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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Ministério da Saúde desmente boatos que relacionam casos de microcefalia com vacinas vencidas

A Pasta desmentiu que os casos estejam relacionados ao uso de vacinas vencidas, já que não existe registros na literatura médica nacional e internacional sobre a associação do uso de vacinas com a microcefalia.   
Até então, no Ceará, foi confirmado apenas um caso de microcefalia, que resultou na morte de uma criança, em Tejuçuoca.
Presentes em 37 municípios do Ceará, os registros de casos de microcefalia ainda sob investigação preocupam. Com um salto de 80 para 128 casos da doença em apenas uma semana, de acordo com as informações divulgadas pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), por meio do boletim epidemiológico, o Governo Estadual do Ceará lançou uma campanha para combater o Aedes aegypti, transmissor da doença, dentro das residências.   
Junto aos aumentos nos números, muitos boatos há cerca da enfermidade ganharam força nas redes sociais. A fim de esclarecer a real motivação para a infecção pelo vírus Zika, o Ministério da Saúde intensificou as divulgações para proporcionar conhecimento sobre as causas que resultam na enfermidade. 
Um dos boatos que têm circulado nas redes sociais e nos aplicativos de bate-papo é que a microcefalia está relacionada ao uso de vacinas vencidas. Esta, foi a primeira história a ser desmentida pelo ministério, que afirmou não existir registros na literatura médica nacional e internacional sobre  a associação do uso de  vacinas  com a microcefalia.
A Pasta ressalta que todas as vacinas ofertadas pelo Programa Nacional de Imuização (PNI) são seguras e que desde 1983, os lotes por amostragem de imunobiológicos adquiridos pelos programas oficiais de imunização vêm sendo analisados, garantindo sua segurança, potência e estabilidade, antes de serem utilizados na população.
Dentre os esclarecimentos divulgados, o Ministério da Saúde responde ser mito que aumento de casos de microcefalia está relacionado ao uso de mosquitos com bactéria e que o parâmetro para identificar a doença, com a finalidade de esconder o número de casos, tenha sido modificado. 
Em nota, a Pasta divulgou que "desde 2014, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Ministério da Saúde, desenvolve o projeto “Eliminar a Dengue: Desafio Brasil” que propõe o uso de uma bactéria naturalmente encontrada no meio ambiente, inclusive no pernilongo, chamada Wolbachia. Quando presente no Aedes Aegypti, a bactéria é capaz de impedir a transmissão da dengue pelo mosquito... A pesquisa é inédita no Brasil e na América Latina. O estudo já foi realizado, com sucesso, na Austrália, Vietnã e Indonésia – onde não existem relatos de aumento dos casos de microcefalia".
À nível nacional, a doença já foi notificada em 549 municípios, até o dia 12 de dezembro. Em todo o Brasil foram registrados 2.401 casos, e 134 confirmados. No Ceará, a única morte devido à doença ocasionada pelo vírus Zika já confirmada aconteceu em Tejuçuoca, na Região Norte. 
O ministério adianta ainda que todos os casos de crianças com microcefalia relacionada ao vírus Zika serão investigados. A mudança para o parâmetro do perímetro cefálico igual ou menor de 32 centímetros segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e é apoiada pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e tem suporte da equipe do SIAT (Sistema Nacional de Informação sobre Agentes Teratogênicos). 
     > Só o Ceará investiga 127 casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus zika

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