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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Análise de Mídia, quarta-feira 23 de dezembro de 2015

Mídia regional contempla principal destaque da exposição da Indústria nesta quarta-feira (23).

CORREIO BRAZILIENSE (DF) publica artigo assinado pelo presidente da CNI, Robson Andrade, sobre o papel dos processos de inovação no crescimento econômico.

“Nestes tempos de pessimismo, em que o panorama político é desanimador e a conjuntura econômica não dá sinais de recuperação a curto prazo, é necessário, mais do que nunca, inovar”, afirma o empresário, citando a atuação da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), “que conta, hoje, com a atuação assídua de 140 presidentes das maiores empresas do país, defende a adoção de uma agenda ambiciosa”, com medidas que preveem o aperfeiçoamento do marco regulatório da inovação, dos instrumentos de financiamento e formação de talentos.

O dirigente reforça que entre as conquistas da MEI estão o Inova Empresa, a Embrapii e a criação da Rede de Institutos Senai de Inovação e Tecnologia, e conclui que a “indústria brasileira só voltará a crescer de forma plena e sustentada se a inovação ocupar uma posição destacada na estratégia das empresas e do setor público”.

Entre os jornais nacionais, PAINEL, na FOLHA DE S. PAULO, reproduz declaração atribuída a Carlos Abijaodi, diretor da CNI, sobre a dificuldade do bloco em negociar acordos comerciais ambiciosos, como a área de livre comércio com os europeus. “Mais um ano sem avanços. O Mercosul precisa ter uma agenda clara e de longo prazo. O crescimento do Brasil depende disso”, afirma.

Já Ancelmo Gois, em O GLOBO, anota que o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, “diz que, ao contrário do que saiu aqui, não foi ele o autor da natimorta proposta de retenção de 30% das contribuições ao Sistema S.

Gois publica declaração do ministro: “O que fiz foi, depois, negociar com as lideranças do Sistema S a substituição da proposta por um 'acordo que terminou sendo fechado”.

Novamente no noticiário regional, JORNAL DO COMMERCIO (RJ) destaca que o saldo da balança de 2016 pode ser de US$ 35 bilhões e traz projeções feitas pelo ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro.

Reportagem relata que Monteiro admitiu que o “reconhecimento da China como economia de mercado é questão extremamente delicada que o país precisará enfrentar em 2016) e que o governo analisa a preocupação do setor privado, “sobretudo da CNI”.

Com foco na geração de empregos, DCI - COMÉRCIO, INDÚSTRIA E SERVIÇOS (SP) adverte que a crise econômica deve tirar milhares de brasileiros do mercado de trabalho em 2016 e aponta que, neste ano, mais de dois milhões de pessoas passaram a fazer parte do grupo de desempregados no país.

Veículo paulista publica que, até novembro, foram fechados 945.363 postos com carteira assinada, e mostra os efeitos desse panorama no setor fabril, que registrou queda de 5,9% entre janeiro e outubro de 2015, na comparação com igual período de 2014.

“O recuo do emprego no setor é reflexo do impacto da crise na indústria brasileira. De acordo com a CNI, o Produto Interno Bruto (PIB) industrial deve recuar 6,4% em 2015. Para 2016, é esperada nova queda, de 4,5%”, acrescenta DCI.


FOLHA DE S. PAULO : Receita apura doações de empresas ao Instituto Lula

O ESTADO DE S. PAULO : Relator sugere aprovar contas de Dilma e contraria TCU

O GLOBO : Relator contraria TCU e pede aprovação das contas de Dilma

VALOR ECONÔMICO : Onze Estados elevam taxa sobre heranças e doações



Cobertura macroeconômica é responsável por garantir a visibilidade de temas fundamentais para a pauta da indústria.

Mídia reserva espaço para tratar da previsão de que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) lance em 2016 uma nova política industrial.

O ESTADO DE S. PAULO noticia que a proposta não deve contemplar “grandes metas que dependam de mudanças legislativas”, frente à dificuldade de se votarem reformas macroeconômicas estruturais no Congresso Nacional.

Reportagem relata que, anunciada ontem pelo ministro Armando Monteiro, o novo programa será menos ambicioso e buscará incentivar a produtividade em três mil empresas, principalmente pequenas e médias.

“Seria um erro relançar política industrial considerando metas muito amplas. Vamos atuar nas empresas para melhorar a produtividade, com capacitação e melhoria de processos, independentemente de condições macroeconômicas”, disse Monteiro, conforme o ESTADÃO.

Jornal paulista complementa que, em coletiva para fazer um lanço das atividades do Ministério do Desenvolvimento em 2015, Monteiro confirmou que a pasta mantém a previsão de superávit comercial de US$ 35 bilhões em 2016.

O GLOBO publica a proposta seria uma tentativa de reativar o crescimento econômico, prioridade do Palácio do Planalto, mas afirma que, dessa vez, “o governo não seguirá a cartilha do passado, de concessão de benefício fiscal a alguns setores”.

Texto descarta a redução de impostos e adianta que a equipe econômica “pretende incentivar a produtividade e a eficiência de empresas médias e pequenas com processos mais ágeis, qualificação de mão de obra e renovação do parque fabril”.

Veículo carioca também destaca declaração do ministro, indicando que a princípio, 3 mil empresas receberão consultorias para ganhos de eficiência. Adianta que “os primeiros setores contemplados serão os afetados pela crise, como vestuário, metal-mecânico, moveleiro, alimentos e bebidas”.

Sobre o mesmo assunto, VALOR ECONÔMICO diz que, segundo o ministro Armando Monteiro, “o programa terá um contraste nítido com as políticas industriais anteriores”, que apostavam em desonerações tributárias ou financiamento subsidiado.

Segundo o jornal, o ministro citou a modernização do parque fabril, mas evitou, no entanto, entrar em detalhes. Texto lembra que o economista Mauro Borges, antecessor de Monteiro na pasta, chegou a elaborar um programa de renovação de equipamentos usados na indústria, com linha de financiamento pelo Programa de Sustentação do Investimento (PSI).

Em outra reportagem, VALOR ECONÔMICO informa que o Mdic prevê um superávit da balança comercial de aproximadamente US$ 35 bilhões em 2016 e indica que o ministro Armando Monteiro vê chances baixas de recuperação das commodities metálicas e aposta no aumento nas vendas de bens manufaturados.

Veículo especializado descreve um dos exemplos citados pelo ministro é o da indústria automotiva. Menciona que o setor pode experimentar uma expansão no próximo ano, com a assinatura de vários acordos bilaterais e o realinhamento da taxa de câmbio.

Em outra frente do noticiário, O ESTADO DE S. PAULO revela que a “Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) vai demitir 3 mil funcionários em sua usina em Volta Redonda (RJ) e reduzir em 35% o valor dos contratos com fornecedores, o que deve significar também o desligamento de terceirizados”.

A informação, indica a reportagem, é do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, que acrescenta que o “motivo alegado pela empresa para os cortes é o fato de estar atravessando uma crise econômica que exige a redução de custos”.

ESTADÃO cita que “um diagnóstico divulgado pelo Instituto Aço Brasil (IABr) há um mês previa que a crise no setor levaria à demissão de mais 7.407 pessoas nas siderúrgicas nos próximos seis meses” e situa que “as siderúrgicas vêm sendo atingidas pela crise da indústria e de setores consumidores de aço como o automotivo e de construção civil”.

Jornal paulista adverte que, “além disso, enfrentam um cenário marcado pelo excesso de aço no mundo e pesada concorrência da siderurgia chinesa”.

Complementando a exposição setorial, mídia registra o processo administrativo conduzida pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurado ontem para apurar de 21 empresas e, pelo menos, 59 pessoas teriam atuado para a prática de cartel em contratos da Petrobras que somam R$ 35 bilhões.

Informações são veiculadas amplamente pelas edições do dia. Segundo O GLOBO, "há indícios de que o chamado clube das empreiteiras desvendado pela Lava Jato, operou em licitações da estatal para contratação de serviços de engenharia, construção e montagem industrial".



FOLHA DE S. PAULO afirma, em editorial, que a presidente Dilma Rousseff e sua equipe econômica têm feito “grande esforço para passar a impressão de que nada mudou com a queda de Joaquim Levy”, mas assinala que a economia “precisa de reconstrução, e a sociedade precisa de um programa no qual possa, não se engajar, confiar, de modo a restabelecer alguma esperança”.

Já O ESTADO DE S. PAULO acentua que Nelson Barbosa assume o Ministério da Fazenda “sem carência para testar sua capacidade e seus propósitos”. Editorial recorda que a “folha corrida do ministro inclui a participação no desenho da Nova Matriz Econômica, roteiro da desastrosa experiência do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff”.

O GLOBO analisa os efeitos do novo governo argentino nos acordos firmados pelo Mercosul. Editorial descreve que, na reunião do Mercosul, o presidente Maurício Macri se impôs como líder e teve um discurso duro sobre o governo venezuelano. “Dilma, encolhida, limitou-se a parabenizar ‘o presidente Maduro e o povo venezuelano pelo espírito democrático’”.

Analisando as mudanças iniciadas na rota da diplomacia comercial nacional, VALOR ECONÔMICO posiciona que a crise financeira e o fim do ciclo das commodities “desfizeram fluxos comerciais consolidados em uma década e exigem agora revisão de estratégias”.



PAINEL, na FOLHA DE S. PAULO, anota que “embora seja visto como ‘um dos nossos’ pelo PT, Nelson Barbosa terá pouco tempo de lua de mel com o partido do governo. Petistas afirmam que, em janeiro, cobrarão do novo ministro da Fazenda ‘alguma novidade’ para reanimar a economia”.

Coluna analisa que, “caso Barbosa não entregue a encomenda, a pressão será pública. Integrantes da legenda e do Instituto Lula se queixam de que o Palácio do Planalto ainda não deixou claro o que Dilma Rousseff pretende fazer em 2016 para ressuscitar o PIB”.

Ainda na FOLHA, Mônica Bergamo escreve que o “vice-presidente Michel Temer estuda dedicar mais tempo à pauta internacional. Ele tem sido aconselhado a se afastar por um período do varejo da política, viajando para fora do país e evitando bate-bocas como o que travou recentemente com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)”.

Bergamo complementa: “Além de viajar para os EUA para se encontrar com o vice-presidente americano Joe Biden, Temer tem convites para ir ao Canadá e à Argentina”.

PANORAMA POLÍTICO, em O GLOBO, aponta que “uma das razões da atual divisão do PMDB é a atitude dos políticos do partido com Eduardo Cunha. Uma ala da sigla, integrada pelo Rio, avalia que o presidente da Câmara jamais teria conseguido derrubar sozinho, mesmo que provisoriamente, o líder da legenda, deputado Leonardo Picciani”.

Conforme a coluna, “nem a aliança entre Cunha e os dissidentes teria criado a divisão na bancada. Por isso, consideram que o vice Michel Temer também deu sua contribuição para a crise. Essa versão dos fatos não é aceita por Temer nem compartilhada por seus aliados. Esses dizem que Temer trabalha pela unidade, mas que a tarefa é árdua num partido historicamente dividido”.

Em outro momento, PANORAMA POLÍTICO registra que, “enquanto o ministro Nelson Barbosa trabalha para acalmar empresários e investidores, a presidente Dilma o trata como uma esperança”.

“Foi essa a sua mensagem no jantar de final de ano, anteontem no Alvorada, para ministros e líderes no Congresso. Os relatos são de que, depois da fala da presidente, o ministro foi aplaudido com muito entusiasmo”, relata PANORAMA.

BRASÍLIA-DF, no CORREIO BRAZILIENSE (DF): “Com a chegada de Nelson Barbosa ao comando da economia nacional, os petistas fecharam uma proposta econômica a ser entregue à presidente Dilma Rousseff antes do ano novo. O pacote petista inclui a CPMF, mas dá compensações aos assalariados, como a criação de novas faixas de Imposto de Renda. O tema foi discutido ontem detalhadamente com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e, na semana que vem, será encaminhado à presidente Dilma Rousseff”.

Em outra nota, BRASÍLIA-DF afirma que “os ministros estão convencidos de que o vice-presidente, Michel Temer, não será mais o patrocinador do processo de impeachment que tramita na Câmara. ‘Não é do perfil dele travar enfrentamentos desnecessários’, dizem os aliados da presidente”.



Novas informações sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff avançam na cobertura. Jornais reservam principais espaços para desdobramentos do cenário político que enfraquecem as tentativas de impedimento.

Manchetes em O ESTADO DE S. PAULO e O GLOBO destacam parecer pela aprovação com ressalvas das contas da presidente Dilma Rousseff apresentado ontem pelo senador Acir Gurgacz (PDT-RO). Ambos publicam que o relator contraria o Tribunal de Contas da União.

“A recomendação do TCU em relação às ‘pedaladas’ foi o principal argumento da oposição desde o início do ano para pedir o impeachment da presidente”, lembra O GLOBO, acrescentando que Gurgacz também defendeu a legalidade dos decretos assinados ano passado por Dilma e o vice Michel Temer.

O ESTADO DE S. PAULO ressalta ainda a declaração do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, de que o processo de impeachment “está natimorto” após o rito definido pelo STF.

Para o ministro, “com voto aberto, não passa nem na Câmara”, conforme reproduz o veículo paulista. Outros jornais também registram declaração de Wagner durante entrevista sobre o balanço do governo em 2015.

Já a FOLHA DE S. PAULO destaca, em manchete, a investigação da Receita Federal sobre movimentação financeira do Instituto Lula.

De acordo com o jornal, o foco do órgão federal é o conjunto de doações recebidas pela entidade de empresas, especialmente empreiteiras investigadas na operação Lava Jato.

FOLHA afirma que “com a fiscalização, que é sigilosa, a Receita quer verificar a origem dos recursos, como foram distribuídos e se foram declarados, tanto pelos doadores quanto pelo próprio instituto”.

Ainda na FOLHA DE S. PAULO, reportagem detalha que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pode anular processo de cassação até fevereiro.

Conforme a reportagem, o deputado não conseguiu viabilizar quórum para análise de recurso que reinicia o processo de cassação de seu mandato, poderá ser revertida antes mesmo do fim do recesso parlamentar, em fevereiro.

Em reportagem diferenciada, VALOR ECONÔMICO detalha possível negociação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), com o PSB para concorrer à Presidência da República, em 2018.

De acordo com o veículo, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, ainda não confirma oficialmente a negociação e evita falar diretamente sobre as tratativas com Alckmim. No entanto, Siqueira reafirma, segundo o VALOR, que o partido está construindo uma candidatura para 2018.



A proposta de reformas da Previdência e das leis trabalhista, anunciada pelo novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, é um dos principais destaques da pauta econômica do dia.

O ESTADO DE S. PAULO relata que, ontem, em teleconferência com jornalistas estrangeiros, Barbosa “refutou a ideia de que o governo dará incentivos a setores específicos da economia e afirmou que pretende se esforçar com reformas mais amplas”.

Reportagem cita ainda que o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, antecipou que a presidente Dilma Rousseff deve anunciar um conjunto de medidas “em três ou quatro eixos”.

“Ele citou os acordos de leniência, a simplificação do sistema tributário, a desburocratização das relações de trabalho e os financiamentos de longo prazo. A reforma da Previdência foi defendida também pelo novo ministro do Planejamento, Valdir Simão, durante sua cerimônia de posse, realizada ontem”, descreve o ESTADÃO.

Sobre o assunto, O GLOBO publica que “entre os principais problemas que devem ser enfrentados para levar adiante a reforma da Previdência Social, o novo ministro do Planejamento, Valdir Simão, citou a idade média para aposentadoria”.

Na análise de Simão, a faixa estabelecida é baixa e é preciso ter um “modelo que garanta a postergação”, uma vez que ao se aposentar jovem, o trabalhador permanece no mercado.

Outros itens contribuem a diversificar a exposição nos cadernos econômicos.

Em tom de alerta, FOLHA DE S. PAULO expõe que “a recessão de 2015 vai custar ao país cerca de R$ 240 bilhões”, detalhando que “são bens agrícolas e industriais que deixaram de ser produzidos e serviços que não foram prestados”.

Segundo o jornal, “as consequências de uma queda da produção nessa magnitude são desemprego e menos investimentos. Até novembro, o desemprego já atingira 7,5%, comparado com 4,8% do mesmo período do ano passado”.

O cálculo, indica a FOLHA, foi feito a pedido do veículo pela economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, com base na média prevista hoje pelos analistas de mercado, de uma queda de 3,7% do PIB (Produto Interno Bruto).

No VALOR ECONÔMICO, reportagem reserva espaço para as previsões sobre o superávit da balança comercial brasileira para 2016. Com a opinião de especialista, texto aponta que as projeções oscilam de US$ 25 bilhões (as mais pessimistas) a US$ 50 bilhões (mais otimistas).

Segundo o veículo especializado, considerado um dos poucos fatores positivos no cenário econômico do próximo ano, o desempenho em grande parte ainda será influenciado pela redução das importações.

Mídia também destaca dados de um relatório do Banco Central (BC) sobre a taxa de juros do cartão de crédito, que bateu 415,3% ao ano no rotativo em novembro.

O GLOBO informa que o aumento de 10,1 pontos percentuais em relação a outubro e de 83,7 pontos percentuais no acumulado do ano, e adverte que 57 milhões de brasileiros não conseguem pagar contas.

Jornal carioca também menciona que o “o custo do cheque especial também subiu e atingiu 284,8% ao ano, o que representa alta de 6,7 pontos percentuais entre outubro e novembro e de 93 pontos percentuais em 12 meses”.

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