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segunda-feira, 5 de julho de 2021

COMPLEXO INDUSTRIAL E ECONÔMICO DA SAÚDE - PAPEL DA REGULAÇÃO E CONTROLES FOI TEMA DE REUNIÃO TÉCNICA DA SUBCOMISSÃO DA CSSF DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Controle da indústria de saúde

A Subcomissão Especial de Desenvolvimento do Complexo Econômico e Industrial em Saúde vinculado à Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados é presidido pela Dep. Jandira Feghali, relatado pelo Dep. Alexandre Padilha que tem como adjunto o Dep. Odorico Monteiro, promoveu um novo debate nesta segunda-feira (5) sobre o papel das instituições de regulação.

A reunião Técnica virtual sobre "O Papel das Instituições de Regulação e Controle no CEIS", contou com os seguintes PARTICIPANTES:

1) MEIRUZE SOUSA FREITAS, Diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária;

2) LEONARDO MACHADO ROCHA, Diretor Substituto de Avaliação da Conformidade do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO

3) CLÁUDIO VILAR FURTADO, Presidente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial;

3.1) LIANE LAGE, Diretoria de Patentes, Programa de Computador e Topografia de Circuitos Integrados DIRPA/INPI

3.2) MARCOS COUTO, Procurador-Chefe, Procuradoria Federal especializada junto ao INPI

4) CLEMENTINA CORAH LUCAS PRADO, Assessora técnica do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias e Inovação em Saúde - DGITIS/SCTIE;

5) IVO BUCARESKY, Ex Diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2003- 2016);

Cada Instituição apresentou suas atividades e interações com o CIES. Nossa participação após parabenizar a iniciativa e reiterar nossa exultação em poder participar e receber os relevantes conteúdos apresentados pelos intervenientes em prol da consolidação do Complexo Industrial e Econômico da saúde.

Consignamos que o Complexo Industrial e Econômico da Saúde, ainda depende da normatização do Decreto 9245, de 20 de dezembro de 2017, como uma política de Estado, proposta que foi endossada pelo Ricardo Barcelos, representante do Ministério da Saúde, que comentou que: “É essencial a atualização do Decreto 9245, bem como a recriação do Gecis. É fundamental a recriação do DECIIS e atualização do Marco Regulatório “.

Igualmente como propostas de encaminhamentos, para as bases da regulamentação, sugerimos:

  1. Elaboração e publicação da lista de prioridades para o SUS;
  2. Previsibilidade de demanda dos produtos, minimamente, durante o período de transferência tecnologia;
  3. Planejamento setorizado, em sinergia com a vocação de cada segmento do CIES (biológicos, fitoterápicos, genéricos, negligenciados, equipamentos, etc...);
  4. Segurança Jurídica contratual para mitigar o risco dos investimentos; 
  5. Aquisições do MS no CIES, baseadas em custos efetivos (considerando todos os benefícios envolvidos com a absorção de novas tecnologias, desenvolvimento e adensamento de toda cadeia, geração de impostos, empregos, plataformas tecnológicas que permitam produzir outros produtos, etc );
  6. Maior abertura para o desenvolvimento e utilização de medicamentos compostos (não apenas mono drogas);
  7. Harmonização regulatória dos órgãos controladores, como: TCU, CGU, AGU, MP;
  8. Formação especializada dos recursos humanos para atender às demandas dos segmentos;
  9. Implementação de Política de remuneração que assegure a manutenção dos profissionais qualificados que são os responsáveis pela absorção das tecnologias advindas de parcerias no CIES; 
  10. Outra barreira a ser ultrapassada pelo CIES passa pela flexibilização do alinhamento de preços CMED em sinergia com o mercado internacional;

Os preços fixados em tempos de outras realidades, como ocorreu com os antibióticos, hemoderivados, oncológicos (tradicionais) hoje são inviabilizados pelo marco regulatório sanitário, pelo câmbio, pela dependência da China e Índia.

O novo marco regulatório necessita considerar mecanismos para que os preços possam acompanhar o mercado internacional. Já assistimos os problemas com falta de medicamentos para Sífilis e mais recentemente com as imunoglobulinas hoje importadas da China, sem registro na Anvisa. CMED depende de regulamentação para alinhar os preços internos com as práticas internacionais.

Igualmente fizemos questão de enfatizar que: - felizmente, na prática mesmo de forma indireta, e, em caráter consultivo, as APs da Subcomissão do CIES vem reproduzindo o espírito desejado pelo GECIS, com proposições extremamente relevantes que merecem migrar para a regulamentação do Decreto 9245, transformando o Grupo de consultivo em executivo.

No âmbito do descompasso entre as posições das Instituições e em relação as eventuais prioridades de análise para registro e implementação de tecnologias no SUS, também sugerimos planejar e publicar as prioridades das demandas e necessidades presentes e futuras do SUS, para que os órgãos reguladores possam organizar suas agendas.

O desenvolvimento dos trabalhos da Subcomissão vem colecionando robusto conteúdo que permitirá a elaboração de projetos de Lei e recomendações à governança de forma a permitir a consolidação do marco regulatório do Complexo Industrial e Econômico da Saúde.

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