Com investimento de R$2,4 bilhões do governo federal, a unidade produzirá os seis hemoderivados de maior consumo mundial e que hoje são 100% importados pelo Brasil
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, visitou nesta segunda-feira (15) as obras da fábrica da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), no município de Goiana, a 63 quilômetros da capital Recife, em Pernambuco. Esta é a primeira fábrica do Brasil – e a maior da América Latina – de produção de medicamentos a partir do plasma sanguíneo ou por meio de engenharia genética para tratamento de coagulopatias.
“A Hemobrás tem uma grande estrutura e é muito importante para o Brasil. Estamos concluindo a etapa dos hemoderivados, necessária para que tenhamos capacidade de produção. Estamos dando eficiência e otimizando o trabalho que a Hemobrás faz com os hemoderivados”, destacou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
A fábrica terá capacidade de processar 500 mil litros de plasma por ano. Atualmente, os sistemas público e privado gastam R$ 800 milhões por ano com a importação de hemoderivados. Este empreendimento vai gerar economia de recursos ao país, uma vez que a matéria-prima nacional será utilizada para fortalecer a hemorrede brasileira.
O investimento total previsto entre 2010, quando as obras começaram, e 2023, quando devem terminar, é de R$ 2,4 bilhões. Com recursos 100% da União, a expectativa da pasta é consolidar o
Complexo Industrial da Saúde no Brasil. Para isso, até julho de 2016 já foram executados R$ 787,3 milhões em obras de construção civil, aquisição de equipamentos e transferência de tecnologia.

OBRA – Com 71% de execução física, 23% de incorporação de processos e 48% de aquisição de sistemas e equipamentos de produção, a fábrica da Hemobrás possuirá 17 prédios em um terreno de 25 hectares no Polo Farmacoquímico de Pernambuco. A previsão de conclusão é 2018 e o início da produção deve acontecer em 2020. Em 2023, haverá o encerramento da última etapa, com início da produção do medicamento HEmo-8r (recombinante).
Desde setembro de 2012, já está em funcionamento a câmara fria a -35°C da fábrica, que armazena o plasma excedente no país (matéria-prima para produção de hemoderivados).
Por Gustavo Frasão
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