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quarta-feira, 13 de julho de 2016

Especialistas de 11 países das Américas são treinados pela OPAS/OMS no monitoramento de resistência a inseticidas usados em saúde

Para seguir de forma eficaz no combate aos mosquitos que transmitem o vírus zika, dengue e chikungunya, especialistas da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) treinaram entomólogos de 11 países nas técnicas mais atuais para monitorar e gerenciar a resistência aos inseticidas dos mosquitos Aedes aegypti.

Entomólogos dos Ministérios da Saúde do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, República Dominicana, Peru e Uruguai receberam a primeira rodada de formação no Instituto Oswaldo Cruz e no Instituto de Biologia do Exército (IBEX) no Rio de Janeiro. De acordo com funcionários da OPAS/OMS, há previsão de treinamento adicional para outros países juntamente ao desenvolvimento das redes de laboratório.

“O uso de inseticidas eficazes e seguros contra larvas e mosquitos adultos é crucial para interromper a transmissão do vírus zika, assim como outros vírus transmitidos pelo Aedes, como chikungunya e dengue. É preciso um controle da resistência a inseticidas em populações de campo do Aedes para determinar os níveis, mecanismos e a distribuição geográfica da resistência e assim poder selecionar inseticidas adequados para o controle de vetores. Decisões baseadas em evidências garantirão inseticidas eficazes”, diz o documento da OMS utilizado no treinamento.

Os inseticidas são usados como uma intervenção rápida para interromper a transmissão da doença, sobretudo durante surtos de enfermidades transmitidas por mosquitos. O guia da OMS afirma que “poucos ingredientes ativos dos inseticidas estão disponíveis para o uso na saúde pública e, para minimizar o impacto da resistência aos inseticidas em um programa de controle, é necessário adotar decisões adequadas. Geralmente, a primeira opção a ser selecionada por um programa de controle é o inseticida mais econômico e mais eficaz contra a população de vetores, que possui também um baixo risco para aplicadores e transeuntes. O desenvolvimento da resistência aos inseticidas pode levar à mudança para opções mais caras, o que pode comprometer a cobertura”.

Os participantes também utilizaram uma ferramenta dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês) dos Estados Unidos – uma garrafa de bioensaio descrita como “uma ferramenta de vigilância para detectar a resistência das populações de vetores aos inseticidas. O instrumento foi concebido para ajudar a determinar se a formulação particular de um inseticida é capaz de controlar um vetor em uma localização específica em um momento específico”. Essa informação, combinada com os resultados dos bioensaios e dos ensaios bioquímicos e moleculares podem ajudar a determinar qual inseticida deve ser utilizado quando se detecta a resistência.

Fonte: Portal PAHO


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