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domingo, 13 de dezembro de 2015

Análise de Mídia Revistas, sábado 12 de dezembro de 2015

A situação política e econômica do país é debatida pelas reportagens de capa das revistas que circulam neste fim de semana. Itens relacionados ao PMDB e ao vice-presidente Michel Temer estão em destaque.

ISTOÉ avalia a possibilidade do PMDB voltar o protagonismo político dos tempos de Ulysses Guimarães. “Com um programa de governo estruturado, sob o comando de Michel Temer, o partido tem a chance de voltar a liderar o País, deixando para trás a marca de coadjuvante político”.


ÉPOCA detalha o que chama de "o jogo de Temer". “O vice-presidente se mexeu, deslocando o eixo de poder do Planalto ao Jaburu - e piorando a situação da presidente Dilma Rousseff”.

Já a CARTA CAPITAL chama de “golpista” a movimentação do vice-presidente Michel Temer e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na questão do impeachment. “Eles se unem na tentativa golpista do impeachment, em proveito de um projeto pessoal de poder”.

Na pauta econômica, ISTOÉ DINHEIRO afirma que “o Brasil de Dilma voltou no tempo. A inflação retornou à perigosa casa dos dois dígitos anuais. O desemprego e a desindustrialização crescem em ritmo assustador. Diante da crise política e da recessão, empresas, investimentos e consumidores estão paralisados”.



Com o avança da pauta política, menções à Confederação Nacional da Indústria (CNI) aparecem de forma pontual nas revistas.

Como ponto de atenção, DEBATES E PROVOCAÇÕES, na ÉPOCA, questiona se os empresários têm culpa pela crise.

Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) evice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), participa do debate e avalia que "não".

“Não há dúvida de que é uma crise causada pelo governo. A falta de investimentos de grupos estrangeiros ou brasileiros se dá por falta de confiança no governo brasileira. Isso inibe o consumo, pois não temos a roda da economia girando. É uma crise econômica que tem tudo a ver com o governo, seja politicamente, seja em relação a suas contas desequilibradas”, afirma Paulo Skaf. (leia a íntegra)

Em outra frente, BRASIL CONFIDENCIAL, na ISTOÉ, registra que “a mudança na cobrança do ICMS é uma das 94 propostas da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para melhorar o ambiente de negócios no país, em uma eventual reforma tributária. O imposto lidera a lista de tributos que prejudicam a competitividade da indústria, segundo pesquisa feita pela entidade com 2,6 mil empresas”.

BRASIL CONFIDENCIAL assinala também que “sete de cada dez entrevistados pelaCNI defenderam mudanças nas regras do tributo. A unificação das alíquotas está em primeiro na sondagem, que está nas mãos dos ministros Nelson Barbosa e Armando Monteiro Neto”.



Mesmo com o avanço do noticiário político, abordagens com foco na indústria avançam nas revistas.

Reportagem de capa da VEJA aponta que “a política econômica da presidente Dilma Rousseff é uma eficiente máquina de retrocesso, que levou os brasileiros a reviver a inflação e a recessão, traumas que pareciam já ter sido superados de forma definitiva pelos governos anteriores”.

Reportagem alerta que a indústria “regride continuamente, e a sua participação na produção econômica do país (PIB) desabou para 10,9% em 2014, algo não visto há mais de seis décadas”. Sua importância para a economia não era tão baixa desde 1950”.

VEJA reforça que “a derrocada da indústria, nos anos Dilma, continua a se aprofundar. A projeção é que entre 2015 e 2016 a sua fatia no PIB ficará abaixo de 10%”. (leia íntegra)

ISTOÉ DINHEIRO aponta que os representantes do setor produtivo estão mergulhados em dúvidas e se veem diante do “mais duro desafio”, “imaginar quem comandará o País no próximo ano e traçar hipóteses sobre o que, no íntimo, eles consideram como a última esperança de um futuro melhor: um governo comandado pelo atual vice-presidente Michel Temer”.

DINHEIRO EM NÚMEROS, na ISTOÉ DINHEIRO, registra que “a produção industrial de São Paulo recuou 0,4% em outubro, informou o IBGE na terça-feira 8. Foi o quinto recuo consecutivo, marcando a maior sequência negativa desde o início da série, em 2002. A produção da indústria paulista atingiu o menor nível desde 2004. A queda em comparação com outubro de 2014 foi de 12,9%. A produção do setor de veículos caiu 33,2%”.

CARTA CAPITAL publica o suplemento ESPECIAL ESTADOS – MINAS GERAIS. Uma das reportagens mostra que o Estado aposta em um desenvolvimento multipolar.
“Um dos novos eixos do desenvolvimento é a indústria de alta tecnologia, na qual vicejam setores emergentes como os de biotecnologia, medicamentos, defesa e aeroespacial”, afirma a reportagem.

Suplemento relata ainda que “vários outros projetos seguem a trilha do fortalecimento de atividades industriais tradicionais, incluída a siderurgia, e também de indução do desenvolvimento regional”.

Outros temas da agenda econômica completam a pauta de interesse.

NOVE FRASES, na ÉPOCA, reproduz frase atribuída a Joaquim Levy, ministro da Fazenda: "Se zerar o superávit, estou fora". Coluna situa que “Levy ficou em 0,7% do PIB a meta de superávit primário de 2016. Líder do governo na Comissão Mista de Orçamento o deputado Paulo Pimenta (PT-R8) propõe superávit zero”.

RICARDO BOECHAT, na ISTOÉ, aponta que “para comemorar os 50 anos de criação do FGTS, o conselho curador do fundo aprovou na semana passada verba de R$ 30 milhões para uma campanha publicitária em 2016. Apesar da relevância do FGTS, a decisão no colegiado não foi unânime. Trabalhadores e parte dos empresários acharam que em momento de crise não cabe tal despesa. O rolo compressor do governo passou por cima pela vitória”.

Completando a cobertura, em artigo na VEJA, o economista CLAUDIO DE MOURA CASTRO aponta que educação técnica no Brasil permanece “atrofiada” e fora dos padrões internacionais. Segundo ele, neste momento em que se reformula o ensino médio, não se deve “perder a oportunidade de corrigir esse equívoco vergonhoso”.

“Esperamos que a nova lei estimule a adoção de currículos experimentais, considerando a rápida evolução e segmentação das ocupações técnicas”, opina.

CASTRO sugere que, na parte diversificada do currículo do ensino médio, deverá ser possível incluir programas mais curtos, sobre quaisquer assuntos que possam enriquecer o perfil profissional dos graduados. Como exemplo, menciona que “o Senai e o Senac oferecem centenas de cursos profissionalizantes, de duração variada. Entre muitas outras, são possibilidades interessantes para alunos do médio”.

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