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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Secretaria de Saúde esclarece dúvidas de internautas sobre Dengue, Zika Vírus e Chikungunya

Mais de 4 mil pessoas acompanharam o bate-papo com o Subsecretário de Vigilância em Saúde

As principais dúvidas de internautas sobre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti foram os temas do bate-papo online promovido pela Secretaria de Estado de Saúde nesta quarta-feira (06/04). Mais de 4 mil internautas acompanharam a transmissão em tempo real e puderam esclarecer dúvidas com o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES, Alexandre Chieppe.

- A disseminação de conhecimento para a população é essencial para que possamos conscientizar a todos sobre a importância do combate ao mosquito e, desta forma, reduzir o impacto das doenças que ele transmite. A rede social é uma ferramenta importante porque facilita o acesso à informação – avalia Chieppe.

Ao longo do bate-papo, o subsecretário voltou a reforçar a necessidade do engajamento da sociedade nas ações de combate aos criadouros e focos do mosquito Aedes aegypti. Entre outras dúvidas, Chieppe esclareceu as diferenças entre as doenças transmitidas pelo mosquito, além do diagnóstico e tratamento para cada uma delas.

Confira as principais perguntas e respostas sobre o assunto:

1 – Além da Dengue, o mosquito Aedes aegypti transmite a Zika Vírus e a Febre Chikungunya. Quais são as diferenças entre as três doenças?

Alexandre Chieppe: O mosquito Aedes aegypti existe em vários países do mundo e sua presença é ainda maior em regiões de clima tropical, como o Brasil. É um mosquito que se reproduz em ambiente domiciliar e costuma voar baixo, com preferência pelo início da manhã e o final da tarde. No Rio de Janeiro, assim como em outros estados do Brasil, estas três doenças são as mais transmitidas por ele. As três apresentam características clínicas bem marcadas, com alguns sintomas em comum.

O vírus Zika Vírus causa uma doença chamada Febre da Zika Vírus, que tem como principal característica as manchas vermelhas (exantema), associada à febre baixa e dores pelo corpo. Atualmente, o vírus Zika Vírus é responsável por uma emergência mundial em saúde pública sem precedentes no Brasil, e em vários países do mundo, por conta da sua possível associação aos casos de microcefalia.

A Febre Chikungunya apresenta sintomas como a febre alta e fortes dores nas articulações. O grande complicador destes casos é que um percentual das pessoas infectadas pode desenvolver a forma crônica da doença, ou seja, pode apresentar dores nas articulações por até mais de um ano após a infecção.

A Dengue apresenta febre alta e de início imediato, sempre presente, com dores moderadas pelo corpo.
2 – Como é feito o diagnóstico? E qual o tratamento mais indicado para cada doença?

Alexandre Chieppe: O diagnóstico das doenças, na maior parte dos casos, é clínico, ou seja, é feito com base nos sintomas relatados e observados por profissionais de saúde. Ainda não existe, no mundo, uma plataforma laboratorial confiável, de amplo acesso e custo razoável, para a realização de exames específicos para detectar o Zika Vírus vírus ou a Febre chikungunya. Desta forma, a prioridade são os exames feitos por exclusão, utilizando-se o teste PCR, que é utilizado para detectar Dengue. Quando se há dúvida quanto ao diagnóstico, a orientação é administrar o tratamento indicado para a Dengue, tendo em vista que, entre as três, é a doença que apresenta maior taxa de mortalidade.

Não existe um tratamento específico para cada uma das doenças. A recomendação é o uso de medicação para alívio dos sintomas, além de hidratação. É essencial que não haja automedicação e que as pessoas, ao sentirem os sintomas, busquem imediatamente os serviços de saúde.
 
3 – É possível pegar duas ou três doenças ao mesmo tempo?

Alexandre Chieppe: A infecção por mais de um vírus é rara, mas não é impossível.

4 – Qual o panorama das três doenças no estado do Rio de Janeiro?

Alexandre Chieppe: Quanto à Dengue, o estado do Rio de Janeiro não registra epidemia, mas há municípios da Região do Médio Paraíba e da Região Noroeste do estado que ainda estão tendo transmissão importante da doença.

No caso do vírus Zika Vírus Vírus, a transmissão vem aumentando bastante, já que trata-se de um vírus novo, que começou a circular no estado em meados do ano passado. Os casos já vinham sendo monitorados, especialmente, entre as gestantes. Atualmente, a doença é de notificação obrigatória. No Rio de Janeiro, pode-se afirmar que, hoje, há circulação do vírus em todos os municípios.

Já o vírus da Chikungunya é bastante preocupante, uma vez que é um vírus com alto poder de disseminação, também novo em circulação no Rio de Janeiro, e que tem grande potencial para causar epidemia. O fato de que a doença também pode evoluir, em alguns casos, para a forma crônica, causando sintomas por até mais de um ano após a infecção, também é motivo de alerta para as autoridades de saúde pública.

5 - Qual é a melhor forma de prevenção?

Alexandre Chieppe: A melhor forma de prevenção é o combate aos focos do mosquito. Conforme amplamente divulgado, este mosquito se reproduz em água parada, em locais que armazenam água, principalmente, em ambientes domésticos. Com 10 minutos por semana, é possível vistoriar uma residência buscando os focos e eliminando os possíveis criadouros.

Além disso, diante da epidemia de microcefalia, recomenda-se uma série de cuidados individuais a serem adotados pelas gestantes, como o uso de roupas que protejam o corpo, como blusas de mangas compridas e calças, e também o uso de repelentes. Recomenda-se ainda que as gestantes evitem exposição nos horários de maior circulação do mosquito – pela manhã e fim da tarde – e utilizem telas de proteção nas janelas.

6 – Como o Governo do Estado vem atuando no combate ao mosquito?
Alexandre Chieppe: O combate ao mosquito é um enorme desafio para a saúde pública mundial. Diversos estudos mostram a capacidade de adaptação do mosquito ao longo dos anos. No estado do RJ, além das campanhas educativas e de conscientização da população, houve a incorporação dos agentes de endemia em conjunto com os agentes de saúde, além da articulação de ações com homens do Corpo de Bombeiros, que formaram uma força-tarefa para vistorias residenciais e disseminação de informações para a população. O engajamento e a mobilização popular são fundamentais para o combate.

Fonte: Portal da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro


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