As referências de interesse do
segmento industrial estão distribuídas nesta segunda-feira (28) por abordagens
que avançam sobre a conjuntura política.
Destaque do dia está na
manchete de O ESTADO DE S. PAULO, que informa que, em 2016, o Minha Casa Minha
Vida e o Pronatec deixarão de ser custeados com recursos do Tesouro Nacional.
Texto ressalta que, “de todas as receitas previstas para esses programas no
próximo ano, 90% deverão vir do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)”.
No caso do Pronatec, EstadãO
adverte que, “não fossem recursos privados”, o programa estaria ainda mais na
“corda-bamba” em 2016. “Está praticamente certo que boa parte do programa será
bancada pelo SISTEMA S, mas o valor ainda não foi definido.
Para isso, o governo vai
reduzir a parcela da contribuição que as empresas são obrigadas a fazer para
essas entidades, que incluem SESI, SENAI, Senac e Sebrae, para destinar a
diferença ao Pronatec”, “atualmente, as alíquotas variam de 0,2% a 2,5% do
faturamento. Se a redução for de 20% a 30%, a perda para as entidades ficará
entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões”, registra o jornal.
No VALOR ECONÔMICO, chama a
atenção coluna assinada por Robinson Borges, editor de Cultura, que faz uma
retrospectiva de 2015 a partir do que aconteceu na política e contextualiza com
a percepção do cidadão – sobretudo na área de segurança pública.
Texto afirma que “as más
notícias viraram commodity” e registra que "a maneira de governar" da
presidente Dilma Rousseff foi reprovada por 82% dos entrevistados da última
pesquisa CNI/Ibope.
FOLHA DE S. PAULO : Um quarto
dos médicos não atende conveniado
O ESTADO DE S. PAULO : Governo
‘terceiriza’ gastos do Minha Casa e do Pronatec
O GLOBO : Corte de cargos só
chegou a 11% do anunciado por Dilma
VALOR ECONÔMICO : Analistas
mantêm projeções depois da troca de ministros
Cobertura relacionada ao setor
produtivo privilegia segmentos específicos e volta a ressaltar cenários e
previsões para 2016.
PAINEL, na FOLHA DE S. PAULO,
antecipa que, "em reunião nesta segunda com o ministro Miguel Rossetto
(Trabalho), o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, pedirá medidas de
proteção às siderúrgicas, como imposto mais alto para o aço chinês. Ele diz que
12 mil metalúrgicos já foram demitidos".
Já o VALOR ECONÔMICO publica
detalhes de um estudo da Fiesp que afirma que entre 1980 e 2014 a carga
tributária brasileira aumentou 9,1 pontos percentuais do PIB, chegando a 33,5%.
O trabalho da Fiesp mostra
que, além da elevação de carga, houve ainda o aumento da regressividade,
considerada uma das principais distorções do sistema, de acordo com o jornal
especializado.
Também no VALOR ECONÔMICO,
outra reportagem relata que o governo federal tem planos de iniciar um
movimento de abertura gradual das licitações públicas para fornecedores
estrangeiros.
Texto classifica o gesto como
uma “guinada na política comercial” e afirma que o Brasil prepara a entrega de
propostas de acordos sobre compras governamentais com cinco parceiros do
exterior – VALOR ECONÔMICO cita União Europeia, México, Colômbia, Chile e Peru.
Áreas como energia nuclear,
aeroespacial, segurança e defesa estão fora da proposta, de acordo com o VALOR.
O ESTADO DE S. PAULO avalia
que as manobras regimentas patrocinadas pelo presidente da Câmara, Eduardo
Cunha, “são o melhor exemplo do despudor que impera hoje na Casa de
representação popular, colocada a serviço de inescrupulosos interesses pessoais
e partidários”.
VALOR ECONÔMICO analisa os
efeitos das crises política e econômica no avanço das concessões de
infraestrutura. Para o jornal, apesar das dificuldades, o governo deve acelerar
o processo, que pode contribuir para o país sair da crise.
Aécio Neves (PSDB-MG) escreve
na FOLHA DE S.PAULO que a União “violou de forma deliberada e intencional os
princípios da Lei de Responsabilidade Fiscal, fraudando ostensivamente o
Orçamento da União, o que levou ao descalabro das contas públicas em 2015”.
Conforme o parlamentar, “esse
foi um ano especialmente difícil. Para merecermos um ano melhor, é
imprescindível que sejamos capazes de preservar e aperfeiçoar tudo o que
assegura a qualidade da nossa democracia. Isso significa defender o cumprimento
das leis”.
PAINEL, na FOLHA DE S. PAULO:
"Mesmo quando arrecadou mais do que gastou, o governo federal preferiu não
pagar o que devia. É o que diz auditoria da CGU feita na Secretaria do Tesouro
Nacional e finalizada em julho deste ano".
Sobre o assunto, PAINEL segue
e relata que "o órgão concluiu que 60,89% do superavit primário de 2009 a
2013 (governos Lula e Dilma) foi usado para pagar despesas do governo e não
para quitar a dívida pública federal. Com isso, a União ficou mais endividada.
A CGU diz que o expediente custou pelo menos R$ 30,18 bilhões ao país".
"A CGU afirma que, ao não
pagar a dívida e manter parte dos recursos em caixa, o governo pôde aumentar os
restos a pagar (despesas para quitar no ano seguinte), driblando a Lei de
Responsabilidade Fiscal", indica PAINEL.
"Para a CGU, ainda mais
grave é o governo não ter descontado os restos a pagar, que são gastos de curto
prazo, do total em caixa ao calcular sua dívida líquida. Com isso, conclui o
órgão: a Conta Única (caixa) “encontra-se inflada” e a relação dívida
líquida/PIB, 'subestimada'”, reforça PAINEL.
PAINEL completa que "o
Tesouro afirmou à CGU que o superávit primário tem como objetivo a redução da
dívida e 'não necessariamente' seu pagamento. E que parte das receitas
primárias está vinculada por lei a determinadas despesas".
Ricardo Noblat, em O GLOBO,
afirma que "Dilma é uma economista medíocre. Mas até uma economista assim
era capaz de perceber que as medidas adotadas no seu primeiro governo estavam
dando errado. E que perseverar com elas provocaria o desastre que se desenhava.
Pois perseverou. Para reeleger-se".
De acordo com Noblat, "é
por isso que não deve ser perdoada. Não faltaram alertas para o desastre iminente
e quase inevitável. Ela desdenhou deles, por ignorância ou cálculo político. Ou
uma mistura das duas coisas. Se tentasse corrigir a rota da economia, o mais
certo seria a derrota eleitoral. Foram meses de mentiras destiladas no rádio e
na televisão. Para ao fim e ao cabo reeleger-se por pouco".
FOLHA DE S. PAULO revela que
estão “empacados” no Congresso Nacional dois projetos de lei que, segundo o
texto, “poderiam impulsionar as doações para universidades privadas e
especialmente as públicas no Brasil, hoje em situação financeira frágil”.
Texto menciona o projeto de
lei 643/2012 da Câmara e o 16/2015 do Senado – ambos criam os fundos
patrimoniais vinculados nos moldes dos "endowment funds" das
universidades nos EUA, para receber e gerir recursos de doações de pessoas
físicas e jurídicas.
Além disso, explica a FOLHA,
“estabelecem um incentivo fiscal para essas doações —preveem uma ‘lei Rouanet’
para instituições de ensino e outras entidades sem fins lucrativos”.
José Carlos Pinto, diretor do
Parque Tecnológico da UFRJ, escreve artigo em O GLOBO no qual afirma que o
Brasil enfrenta um período “particularmente cruel” no que se refere a
iniciativas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D&I).
Segundo o autor, essa área é,
“usualmente”, mais afetada por crises conjunturais. José Carlos Pinto refere-se
especificamente à Petrobras, que “está no epicentro da crise”.
O especialista afirma que como
o setor de óleo, gás e energia (O&G) é demandante intensivo de tecnologia,
a redução dos investimentos da Petrobras atinge “em cheio” as atividades de
P&D&I.
Poucos itens se sobressaem na
pauta geral. Em primeiro plano, está a movimentação política em Brasília
liderada especialmente pelo Palácio do Planalto.
Conforme os jornais, o governo
busca soluções para amenizar a situação econômica e preparar o país para 2016.
Parte dos veículos registra
que a presidente Dilma Rousseff se reúne hoje com ministros que formam a Junta
Orçamentária para discutir assuntos de ordem fiscal e tributária.
Governadores também estarão em
Brasília para debater propostas visando a melhora do ambiente econômico – de
acordo com a mídia nacional, as medidas serão apresentadas ao novo ministro da
Fazenda, Nelson Barbosa.
Como ponto de atenção, O
ESTADO DE S. PAULO publica entrevista exclusiva com o ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo.
Apontado como “um dos
principais conselheiros políticos da presidente Dilma Rousseff”, Cardozo
acredita que o governo terá condições para deixar para trás a crise que
enfrenta no ano passado.
Cardozo reconhece ainda que a
votação do STF, estabelecendo ritos para o processo do impeachment, abriu
espaço para a recuperação política do governo.
Manchete de O GLOBO destaca
que, três meses após a reforma administrativa anunciada pela presidente Dilma
Rousseff, “quase nada saiu do papel”.
“Dos 3 mil cargos, só 346
foram cortados. Das 30 secretarias, só sete deixaram de existir. Após o anúncio
do enxugamento, Dilma teve de dar mais cargos a aliados em troca de apoio
contra o impeachment”, relata o jornal.
Itens ligados ao presidente da
Câmara, Eduardo Cunha, aparecem na agenda dos jornais, mas de maneira
secundária.
FOLHA DE S. PAULO afirma que um
aliado de Cunha admitiu “ter procurado integrantes do Conselho de Ética para
convencê-los de que o relatório a favor do processo de cassação do peemedebista
estava ‘equivocado’”.
“Evangélico da Assembleia de
Deus, Ronaldo Fonseca (Pros-DF) nem sequer faz parte do conselho, mas confirmou
ter procurado deputados para falar sobre o parecer do ex-relator Fausto Pinato
(PRB-SP)”, relata o jornal.
O ESTADO DE S. PAULO expõe que
Eduardo Cunha voltou a usar o TWITTER para negar viagem com a família para Cuba.
Abordagens com foco em
investimentos e finanças pessoais estão no centro do noticiário econômico.
No entanto, assuntos
relacionados a contas públicas se destacam.
O GLOBO relata que “o governo
enfrentará um rombo nas receitas do próximo ano, porque não conseguiu aprovar a
principal medida para gerar arrecadação: a recriação da CPMF”.
Jornal acrescenta que o
Orçamento de 2016, já aprovado pelo Congresso, “prevê uma receita de R$ 10,15
bilhões com uma contribuição que ainda nem existe”.
Parte da mídia ainda repercute
reações à nomeação de Nelson Barbosa para o lugar de Joaquim Levy no Ministério
da Fazenda.
FOLHA DE S. PAULO publica
entrevista exclusiva com Otaviano Canuto, representante do Brasil e de outros
dez países no FMI, que avalia como “infundado” o temor do mercado de que a
troca geraria o retorno do Brasil a chamada “nova matriz econômica”, de
expansão fiscal e crédito barato.
Canuto acredita que a
recuperação econômica brasileira pode ter início no segundo semestre de 2016,
caso o “fla-flu político” não impeça a aprovação no Congresso de medidas como a
CPMF.
Já manchete do VALOR ECONÔMICO
expõe que a mudança no Ministério da Fazenda não alterou as previsões negativas
de economistas para o ano que vem.
Na FOLHA DE S. PAULO,
informação é que a “maior parte dos títulos públicos negociados no Tesouro
Direto deve fechar 2015 com valorização, apesar do sobe e desce dos juros por
causa das incertezas nas áreas econômica e política”.
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