No Brasil, o câncer representa a segunda causa de morte,
atrás apenas das cardiovasculares. A estimativa do INCA para o biênio
2018-2019, aponta a ocorrência de 600 mil casos novos de câncer por ano. O
câncer de pele não melanoma é o mais frequente no país, e a segunda posição é
ocupada pelo câncer de próstata, para homens, e de mama, para mulheres. O
número de mortes por câncer no país cresceu 31% em quinze anos, de 2000 a 2015,
segundo dados publicados pela OMS. O câncer é a principal causa de morte em 10%
das cidades brasileiras, ou seja, 516 municípios sendo que 120 destes
apresentam empate com as doenças cardiovasculares.
O tratamento dos diferentes
tipos de câncer, em todas as idades, teve expressivos avanços nos últimos anos.
Métodos modernos de imagem, análises bioquímicas e métodos de biologia
molecular têm permitido o diagnóstico e o estadiamento mais precisos. Pacientes
oncológicos atuais recebem terapêuticas baseadas na história natural da doença
e em resultados de estudos científicos, além de ser tratado por equipes
multiprofissionais. A oncologia clínica também mudou drasticamente graças ao
desenvolvimento e comercialização de novas drogas, novas combinações e, mais
recentemente, com as drogas-alvo e imunomoduladoras. Os avanços se traduzem em esperança
para os pacientes que têm acesso às inovações.
Assuntos que estarão em pauta
durante o III Fórum Nacional sobre Câncer; avanços no tratamento, tecnologia e
suporte ao paciente, realizado pelo Instituto Brasileiro de Ação Responsável em
parceria com o Senado Federal. O evento será realizado no próximo dia 18, em
Brasília e trará os seguintes painéis:
- A importância do diagnóstico precoce e a
garantia do tratamento adequado
- Assegurar recursos para ampliação do
acesso ao diagnóstico e tratamento
- A Medicina baseada em evidências aplicada
à oncologia
- Aspectos regulatórios dos medicamentos
oncológicos
- Suporte ao paciente com câncer
Além de parlamentares do
Congresso Nacional, foram convidadas para o evento as seguintes instituições:
Ministério da Saúde, Anvisa, ANS, INCA, Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica
(SBOC), Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) e
Instituto Oncoguia.
As inscrições para o evento
são gratuitas e podem ser feitas no seguinte link: http://www.acaoresponsavel.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=703:iii-forum-nacional-sobre-cancer-avancos-no-tratamento-tecnologia-e-suporte-ao-paciente-&catid=45:saude
Diagnóstico precoce
Apesar do importante e
reconhecido progresso no tratamento do câncer, a doença continua crescendo, com
perspectiva de ser a principal causa de morte em todo o mundo até o ano de
2020, em consequência do crescimento e do envelhecimento da população, bem como
da redução na mortalidade infantil e nas mortes por doenças infecciosas em
países em desenvolvimento.
O diagnóstico precoce aliado
aos atuais métodos terapêuticos e a disseminação das medidas eficazes de
prevenção, é fundamental para reduzir a mortalidade por câncer. Entretanto, um
número significativo de casos, passíveis de detecção precoce, ainda é
diagnosticado em estágios avançados de evolução. O diagnóstico precoce é a maior
perspectiva de cura e representa a primeira barreira a ser vencida, com esforço
multilateral, envolvendo autoridades governamentais, mídia, população e
médicos.
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