Em viagem ao Haiti na semana
passada, autoridades da ONU e do Brasil firmaram com o governo do país
caribenho um acordo para a liberação de 20 milhões de dólares em investimentos
no sistema de saúde haitiano. Verba é do Fundo de Reconstrução do Haiti (FRH),
que recebeu, em 2010, 55 milhões de dólares do Brasil — o maior contribuinte do
instrumento financeiro.
Da
esquerda para a direita, ministro da Saúde do Brasil, Ricardo Barros,
representante-residente do PNUD no Brasil, Niky Fabiancic, e representante do
governo haitiano, durante cerimônia de assinatura do instrumento do Fundo de
Reconstrução do Haiti (FRH). Foto: PNUD
Em
viagem ao Haiti na semana passada, autoridades da ONU e do Brasil firmaram com
o governo do país caribenho um acordo para a liberação de 20 milhões de dólares
em investimentos no sistema de saúde haitiano. Verba é do Fundo de Reconstrução
do Haiti (FRH), que recebeu, em 2010, 55 milhões de dólares do Brasil — o maior
contribuinte do instrumento financeiro.
A
liberação do montante foi formalizada pelo ministro da Saúde brasileiro,
Ricardo Barros, e pelo representante-residente do Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil, Niky Fabiancic.
Logo após a assinatura do instrumento de cooperação, o chefe da pasta federal
fez a entrega simbólica de 15 mil doses da vacina antirrábica humana para o
Haiti.
A
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) arcou com o transporte da carga, que
chegou ao país na quarta-feira (21). A doação foi feita em função do crescente
número de casos de raiva no país. Segundo o organismo regional, já foram
confirmadas três mortes pela doença em 2017.
Barros
e Fabiancic participaram ainda na sexta-feira (23), em Porto Príncipe, de
cerimônia que oficializou a nomeação do Hospital Comunitário de Referência Dra.
Zilda Arns. O centro de tratamento é uma das três unidades de saúde construídas
pelo Brasil no país caribenho.
O hospital
foi entregue ao governo haitiano em 2014 e atende mais de 200 pessoas por dia
em especialidades como ortopedia, ginecologia, obstetrícia e pediatria, além de
clínica geral. A unidade, localizada no bairro de Bon Repos, passa a levar o
nome da médica brasileira que morreu vítima do terremoto na capital haitiana em
2010.
Acompanhado
do ministro do Desenvolvimento Social do Brasil, Osmar Terra, Barros também se
reuniu com o primeiro-ministro do Haiti, Jack Guy Lafontant. No encontro,
cumprimentaram o chefe de governo pela aprovação do projeto que garantirá a
manutenção dos hospitais construídos pelo Brasil por mais três anos.
Niky
Fabiancic também visitou o Batalhão Brasileiro de Força de Paz (BRABAT), que
comanda a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH) desde
2004. A missão se encerrará no próximo 15 de outubro, e o atual 26º Contingente
Brasileiro no país foi efetivado em 2 de junho desse ano como a última tropa
brasileira enviada ao território haitiano.
Parceria entre Brasil, Cuba e
Haiti
A
construção do Zilda Arns e dos outros dois hospitais faz parte do programa de
Cooperação Tripartite Brasil-Cuba-Haiti. O PNUD tem participação direta nos
projetos da parceria, que já investiu 135 milhões de reais na saúde do país
caribenho. Dinheiro foi utilizado também na criação de laboratórios e oficinas
de órteses e próteses, além de contribuir para a formação de recursos humanos.
Dois
laboratórios de vigilância epidemiológica foram reformados e equipados em Cabo
Haitiano e Les Cayes. As unidades realizam os principais exames necessários à
identificação de doenças como malária, dengue, tuberculose, hanseníase e
cólera. Trabalho dos profissionais de saúde também envolve o controle de
vetores e insetos.
No
campo da prevenção, a cooperação doou cerca de 8 milhões de doses de vacina —
contra sarampo, rubéola e poliomielite — para serem usadas nas campanhas de
imunização. O Brasil financiou 11% do orçamento necessário ao Programa Ampliado
de Vacinação do Haiti para a campanha de 2012. A parceria entre as três nações
também garantiu a construção de três depósitos para o armazenamento de vacinas,
inaugurados em fevereiro de 2017.
Ações
incluíram ainda a formação de cerca de 1,6 mil profissionais de saúde, sendo
1.237 agentes comunitários, 53 inspetores sanitários e 310 auxiliares de
enfermagem.
Fonte: Portal nacoesunidas.org
0 comentários:
Postar um comentário