A biodiversidade é a principal
matéria-prima da biotecnologia, o que coloca o Brasil em posição privilegiada
no cenário global. Agregar valor aos processos biológicos, biomassas e recursos
naturais e torná-los um instrumento de desenvolvimento do país foram discutidos
no seminário “A Indústria da Biotecnologia: desafios científicos, tecnológicos
e regulatórios”, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações (MCTIC) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) nesta quinta-feira (30), em Brasília.
Coordenador-geral de
Bioeconomia do MCTIC, Bruno Nunes destacou o potencial do setor para o país.
“Entre as vantagens do Brasil
estão a biodiversidade, a pesquisa em agricultura tropical, o pioneirismo em
políticas para biocombustíveis, o agronegócio, um setor acadêmico de relevância
global e um setor empresarial estruturado”, afirmou o coordenador-geral de
Bioeconomia do MCTIC, Bruno Nunes.
Segundo ele, o desenvolvimento
de soluções para desafios globais, como mudanças climáticas, aumento da demanda
por água, energia e segurança alimentar, causa menos impacto quando passam pela
bioeconomia. Nunes explicou que a bioeconomia está baseada em recursos
biológicos renováveis e que, a exemplo do Brasil, muitos países estão
estruturando estratégias para o desenvolvimento e suporte de suas
bioindústrias, que incluem o uso de resíduos como matéria-prima e a redução da
dependência de matérias-primas fósseis, substituindo-as por biomassas.
O coordenador do MCTIC disse
ainda que o ministério trabalha para elaborar e implementar políticas que
acelerem o processo de geração de conhecimento, tecnologia e inovação por meio
da interação entre os setores acadêmico e produtivo de modo a promover a
competitividade da bioeconomia nacional.
De acordo com estudo sobre
economia feito pela União Europeia, o Brasil está na liderança no custo e
disponibilidade de biomassa, mas ainda perde em nível de atividade produtiva e
pesquisa e desenvolvimento.
Foto: Ascom/MCTIC
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