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terça-feira, 11 de setembro de 2018

Fórum vai discutir ampliação ao diagnóstico precoce do câncer


No Brasil, o câncer representa a segunda causa de morte, atrás apenas das cardiovasculares. A estimativa do INCA para o biênio 2018-2019, aponta a ocorrência de 600 mil casos novos de câncer por ano. O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no país, e a segunda posição é ocupada pelo câncer de próstata, para homens, e de mama, para mulheres. O número de mortes por câncer no país cresceu 31% em quinze anos, de 2000 a 2015, segundo dados publicados pela OMS. O câncer é a principal causa de morte em 10% das cidades brasileiras, ou seja, 516 municípios sendo que 120 destes apresentam empate com as doenças cardiovasculares.

O tratamento dos diferentes tipos de câncer, em todas as idades, teve expressivos avanços nos últimos anos. Métodos modernos de imagem, análises bioquímicas e métodos de biologia molecular têm permitido o diagnóstico e o estadiamento mais precisos. Pacientes oncológicos atuais recebem terapêuticas baseadas na história natural da doença e em resultados de estudos científicos, além de ser tratado por equipes multiprofissionais. A oncologia clínica também mudou drasticamente graças ao desenvolvimento e comercialização de novas drogas, novas combinações e, mais recentemente, com as drogas-alvo e imunomoduladoras. Os avanços se traduzem em esperança para os pacientes que têm acesso às inovações.

Assuntos que estarão em pauta durante o III Fórum Nacional sobre Câncer; avanços no tratamento, tecnologia e suporte ao paciente, realizado pelo Instituto Brasileiro de Ação Responsável em parceria com o Senado Federal. O evento será realizado no próximo dia 18, em Brasília e trará os seguintes painéis:
  • A importância do diagnóstico precoce e a garantia do tratamento adequado
  • Assegurar recursos para ampliação do acesso ao diagnóstico e tratamento
  • A Medicina baseada em evidências aplicada à oncologia
  • Aspectos regulatórios dos medicamentos oncológicos
  • Suporte ao paciente com câncer
Além de parlamentares do Congresso Nacional, foram convidadas para o evento as seguintes instituições: Ministério da Saúde, Anvisa, ANS, INCA, Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) e Instituto Oncoguia.

Diagnóstico precoce
Apesar do importante e reconhecido progresso no tratamento do câncer, a doença continua crescendo, com perspectiva de ser a principal causa de morte em todo o mundo até o ano de 2020, em consequência do crescimento e do envelhecimento da população, bem como da redução na mortalidade infantil e nas mortes por doenças infecciosas em países em desenvolvimento.

O diagnóstico precoce aliado aos atuais métodos terapêuticos e a disseminação das medidas eficazes de prevenção, é fundamental para reduzir a mortalidade por câncer. Entretanto, um número significativo de casos, passíveis de detecção precoce, ainda é diagnosticado em estágios avançados de evolução. O diagnóstico precoce é a maior perspectiva de cura e representa a primeira barreira a ser vencida, com esforço multilateral, envolvendo autoridades governamentais, mídia, população e médicos.


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