Em
razão do teto de gastos, Executivo terá que compensar despesas excedentes do
Judiciário, do Legislativo, do Ministério Público e da Defensoria Pública
A
proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA – PLN 27/18) para 2019 prevê R$ 13,7 bilhões para emendas
parlamentares impositivas. Desse total, R$ 9,2 bilhões vão para emendas
individuais (de deputados e senadores) e R$ 4,5 bilhões para as de bancadas
estaduais.
As
emendas individuais contemplam demandas que chegam das bases eleitorais dos
parlamentares e de grupos organizados que procuram interferir no projeto
orçamentário. Cada um dos 594 parlamentares poderá apresentar até R$ 15,4
milhões em emendas individuais. Metade dessas irá para a saúde, seguindo divisão
estabelecida na Constituição.
Já o
valor máximo para apresentação de emendas impositivas por bancada será de R$
169,6 milhões. De acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019
(Lei 13.707/18), esse valor poderá ser distribuído em até seis
emendas, sendo ao menos uma para a área de educação, uma para saúde e uma para
segurança pública. Diferentemente das emendas individuais, as de bancada
priorizam obras e serviços de interesse dos estados. Elas são discutidas dentro
de cada bancada e contam, geralmente, com o aval dos governadores.
Os
dados estão em informativo conjunto das consultorias de orçamento da Câmara dos
Deputados e do Senado divulgado nesta quinta-feira (6).
Teto
de gastos
Conforme a proposta orçamentária para 2019, o Executivo compensou gastos excedentes do Judiciário, do Legislativo, do Ministério Público (MP) e da Defensoria Pública em R$ 3,36 bilhões, quase o total do previsto na Constituição (0,25% do limite individualizado do Poder Executivo). Em 2018, a compensação foi de R$ 2,1 bilhões (65,2% do máximo). Esse crescimento, segundo as consultorias, vem principalmente por causa do impacto para 2019 das leis que deram aumento para carreiras do Judiciário e do MP (Leis 13.316/16 e 13.317/16).
Conforme a proposta orçamentária para 2019, o Executivo compensou gastos excedentes do Judiciário, do Legislativo, do Ministério Público (MP) e da Defensoria Pública em R$ 3,36 bilhões, quase o total do previsto na Constituição (0,25% do limite individualizado do Poder Executivo). Em 2018, a compensação foi de R$ 2,1 bilhões (65,2% do máximo). Esse crescimento, segundo as consultorias, vem principalmente por causa do impacto para 2019 das leis que deram aumento para carreiras do Judiciário e do MP (Leis 13.316/16 e 13.317/16).
A
compensação acontece porque, pelo teto de gastos (EC 95/16), as despesas só podem aumentar de acordo com a
inflação. Como as despesas dos outros poderes ficou além da correção
inflacionária (4,39%), a Constituição prevê uma compensação de até 0,25% das
despesas do Executivo.
Só
para o Judiciário, a compensação foi de R$ 2,92 bilhões ou 87% do total
repassado pelo governo. A proposta orçamentária também prevê o aumento salarial
dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de 16,38%, que é o teto do
funcionalismo. Para o Legislativo, a compensação é de 7,6% ou R$ 258 milhões.
Déficit
previdenciário
O ritmo do crescimento da necessidade de financiamento do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) reduziu em relação aos últimos anos. A projeção para o déficit previdenciário, segundo as consultorias, é de um déficit de 2,93% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2019, considerados a arrecadação líquida prevista (R$ 419,8 bilhões) e a estimativa de custos com benefícios previdenciários (R$ 637,9 bilhões). Em 2018, esse percentual foi de 2,91% de déficit. Desde 2012, os déficits anuais são crescentes. O maior aumento se deu de 2015 para 2016, quando cresceu 0,96 ponto percentual (de 1,43% para 2,39%).
O ritmo do crescimento da necessidade de financiamento do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) reduziu em relação aos últimos anos. A projeção para o déficit previdenciário, segundo as consultorias, é de um déficit de 2,93% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2019, considerados a arrecadação líquida prevista (R$ 419,8 bilhões) e a estimativa de custos com benefícios previdenciários (R$ 637,9 bilhões). Em 2018, esse percentual foi de 2,91% de déficit. Desde 2012, os déficits anuais são crescentes. O maior aumento se deu de 2015 para 2016, quando cresceu 0,96 ponto percentual (de 1,43% para 2,39%).
ÍNTEGRA
DA PROPOSTA: PLN-27/2018
Reportagem
– Tiago Miranda, Edição – Roberto Seabra, Agência Câmara Notícias
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