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terça-feira, 25 de setembro de 2018

VACINA ANTIRRÁBICA VETERINÁRIA - TECPAR - INPI CONCEDE PATENTE DE INVENÇÃO, VÁLIDA POR 20 ANOS


O INPI publicou, na RPI 2490 de 25 de Setembro de 2018, a concessão da patente, válida por 20 anos, do Processo de Produção da Vacina do Instituto de Tecnologia do Paraná - Tecpar

A Carta Patente está disponível no arquivo, em anexo.

O cultivo celular para produção de vacinas antirrábicas é conhecido, inclusive com patente nacional, depositada sob n° PI0400341, mas, infelizmente, a produção local não supre a demanda das campanhas de vacinação antirrábica, com produto de qualidade assegurada.

O Brasil, ainda, depende da importação de vacinas, o que onera os custos das campanhas de vacinação para a manutenção do controle da raiva animal, e consequentemente a humana.

A Patente obtida pelo TECPAR foi desenvolvida para produção de vacina antirrábica, originalmente, para uso veterinário, com tecnologia inovadora verticaliza a utilização da planta industrial, compactando etapas de operações pós coleta do antígeno viral, reduzindo custos do processo de produção, ampliando a capacidade produtiva e o rendimento, sem comprometer a qualidade da vacina produzida.

A maioria dos processos e patentes descritos na literatura de vacinas antirrábicas veterinárias de cultivo celular são de processos operando em sistema de batelada ou batelada alimentada, que utilizam células em suspensão ou aderidas em microcarreadores. A célula BHK-21 é a mais utilizada, ocasionando dificuldades e limitações no seu uso em escala industrial.

A patente de invenção, obtida pelo TECPAR, é um “PROCESSO COMPACTO DE PRODUÇÃO DE VACINA ANTIRRÁBICA VETERINÁRIA UTILIZANDO CÉLULAS BHK-21, VÍRUS PV E MÉTODO DE PERFUSÃO”, onde a partir de células BHK-21 C13 descongeladas de um banco de trabalho são multiplicadas em biorreator operando com perfusão, do tipo interna, utilizando uma malha rotativa para retenção das células, aerado por membranas para evitar estresse mecânico. Todo processo de perfusão é acompanhado diariamente quanto a quantidade de lactato e glicose presentes no cultivo, quantidade de células totais e viáveis, esterilidade e título viral das coletas das suspensões virais.

Durante a produção de suspensão viral as principais inovações, introduzidas pelo processo agora patenteado, ocorrem pelo uso de MOI reduzida e processo de perfusão, que aumentam a duração do tempo de coleta, entre 96 e 120 horas, e proporciona significativo incremento na produtividade e volume total de coleta do processo. Outra diferença importante é relativa ao processo de purificação da vacina induzido por diferentes metodologias de produção, onde se obtém antígenos com menor carga de impurezas.

O processo foi examinado e concedido pelo INPI em tempo recorde de 2,5 anos, priorizado por ser estratégico para o Sistema Único de Saúde. O INPI oferece exame prioritário para pedidos relacionados a produtos, processos farmacêuticos, equipamentos e materiais relacionados à saúde pública, e doenças negligenciadas, sendo a raiva uma delas.

Temos grande satisfação em parabenizar e divulgar projetos exitosos desenvolvidos por pesquisadores brasileiros, dentro de Instituições Públicas, o que fortalece e consolida o Projeto de Governo no Complexo Industrial e Econômico da Saúde.

É a clara invocação da presença prioritária do Laboratório Oficial Público a serviço da saúde dos brasileiros.   

Anexo:



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