mesmo período de 2014, conforme
levantamento do grupo de recrutamento Manpower.
MÔNICA BERGAMO, na FOLHA,
registra que “o livro ‘Indústria e Desenvolvimento Produtivo no Brasil’, que
tem o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, entre os organizadores, será
lançado hoje, às 19h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional”.
CELSO MING, em O ESTADO DE
S.PAULO: “O governo Dilma tem de apresentar serviço para não passar a impressão
de que a política econômica do segundo período se limita às durezas do ajuste
fiscal, aos juros escorchantes e à dura recomposição dos preços administrados.
Falta responder às perguntas de todos quantos se sentem responsáveis pelo
futuro do País: o que queremos e para onde vamos?”.
DIRETO DA FONTE, no ESTADÃO,
informa que, “em meio à discussão sobre a terceirização, Ricardo Patah, da UGT,
deverá afirmar hoje, na Conferência da Organização Internacional do Trabalho,
em Genebra, que o desenvolvimento no País está diretamente ligado ‘à regulação
do mercado de trabalho e à formalização do trabalho informal’”.
Também em DIRETO NA FONTE: “O
Ministério da Fazenda está monitorando alguns setores que sofrem impacto dos
preços administrados. Quer saber se vão incorporar 100% da mudança do câmbio
nos seus reajustes. Se isso acontecer, o realinhamento de preços necessário
para a economia retomar o crescimento ficará mais difícil e o ônus que recairá
sobre a indústria maior, com efeitos no emprego”.
Antonio M. Buainain e Solange
Corder, professores de economia na Unicamp, escreve artigo em O ESTADO DE
S.PAULO no qual apontam para um consenso em relação “à centralidade da inovação
e da educação” no sentido de fortalecer o desenvolvimento do país. No entanto,
apontam uma série de problemas nesse sentido.
“A Pintec 2013 confirma que as
empresas brasileiras continuam inovando pouco e, pior ainda, que vem caindo o
esforço inovador. O desempenho é medíocre em termos de registro de patentes e o
país ocupa a penúltima posição em ranking de patentes da Organização Mundial de
Propriedade Intelectual (Ompi)”, resumem.
Jornais de grande circulação
realçam as tentativas do Palácio do Planalto de fortalecer o ministro da
Fazenda, Joaquim Levy, às vésperas do 5º Congresso Nacional do PT, que ocorrerá
esta semana, em Salvador.
Reportagens especiais que se
baseiam em movimentos públicos feitos ontem e em informações de bastidores
registram que, após a presidente Dilma Rousseff afirmar que não se pode
transformar o ministro em “Judas”, o vice-presidente Michel Temer disse que Levy
está mais para um “Cristo”.
O ESTADO DE S.PAULO informa
que a direção do PT e a corrente majoritária da legenda amenizaram as críticas
à política econômica do governo.
Com foco no relacionando entre
a presidente Dilma Rousseff e o PT, FOLHA DE S.PAULO informa que, no auge do
distanciamento, ministros recomendaram à presidente fazer “acenos à base social
do partido e voltaram a defender, nos bastidores, a taxação de grandes
fortunas”.
Na agenda legislativa, O
ESTADO DE S.PAULO antecipa que, sem consenso para aprovar os principais pontos
remanescentes da reforma política, deputados preparam ajustes no texto do
projeto de lei que vai tratar da regulamentação das regras acolhidas pelo
plenário da Câmara no mês passado.
“Parlamentares acreditam que
poderão alterar questões polêmicas como o financiamento privado de campanha e a
cláusula de barreira que limita de maneira branda o acesso de partidos ao Fundo
Partidário e ao tempo de rádio e TV”.
Parte da mídia repercute que o
ministro do STF Gilmar Mendes determinou ontem que o Tribunal Regional
Eleitoral de Minas Gerais reabra uma investigação para apurar se o governador
de Minas, Fernando Pimentel (PT), e seu vice, Antônio Andrade (PMDB-MG),
cometeram abuso de autoridade e de poder econômico durante as eleições de 2014.
No noticiário voltado para a
operação Lava Jato, jornais destacam declarações da presidente Dilma Rousseff,
em entrevista ao canal francês FRANCE 24.
Textos relatam que a
presidente demonstrou irritação ao ser questionada sobre o assunto e afirmou
que vai “lutar até o fim para mostrar” que não tem ligação com os casos de
corrupção na Petrobras.
O lançamento do novo pacote de
concessões de infraestrutura do governo federal ocupa os espaços mais
importantes do noticiário econômico.
Reportagens detalham as
principais medidas, avançam sobre aquelas que podem ser as obras prioritárias e
registram que a urgência do Palácio do Planalto é reconquistar a confiança do
setor privado.
O ESTADO DE S.PAULO informa
que o pacote que será lançado hoje “vai concentrar boa parte de suas apostas na
entrada de investidores estrangeiros no País e em pequenas e médias empresas da
construção civil”.
VALOR ECONÔMICO expõe que o
ministro chefe da Controladoria-Geral da União, Valdir Simão, disse não ver
qualquer impedimento para que as empresas investigadas na Lava Jato participem
do novo pacote de concessões.
Em manchete, VALOR informa que
a estrutura de financiamento para os projetos incluídos no programa de
concessões prevê a participação de até 70% de recursos do BNDES. No entanto, a
parte subsidiada em TJLP será diferente para cada setor.
O GLOBO, também em manchete,
registra que estudo da consultoria Pezco Microanalysis aponta que, mesmo com o
pacote, o país destinará este ano para infraestrutura apenas 1,75% do PIB. “É o
menor nível desde 2003, quando foi aplicado 1,77% do PIB. Para manter o atual
estado de conservação das instalações, seriam necessários 2,1% do PIB”, resume.
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