O INPI publicou, na RPI 2490
de 25 de Setembro de 2018, a concessão da patente, válida por 20 anos, do
Processo de Produção da Vacina do Instituto de Tecnologia do Paraná - Tecpar
A Carta Patente está
disponível no arquivo, em anexo.
O cultivo celular para
produção de vacinas antirrábicas é conhecido, inclusive com patente nacional,
depositada sob n° PI0400341, mas, infelizmente, a produção local não supre a
demanda das campanhas de vacinação antirrábica, com produto de qualidade
assegurada.
O Brasil, ainda, depende da
importação de vacinas, o que onera os custos das campanhas de vacinação para a
manutenção do controle da raiva animal, e consequentemente a humana.
A Patente obtida pelo TECPAR
foi desenvolvida para produção de vacina antirrábica, originalmente, para uso
veterinário, com tecnologia inovadora verticaliza a utilização da planta
industrial, compactando etapas de operações pós coleta do antígeno viral, reduzindo
custos do processo de produção, ampliando a capacidade produtiva e o
rendimento, sem comprometer a qualidade da vacina produzida.
A maioria dos processos e
patentes descritos na literatura de vacinas antirrábicas veterinárias de
cultivo celular são de processos operando em sistema de batelada ou batelada
alimentada, que utilizam células em suspensão ou aderidas em microcarreadores.
A célula BHK-21 é a mais utilizada, ocasionando dificuldades e limitações no
seu uso em escala industrial.
A patente de invenção, obtida
pelo TECPAR, é um “PROCESSO COMPACTO DE PRODUÇÃO DE VACINA ANTIRRÁBICA
VETERINÁRIA UTILIZANDO CÉLULAS BHK-21, VÍRUS PV E MÉTODO DE PERFUSÃO”, onde a
partir de células BHK-21 C13 descongeladas de um banco de trabalho são
multiplicadas em biorreator operando com perfusão, do tipo interna, utilizando
uma malha rotativa para retenção das células, aerado por membranas para evitar
estresse mecânico. Todo processo de perfusão é acompanhado diariamente quanto a
quantidade de lactato e glicose presentes no cultivo, quantidade de células
totais e viáveis, esterilidade e título viral das coletas das suspensões
virais.
Durante a produção de
suspensão viral as principais inovações, introduzidas pelo processo agora
patenteado, ocorrem pelo uso de MOI reduzida e processo de perfusão, que
aumentam a duração do tempo de coleta, entre 96 e 120 horas, e proporciona
significativo incremento na produtividade e volume total de coleta do processo.
Outra diferença importante é relativa ao processo de purificação da vacina
induzido por diferentes metodologias de produção, onde se obtém antígenos com
menor carga de impurezas.
O processo foi examinado e
concedido pelo INPI em tempo recorde de 2,5 anos, priorizado por ser
estratégico para o Sistema Único de Saúde. O INPI oferece exame prioritário
para pedidos relacionados a produtos, processos farmacêuticos, equipamentos e
materiais relacionados à saúde pública, e doenças negligenciadas, sendo a raiva
uma delas.
Temos grande satisfação em
parabenizar e divulgar projetos exitosos desenvolvidos por pesquisadores
brasileiros, dentro de Instituições Públicas, o que fortalece e consolida o
Projeto de Governo no Complexo Industrial e Econômico da Saúde.
É a clara invocação da
presença prioritária do Laboratório Oficial Público a serviço da saúde dos
brasileiros.
Anexo:
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