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quarta-feira, 20 de julho de 2016

Centro de Estudos da Ensp/Fiocruz discutirá participação popular na vigilância em saúde

O protagonismo da população brasileira nos processos de vigilância em saúde foi preconizado pela Reforma Sanitária, que, durante a redemocratização dos anos 1980, criou o Sistema Único de Saúde (SUS). Na prática, porém, com alguma exceção, o que se observa, nos últimos trinta anos, é a prevalência da vigilância feita nos moldes tradicionais, ou seja, focada na identificação e controle de doenças e numa visão exclusivamente biomédica dos modelos de saúde. Ao discutir esse tema, na próxima quarta-feira (20/7), o Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) pretende apresentar propostas alternativas a esse modelo tradicional, que vêm sendo construídas por pesquisadores no sentido de acolher a participação popular de maneira mais efetiva na vigilância em saúde. Participam do debate os pesquisadores Marcelo Firpo e Paulo Sabrosa, ambos da Ensp. A coordenação é do professor Gil Sevalho, também da unidade da Fiocruz.

Segundo explicação de Gil Sevalho, durante o Centro de Estudos, serão expostas três experiências de vigilância popular: a Vigilância em Saúde, de base local, territorial; a Vigilância Popular em Saúde e a Vigilância Civil da Saúde. A ideia é buscar pontos de contato e debater esses três modelos que se pretendem alternativos à vigilância tradicional.
"Além de não incluir a participação popular, a vigilância em saúde tradicional age mais no senido de controle de doenças. Essas três visões que pretendem compartilhar buscam identificar situações de saúde, mudando inclusive suas fontes de informação e incorporando a população de forma ativa, a fim de alcançar a transformação social", disse o coordenador do próximo Centro de Estudos.


Informe Ensp


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