Novos testes diagnósticos
aprovados pela OMS – acessíveis, confiáveis e realizáveis em qualquer lugar –
podem transformar a resposta à COVID-19 na Região, permitindo que
profissionais de saúde realizem testes precisos e rápidos, mesmo em comunidades
remotas, afirmou nesta quarta-feira (14) a diretora da Organização
Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne.
Ao contrário dos testes
rápidos de anticorpos, que podem mostrar quando alguém teve COVID-19, mas que
geralmente apresentam resultados negativos durante os estágios iniciais da
infecção, os novos testes rápidos de antígenos são muito mais precisos para
determinar se alguém está infectado.
“Ao fornecer resultados
rapidamente, o novo teste capacita profissionais de saúde da linha de frente a
manejar melhor os casos, isolando os pacientes para evitar uma propagação maior
e para começar o tratamento imediatamente”, disse Etienne em coletiva de
imprensa. “Se for amplamente distribuído, este novo teste transformará nossa
resposta à COVID-19”.
Etienne disse que os testes de
diagnóstico serão particularmente úteis em áreas de difícil acesso, sem fácil
acesso a um laboratório, que foram desproporcionalmente afetadas pela pandemia.
Fundo Estratégico da OPAS
“Hoje, a OPAS pode fornecer
acesso a centenas de milhares desses testes por meio de seu Fundo Estratégico,
com mais milhões de testes esperados nas próximas semanas”, disse Etienne.
O Fundo Estratégico é um
mecanismo regional de cooperação técnica para a aquisição conjunta de
medicamentos e suprimentos essenciais e é um componente central da estratégia
da OPAS para avançar em direção à saúde universal.
Um estudo piloto também está
sendo conduzido pela OPAS no Equador, El Salvador, México e Suriname. “Com o
apoio da OMS, forneceremos esses testes diagnósticos gratuitamente, enquanto
observamos de perto como eles são usados. Os dados coletados por meio deste
estudo ajudarão os países dentro e fora de nossa região a aproveitar ao máximo
os novos diagnósticos”, afirmou Etienne.
Nesse ínterim, a OPAS também
ajuda os países a implementarem novos protocolos de teste para que os
profissionais de saúde saibam como usar os novos diagnósticos e notificar seus
resultados.
A diretora da OPAS pediu aos
países que “levem esses novos testes aos hospitais e clínicas de saúde na linha
de frente de nossa luta contra o vírus. Mas é importante lembrar que nenhuma
inovação sozinha é uma panaceia”.
Atualização da COVID-19 nas
Américas
Mais de 18 milhões de casos de
COVID-19 e mais de 590 mil mortes foram notificados e “o estado da pandemia nas
Américas continua complexo”, disse Etienne. O Canadá está enfrentando uma
segunda onda, os casos na Argentina continuam a acelerar, o Caribe está
registrando um grande número de casos e, em muitos países, a pandemia também se
espalhou para áreas menos povoadas, observou.
“Desde o início da pandemia,
há mais de nove meses, sabemos que, para vencer esse vírus, precisamos
transformar nossa resposta de saúde pública. Precisamos de medidas de saúde
pública para prevenir a transmissão na comunidade; testes de diagnóstico
rápidos, precisos e acessíveis para determinar quando alguém foi infectado com
COVID 19; novos medicamentos para ajudar os pacientes com COVID a melhorar e,
em última análise, uma vacina segura e eficaz”, afirmou a diretora da OPAS.
Os testes de diagnóstico de
PCR, que são altamente precisos e devem ser realizados em laboratório,
continuam sendo o padrão ouro, mas atrasos na obtenção dos resultados
significam que as pessoas correm o risco de infectar outras enquanto aguardam
os resultados. “Os novos testes vão capacitar profissionais de saúde da atenção
primária, estejam eles trabalhando no meio da Amazônia ou em um centro urbano,
para diagnosticar e cuidar de pacientes imediatamente, impedindo novas
infecções em seu caminho. Essa é a virada do jogo”, disse Etienne.
“Continua sendo fundamental
manter o curso em todos os aspectos de nossa resposta à COVID-19. Devemos
continuar aderindo às medidas de saúde pública para prevenir a propagação do
vírus. Devemos continuar a testar e isolar os casos e rastrear seus contatos para
evitar novas infecções. E devemos continuar permitindo que os dados sustentem
nossas ações para evitar que novos casos fiquem fora de controle”, acrescentou.
As inovações devem chegar às
pessoas que mais precisam e, “para capitalizar o poder deste novo diagnóstico,
os países devem torná-las disponíveis e acessíveis a todos – independentemente
de quem sejam ou de onde vivam – para nos aproximar de nossa promessa de saúde
para todos” ressaltou Etienne. Os testes fazem parte do Acelerador de Acesso às
Ferramentas para COVID-19 (ACT) da OMS para desenvolver, adquirir e distribuir
novas ferramentas críticas para combater a pandemia.
Fonte: Opas/OMS
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