A situação política e
econômica do país é debatida pelas reportagens de capa das revistas que
circulam neste fim de semana. Itens relacionados ao PMDB e ao vice-presidente
Michel Temer estão em destaque.
ISTOÉ avalia a possibilidade
do PMDB voltar o protagonismo político dos tempos de Ulysses Guimarães. “Com um
programa de governo estruturado, sob o comando de Michel Temer, o partido tem a
chance de voltar a liderar o País, deixando para trás a marca de coadjuvante
político”.
ÉPOCA detalha o que chama de
"o jogo de Temer". “O vice-presidente se mexeu, deslocando o eixo de
poder do Planalto ao Jaburu - e piorando a situação da presidente Dilma
Rousseff”.
Já a CARTA CAPITAL chama de
“golpista” a movimentação do vice-presidente Michel Temer e do presidente da
Câmara, Eduardo Cunha, na questão do impeachment. “Eles se unem na tentativa
golpista do impeachment, em proveito de um projeto pessoal de poder”.
Na pauta econômica, ISTOÉ
DINHEIRO afirma que “o Brasil de Dilma voltou no tempo. A inflação retornou à
perigosa casa dos dois dígitos anuais. O desemprego e a desindustrialização
crescem em ritmo assustador. Diante da crise política e da recessão, empresas,
investimentos e consumidores estão paralisados”.
Com o avança da pauta
política, menções à CNI aparecem de forma pontual nas revistas.
Como ponto de atenção, DEBATES
E PROVOCAÇÕES, na ÉPOCA, questiona se os empresários têm culpa pela crise.
Paulo Skaf, presidente da
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e vice-presidente da
CNI, participa do debate e avalia que "não".
“Não há dúvida de que é uma
crise causada pelo governo. A falta de investimentos de grupos estrangeiros ou
brasileiros se dá por falta de confiança no governo brasileira. Isso inibe o
consumo, pois não temos a roda da economia girando. É uma crise econômica que
tem tudo a ver com o governo, seja politicamente, seja em relação a suas contas
desequilibradas”, afirma Paulo Skaf.
Em outra frente, BRASIL
CONFIDENCIAL, na ISTOÉ, registra que “a mudança na cobrança do ICMS é uma das
94 propostas da CNI para melhorar o ambiente de negócios no país, em uma
eventual reforma tributária. O imposto lidera a lista de tributos que
prejudicam a competitividade da indústria, segundo pesquisa feita pela entidade
com 2,6 mil empresas”.
BRASIL CONFIDENCIAL assinala
também que “sete de cada dez entrevistados pela CNI defenderam mudanças nas
regras do tributo. A unificação das alíquotas está em primeiro na sondagem, que
está nas mãos dos ministros Nelson Barbosa e Armando Monteiro Neto”.
Mesmo com o avanço do
noticiário político, abordagens com foco na indústria avançam nas revistas.
Reportagem de capa da VEJA
aponta que “a política econômica da presidente Dilma Rousseff é uma eficiente
máquina de retrocesso, que levou os brasileiros a reviver a inflação e a
recessão, traumas que pareciam já ter sido superados de forma definitiva pelos
governos anteriores”.
Reportagem alerta que a
indústria “regride continuamente, e a sua participação na produção econômica do
país (PIB) desabou para 10,9% em 2014, algo não visto há mais de seis décadas”.
Sua importância para a economia não era tão baixa desde 1950”.
VEJA reforça que “a derrocada
da indústria, nos anos Dilma, continua a se aprofundar. A projeção é que entre
2015 e 2016 a sua fatia no PIB ficará abaixo de 10%”.
ISTOÉ DINHEIRO aponta que os
representantes do setor produtivo estão mergulhados em dúvidas e se veem diante
do “mais duro desafio”, “imaginar quem comandará o País no próximo ano e traçar
hipóteses sobre o que, no íntimo, eles consideram como a última esperança de um
futuro melhor: um governo comandado pelo atual vice-presidente Michel Temer”.
DINHEIRO EM NÚMEROS, na ISTOÉ
DINHEIRO, registra que “a produção industrial de São Paulo recuou 0,4% em
outubro, informou o IBGE na terça-feira 8. Foi o quinto recuo consecutivo,
marcando a maior sequência negativa desde o início da série, em 2002. A
produção da indústria paulista atingiu o menor nível desde 2004. A queda em
comparação com outubro de 2014 foi de 12,9%. A produção do setor de veículos
caiu 33,2%”.
CARTA CAPITAL publica o
suplemento ESPECIAL ESTADOS – MINAS GERAIS. Uma das reportagens mostra que o
Estado aposta em um desenvolvimento multipolar.
“Um dos novos eixos do
desenvolvimento é a indústria de alta tecnologia, na qual vicejam setores
emergentes como os de biotecnologia, medicamentos, defesa e aeroespacial”,
afirma a reportagem.
Suplemento relata ainda que
“vários outros projetos seguem a trilha do fortalecimento de atividades
industriais tradicionais, incluída a siderurgia, e também de indução do
desenvolvimento regional”.
Outros temas da agenda
econômica completam a pauta de interesse.
NOVE FRASES, na ÉPOCA,
reproduz frase atribuída a Joaquim Levy, ministro da Fazenda: "Se zerar o
superávit, estou fora". Coluna situa que “Levy ficou em 0,7% do PIB a meta
de superávit primário de 2016. Líder do governo na Comissão Mista de Orçamento
o deputado Paulo Pimenta (PT-R8) propõe superávit zero”.
Ricardo Boechat, na ISTOÉ,
aponta que “para comemorar os 50 anos de criação do FGTS, o conselho curador do
fundo aprovou na semana passada verba de R$ 30 milhões para uma campanha
publicitária em 2016. Apesar da relevância do FGTS, a decisão no colegiado não
foi unânime. Trabalhadores e parte dos empresários acharam que em momento de
crise não cabe tal despesa. O rolo compressor do governo passou por cima pela
vitória”.
Completando a cobertura, em
artigo na VEJA, o economista Claudio de Moura Castro aponta que educação
técnica no Brasil permanece “atrofiada” e fora dos padrões internacionais.
Segundo ele, neste momento em que se reformula o ensino médio, não se deve
“perder a oportunidade de corrigir esse equívoco vergonhoso”.
“Esperamos que a nova lei
estimule a adoção de currículos experimentais, considerando a rápida evolução e
segmentação das ocupações técnicas”, opina.
Castro sugere que, na parte
diversificada do currículo do ensino médio, deverá ser possível incluir
programas mais curtos, sobre quaisquer assuntos que possam enriquecer o perfil
profissional dos graduados. Como exemplo, menciona que “o Senai e o Senac
oferecem centenas de cursos profissionalizantes, de duração variada. Entre
muitas outras, são possibilidades interessantes para alunos do médio”.
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