Documento traz panorama geral
dos serviços instalados no país, incluindo indicadores de qualidade e dados
sobre coletas realizadas.
A Anvisa publicou, nesta
sexta feira (16/7), o 11° Relatório de Dados de Produção dos Bancos de Sangue de
Cordão Umbilical e Placentário, referente ao ano de
2020. O documento traz um panorama geral
dos serviços instalados no país, incluindo indicadores
de qualidade, além do número de unidades (bolsas) coletadas, processadas
e armazenadas de células progenitoras hematopoéticas, também
conhecidas como células-tronco hematopoéticas, utilizadas no
tratamento de diversas doenças.
O relatório inclui também
informações sobre serviços públicos e privados
e quantidade de bolsas desqualificadas para uso terapêutico, bem
como os motivos referentes à desqualificação, além do destino das
unidades.
É importante ressaltar que
o documento considerou apenas os dados de produção enviados por meio
de uma ferramenta específica disponibilizada pela Agência.
A veracidade das informações é de responsabilidade das instituições
informantes.
Ainda segundo a
Anvisa, os dados disponíveis no relatório são destinados
especialmente aos órgãos que integram o Sistema Nacional de Vigilância
Sanitária (SNVS), Ministério da Saúde, setor regulado e instituições de
pesquisa, entre outros públicos.
Distribuição
De acordo com a
publicação, as informações foram enviadas por um total de 33
bancos de sangue de cordão umbilical e placentário. A distribuição
por natureza dos bancos mostra que a maioria dos serviços pertence à
rede privada (57,6%). Outros 42,4% são vinculados ao Sistema
Único de Saúde (SUS).
Serviços públicos
Dos 14 serviços
da Rede BrasilCord, que reúne bancos públicos de sangue de
cordão umbilical, sete não realizaram coletas em 2020. Os
demais interromperam as coletas de células para
uso alogênico não aparentado (células doadas por pessoa não
relacionada ao paciente transplantado), em razão da pandemia de Covid-19.
No ano passado, os
serviços da Rede BrasilCord coletaram um total de 208 bolsas com
células provenientes de cordão umbilical e placenta. Os dados indicam, ainda,
que 131 unidades foram processadas,
86 foram armazenadas e 172, desqualificadas.
Em 2020, seis unidades de
células foram utilizadas em transplantes. Dessas, três bolsas
coletadas foram fornecidas para fins de uso terapêutico
reconhecido e outras três foram destinadas a pesquisa
clínica.
Serviços privados
Dos 19 bancos privados de
sangue de cordão umbilical e placentário em funcionamento no país, três
não realizaram coletas em 2020. Os resultados dessas unidades foram os
seguintes: 4.918 unidades coletadas; 4.744 processadas; 5.437
armazenadas; e 1.049 desqualificadas.
No corrente
ano, três unidades foram fornecidas para
transplantes, sendo uma para uso autólogo (quando as células
transplantadas são do próprio paciente), no âmbito de pesquisa clínica, e
duas para uso alogênico aparentado (quando
as células são doadas por um parente).
Instrumento de avaliação
Para a Anvisa, o relatório
constitui um instrumento de avaliação e de monitoramento das
atividades dos bancos de sangue de cordão umbilical e placentário que
realizam coleta, processamento e armazenamento de células
progenitoras hematopoéticas (CPHs) de cordão umbilical e
placentário.
Em conjunto
com outras informações sobre os estabelecimentos de saúde, os dados podem ser
utilizados pelos órgãos de vigilância sanitária como ferramenta para subsidiar
ações de inspeção e fiscalização. Também podem ser usados pelos
próprios Centros de Processamento Celular (CPCs) como parâmetro de controle e
de comparação, visando a melhoria dos seus processos de trabalho.
Confira a
íntegra do 11º Relatório de Dados de Produção dos Bancos de Sangue de
Cordão Umbilical e Placentário.
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