Ministério da Saúde reforça
importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado durante o mês
destinado à saúde da mulher
Mulheres que ainda lutam ou
que já venceram o câncer de mama compartilham histórias de superação. Durante o
Outubro Rosa, a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do
tratamento adequado é reforçada, para incentivar a população feminina a olhar
para si e dar atenção ao seu corpo.
A campanha do Ministério da
Saúde para reforçar o autocuidado das mulheres no mês de outubro, alertou
Silvana Alves Viana, de 47 anos, no ano passado. “O câncer é uma doença
silenciosa. Em determinado momento, eu falei que pelo menos o ‘toque nas mamas’
eu iria me propor a fazer com frequência. Em um desses que eu fiz, eu vi que
tinha um nódulo”, conta a consultora, que ficou atenta aos sinais do próprio
corpo, após a campanha de conscientização.
Para ela, o câncer foi uma
experiência transformadora - para o bem e para o mal - que a proporcionou ver a
vida de outra forma. Hoje, Silvana relata a conscientização que a doença lhe
trouxe por conta do diagnóstico precoce.
“Eu acho que eu descobri o
câncer, a tempo ainda de não ter um tratamento mais agressivo, por causa dessas
campanhas. Se tem algo importante para ser feito é reforçar esse tipo de
comunicação. Quanto mais cedo você descobrir, maior o percentual de cura”,
concluiu a consultora, que segue em tratamento.
PREVENÇÃO
O Ministério da Saúde
recomenda que mulheres entre 50 e 69 anos façam a mamografia a cada dois anos,
mesmo que não apresentem sintomas da doença. Foi através de um exame preventivo
que, em 2015, a bibliotecária Rosa Maria de Abreu Carvalho, de 58 anos,
descobriu que estava com câncer de mama.
“Descobri a doença quando ela
estava bem no início, por conta de o diagnóstico ter saído de um exame
preventivo. Eu sou do tipo ‘dos males o menor’: retirei a mama toda, a
esquerda, e já coloquei a prótese”, contou Rosa, dizendo que o humor e a
autoestima lhe ajudaram a superar o tratamento com quimioterapia e
radioterapia.
Rosa pede que as mulheres não
tenham receio de um possível diagnóstico positivo: “Faça o exame de toque, que
pode detectar já bem no início alguma alteração na mama. Tudo tem que ser
diagnosticado, não tenham medo”, reforça.
“A campanha do Outubro Rosa na
televisão, no seu trabalho, em um folheto, é muito importante para ela se
lembrar de olhar para si própria, para se cuidar, porque a prevenção ainda é o
melhor remédio”, concluiu a bibliotecária.
ATENDIMENTO
O Sistema Único de Saúde (SUS)
oferta atenção integral à prevenção e ao tratamento do câncer de mama. A
assistência passa pelo diagnóstico precoce e pelo rastreio mamográfico, quando
indicado pelo médico.
Enfermeira há 30 anos, Maria
Lúcia Pereira Machado Nobre, de 56 anos, é uma das profissionais de saúde
responsáveis por cuidar das brasileiras na Atenção Primária. No atendimento,
ela acolhe as mulheres e monitora se as pacientes fizeram os exames preventivos
das mamas e do colo do útero.
“A gente faz um primeiro
atendimento e vai ver todo o estado dessa mulher. A gente não vai ver só a
questão do preventivo, vai ver o lado emocional, psicológico. Vai ver essa
mulher como um todo”, explica a enfermeira da Unidade Básica de Saúde (UBS)
Nova Colina, em Sobradinho (DF).
Lúcia, como gosta de ser
chamada e é conhecida por colegas e pacientes, relembra as mulheres que foram
atendidas em sua sala e que tiveram diagnósticos positivos para câncer de mama.
“Eu tive casos de mulheres que
detectaram casos de câncer e que já tinha muitos anos que elas não faziam o
preventivo. Eram mulheres que vinham várias vezes aqui na unidade, mas
acompanhando outras pessoas. Eu sempre bato muito na tecla da necessidade de a
mulher conhecer o seu corpo. Essa questão do toque eu acho muito importante”.
Para a enfermeira, a campanha
do Outubro Rosa faz toda a diferença nos cuidados da saúde da mulher. Mas ela
ressalta que o alerta deve ficar ligado durante o ano todo.
“Em todo o atendimento a gente
fala que não precisa ser no Outubro Rosa, mas a gente sabe que esse mês é um
momento que tem essa intensificação, é quando as mulheres procuram mais”, diz
Lúcia.
Saiba mais sobre câncer de
mama e do colo do útero em www.inca.gov.br.
Por Marina Pagno
Ministério da Saúde
(61)
3315-3580/2005
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