A
Secretaria Executiva, da Universidade Aberta do SUS (SE/UNA-SUS), e a
Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa (Cosapi/Dapes/SAS/MS), do Ministério da
Saúde, lançam nesta terça-feira (19) o curso de Atenção Integral à Saúde da
Pessoa Idosa. O objetivo é capacitar os profissionais de nível superior para o
atendimento integral à população com 60 anos ou mais.
A
capacitação tem carga horária de 55 horas e faz parte do Programa de
Qualificação da Atenção à Saúde da Pessoa Idosa. Os interessados podem se
matricular até o dia 20 de novembro, clicando nesse link.
O
curso abordará questões clínicas e sociais, distribuídas em cinco unidades:
Envelhecimento Populacional, Ações Estratégicas, Avaliação Multidimensional e
Condições Clínicas e Trabalho em Equipe.
Para
a coordenadora de Saúde da Pessoa Idosa da Cosapi, Cristina Hoffmann, o curso é
de extrema importância. “Para atender as necessidades da população idosa se faz
necessário investir na qualificação do cuidado ofertado no SUS, por meio de
outras ações, da capacitação e atualização dos profissionais de saúde”, afirma
Cristina.
Promoção
do envelhecimento saudável - De
acordo com o IBGE, a população com 60 ou mais representa 13,7% dos brasileiros.
Até 2050, a previsão é de que esse número suba para 1/3 da população. Por isso,
é fundamental que os profissionais de saúde estejam preparados para a promoção
do envelhecimento saudável.
Essa
inversão da pirâmide etária nacional, chamada de transição demográfica, traz
consequências diretas ao sistema de saúde. “Com a população envelhecendo, é
necessário desenvolver novas estratégias de promoção de saúde, prevenção de
doenças, diagnóstico, tratamento e reabilitação”, esclarece o consultor da
SE/UNA-SUS, Paulo Coury.
O
novo perfil da população faz com que a atenção se volte para as doenças
crônico-degenerativas em adultos e, nas próximas décadas, estará cada vez mais
focada nas sequelas destas doenças em idosos. Entretanto, as diretrizes da
Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, do Ministério da Saúde, vão além
das condições clínicas. Elas preconizam o cuidado integral da pessoa,
promovendo ações direcionadas à manutenção da qualidade de vida individual e
coletiva e a garantia da autonomia e independência do idoso.
Para
tanto, é preciso entender as diferenças de cuidado entre os idosos
independentes e vulneráveis, traçar um plano de atendimento para cada grupo,
conhecer e usar a rede de apoio disponível, como Academias de Saúde e Melhor em
Casa. “Esse trabalho só é possível com a implantação de uma avaliação
multidimensional, onde aspectos clínicos e psicossociais são igualmente
importantes. O foco no indivíduo em sua integralidade representa uma resposta
importante ao envelhecimento populacional do Brasil”, ressalta Coury.
Para
Hoffmann, além da sensibilização para as questões que envolvem o
envelhecimento, “os profissionais devem ter uma escuta qualificada, e as suas
ações voltadas para o cuidado continuado, pautado no respeito e garantia de
direitos, buscando contribuir para a manutenção da autonomia e independência
dos idosos”, diz.
Mais
informações na página do curso: http://unasus.gov.br/page/cursos-abertos/atencao-integral-saude-da-pessoa-idosa.
Fonte: Portal UNA-SUS
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