Com um total de mais de quatro
mil inscritos, Medtrop2018 bateu recorde de público, com programação simultânea
de 42 mesas-redondas, 23 palestras e 11 conferências
A 54ª edição do Congresso
Medtrop bateu recorde de público e deixou um marco na história dos eventos da
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) e contou com 4763 inscritos.
Desde o sábado (1º) das atividades pré-congresso, no Mar Hotel, até o encerramento,
nesta quarta-feira (5), no Centro de Convenções de Pernambuco, no Recife, foram
cinco dias de intensas discussões, reunindo os temas mais relevantes da área
médica e acadêmica, convergindo as expetativas da sociedade com o conhecimento
científico. O Medtrop 2019 será em Belo Horizonte (MG).
Com o tema “Doenças
transmissíveis, predição e desafios para o enfrentamento de novas e velhas
epidemias”, o Congresso reuniu a comunidade tropicalista de 13 países de quatro
continentes. Participantes da África do Sul, dos Estados Unidos, do
Paraguai e França, estiveram no Recife para debater os desafios de doenças
emergentes e avanços nas pesquisas em doenças tropicais e negligenciadas no
Brasil e no mundo. Algumas palestras, com auditórios lotados, tiveram transmissão
simultânea por videoconferência para outras salas do evento. A programação
abrangente, composta por 42 mesas-redondas, 23 palestras, 11 conferências e 23
cursos, permitiu aos pesquisadores, médicos e estudantes discutir os temas mais
importantes da medicina tropical. Nestes espaços, a comunidade científica
apresentou avanços no tratamento, para minimizar as dores das patologias, e os
desafios da transmissão por vetores, em arboviroses e demais doenças endêmicas.
Além disso o congresso
avaliou, em conjunto com o poder público, a efetividade dos programas de
controle e vigilância da saúde pública, no caso da reemergência de epidemias. O
Medtrop teve a participação maciça de 1800 estudantes e residentes, que
submeteram 4.032 trabalhos científicos, com aprovação de 3800 para
apresentações orais e no formato E-poster.
“O evento superou as
expectativas em números e com a programação mais abrangente da história da
SBMT, o que é um marco num contexto de crise enfrentada pelo País, tanto de
apoio a eventos deste porte como cortes das agências de fomento e restrição de
verbas em pós-graduação nas universidades”, disse Sinval Pinto Brandão Filho,
presidente da SBMT e diretor da Fiocruz Pernambuco.
Segundo ele, o congresso
conseguiu reunir, desde as pesquisas de ponta sobre diagnóstico e tratamento de
doenças negligenciadas e seus vetores, até a escuta e formulação das demandas
dos pacientes com sequelas de doenças negligenciadas: doenças de Chagas,
leishmaniose, hanseníase, esquistossomose, filariose e hepatites/HIV).
Mais de 100 representantes da
sociedade civil e entidades se reuniram, no último sábado (1º), no Fórum de
Doenças Negligenciadas (http://www.sbmt.org.br/portal/forum-social-de-enfrentamento-de-doencas-infecciosas-e-negligenciadas/),
para debater as reivindicações, anseios e preocupações destas patologias. As
demandas foram sistematizadas numa Carta, lida durante a cerimônia de abertura
do Congresso Medtrop, que lotou o teatro Guararapes, com capacidade para 2.800
pessoas, na noite do dia 2 de setembro.
Além do fórum, outras reuniões importantes ocorreram simultâneas ao congresso, no Centro de Convenções, onde foram debatidos, exaustivamente, o controle de endemias, como malária e tuberculose, em eventos da Reunião Nacional de Pesquisa em Malária e do Workshop da Rede TB.
Outros temas relevantes
abordados foram o andamento de estudos sobre o vírus da Zika, associado a
Síndrome Congênita em bebês, com consequências de microcefalia e problemas
neurológicos; a avaliação sobre cursos de pós-graduação na área e questões das
publicações em revistas científicas; além dos problemas de saneamento básico
com o agravo das doenças tropicais. Acompanhe toda a cobertura do congresso
Medtrop 2018, em Notícias, no site da SBMT.
O Congresso MedTrop teve o
apoio da Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde, Fiocruz, Renezika,
Universidade de Pernambuco e instituições de fomento à pesquisa. Participaram
como expositores Associação de Chagas/IC – PE, Instituto Trata Brasil, Médicos
Sem Fronteiras, Prefeitura do Recife, Sociedade Real de Medicina Tropical e
Higiene (RSTMH), entre outras instituições internacionais.
SBMT
0 comentários:
Postar um comentário