Cidade é a terceira do país a
aderir à Wolbachia, tecnologia para reduzir a capacidade do mosquito Aedes
aegypti em transmitir o vírus da dengue, Zika e chikungunya
O ministro da Saúde, Eduardo
Pazuello, participou nesta segunda-feira (05) em Belo Horizonte (MG), do ato de
soltura dos mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia.
A tecnologia, inovadora, é mais um investimento do governo federal para o
combate da dengue, Zika e chikungunya. O secretário de Vigilância em Saúde da
pasta, Arnaldo Correia de Medeiros, e demais autoridades locais também
participam da agenda.
Financiada pelo Ministério da
Saúde, em 2019 a pasta investiu R$ 22 milhões no Método Wolbachia.
A implementação é uma realização conjunta com a prefeitura de Belo Horizonte. A
expectativa é que nessa primeira etapa de liberações, a produção seja de 275
mil mosquitos por semana nas três áreas de Venda Nova - região metropolitana de
BH: Copacabana, Jardim Leblon e Piratininga.
Wolbachia é
o nome dado à bactéria responsável pelo controle e redução arboviroses -
doenças transmitidas por mosquitos. De acordo com o World Mosquito
Program (WMP), o método é seguro, autossustentável e não envolve
modificação genética.
O Ministério da Saúde pretende
expandir a metodologia em todas as regiões do país para avaliar o comportamento
do Aedes aegypti e seu impacto no cenário epidemiológico. A
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é responsável por gerenciar a
metodologia.
Em Niterói (RJ), por exemplo,
o uso de mosquito Aedes aegypti infectado com a bactéria
aponta de forma preliminar para a redução da transmissão do vírus chikungunya
no município. A primeira conclusão apontou redução de 75% nos casos de
chikungunya nos últimos dois anos. O número permaneceu o mesmo em novo
monitoramento feito em junho, reforçando o resultado.
Etapas – Para viabilizar
a chegada do Método Wolbachia na capital, a prefeitura de Belo
Horizonte construiu uma biofábrica, instalada no bairro São Francisco. O espaço
tem aproximadamente 250 metros quadrados e abriga a equipe da prefeitura e do
WMP Brasil/Fiocruz responsável pela produção dos Aedes aegypti com Wolbachia.
Além dos três centros em Venda Nova, uma equipe da Universidade Federal de
Minas Gerais vai conduzir um estudo clínico randomizado controlado que cobrirá
outras regiões em uma área com cerca de 400 mil pessoas.
Ampliação da Capacidade de
Testagem - Ainda em Belo Horizonte, o ministro Eduardo Pazuello participou
da entrega de equipamentos para a plataforma de testagem do Laboratório Central
de Saúde Pública (Lacen) de Minas Gerais, localizado na Fundação Ezequiel Dias.
Com as novas máquinas, o laboratório ampliará sua capacidade de testagem de 400
para 2 mil exames por dia. O Ministério da Saúde entregou ao Lacen três
equipamentos que contribuirá para ampliação da capacidade de testagens. São
duas plataformas e um extrator com um investimento federal de aproximadamente
R$ 2,45 milhões.
O estado de Minas Gerais, até
o momento, já recebeu 672 mil testes RT-PCR para a Covid-19.
Luiza Barufi, da Agência Saúde
Atendimento à imprensa
(61) 3315-3580 / 3435

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