A polêmica criada em torno do
medicamento sofosbuvir, para o tratamento da Hepatite C, é incorreta e as
informações levadas ao público, incompletas
shutterstock/Reprodução
Modelo de vírus da Hepatite C
em reprodução 3D
Recentemente alguns veículos
de imprensa repercutiram a notícia da concessão da patente do sofosbuvir,
medicamento inovador desenvolvido pela Gilead para o tratamento da Hepatite C .
Nas matérias publicadas não
constavam informações sobre novas e mais atuais gerações de medicamentos
desenvolvidas e oferecidas pela Gilead ao governo brasileiro, para
tratamento da mesma doença, a valores inferiores aos que estavam sendo
discutidos. Afim de esclarecer o assunto, a empresa emitiu uma nota que segue
abaixo.
Nota de esclarecimento aos
brasileiros
A Gilead do Brasil refuta todas
as acusações de prática abusiva de preços e exploração indevida da patente,
conforme veiculado na imprensa. Acreditamos fortemente no caráter inovador dos
nossos medicamentos e confiamos que os pedidos de patente do sofosbuvir atendem
a todos os requisitos técnicos e legais necessários a sua concessão.
A Gilead vem mantendo
negociações com o Ministério da Saúde visando oferecer as melhores opções de
tratamento para Hepatite C, que farão com que o Plano de Eliminação da doença
lançado pelo governo brasileiro torne-se uma realidade.
O Ministério da Saúde tem em
suas mãos uma proposta em que a Gilead oferece suas novas tecnologias no
tratamento da doença, os medicamentos Harvoni e Epclusa, a preços inferiores ao
sofosbuvir genérico, portanto menor do que os U$ 1.506,00 por tratamento
ofertados por Fiocruz e Blanver.
Para que se obtenha um
resultado eficaz no tratamento, o sofosbuvir deve ser combinado com um segundo
medicamento, o daclatasvir. Esse regime é conhecido como a primeira geração de
tratamentos a base de sofosbuvir. Tal tratamento exige a tomada de 2
comprimidos diários, demandando a necessidade de testes prévios de genotipagem
e grau de fibrose do fígado para determinar o tempo de tratamento, que pode
chegar a 24 semanas (6 meses) para alguns pacientes.
Já o tratamento de terceira
geração da Gilead, denominado Epclusa, simplifica grande parte do processo de
diagnóstico da doença, pois elimina a necessidade da realização dos testes
mencionados acima. Além disso, o tratamento consiste na tomada de apenas um
comprimido diário por 12 semanas (3 meses) para todo e qualquer paciente.
A adoção de um regime
simplificado para tratar a doença é chave para o sucesso do Plano de
Eliminação, pois facilita o acesso ao medicamento, visto a possibilidade de se
expandir o tratamento por médicos não especialistas, bem como a logística da
sua distribuição, atingindo assim um grande número de pacientes por todas as
regiões do país.
É importante mencionar a
parceria que vem sendo construída com o governo desde o lançamento do Sovaldi
(sofosbuvir) no Brasil, pois a Gilead vem aplicando descontos progressivos (e
acima de 90% em relação ao preço de referência do medicamento), possibilitando
cada vez mais a ampliação do seu acesso.
Lembramos que para a Gilead, a
concessão de patentes equivale ao reconhecimento da inovação dos seus
medicamentos e nada tem a ver com prática abusiva de preços ou monopólio do
mercado. Por conta disso é que a própria Gilead estabeleceu parceria
com o laboratório público LAFEPE para transferir a tecnologia de produção de
uma versão genérica e 100% nacional do sofosbuvir.
Link deste artigo: https://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2018-09-21/gilead.html
Fonte: Último Segundo - iG
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