Paciente recebe medicamentos no Sudão do Sul. Foto: PNUD / Brian Sokol
Em novo relatório publicado nesta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT) ressaltaram que, nos centros urbanos, ao menos 400 milhões de homens, mulheres e crianças estão excluídos de redes de assistência médica acessíveis. Condições de vida em cidades do Brasil foram mencionadas em documento.
A pesquisa das agências da ONU investigou as relações entre o planejamento urbano e a saúde dos moradores de centros urbanos, que já abrigam 3,7 bilhões de pessoas em todo o mundo. Até 2030, mais 1 bilhão de indivíduos estarão vivendo nas cidades. Desse acréscimo à população urbana mundial, 90% será de cidadãos de países de baixa e média renda.
Estudos revelaram que, nas cidades de 79 dessas nações, crianças entre os 20% mais pobres têm chances duas vezes maiores do que a média de morrer antes dos cinco anos de idade, em comparação com os filhos dos 20% mais ricos.
As agências da ONU enfatizaram que a garantia da cobertura universal de saúde é uma das metas do 3º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Até 2030, este e outros 16 ODS deverão ser cumpridos pelos Estados-membros.
O relatório avalia ainda como diferentes variáveis de saúde apresentam incidências peculiares nos ambientes urbanos. No Brasil, por exemplo, mais da metade das pessoas vivendo com HIV moram em ambientes urbanos.
Em uma pesquisa da Organização Mundial de Saúde Mental, realizada na região metropolitana de São Paulo, um terço dos entrevistados relatou ter apresentado algum tipo de transtorno mental nos 12 meses anteriores.
No documento produzido pela OMS e o ONU-HABITAT, o Brasil foi elogiado por sua Política Nacional sobre Mobilidade Urbana. Instituída em 2012, a iniciativa exigiu que cidades com mais de 20 mil habitantes apresentassem planos municipais de mobilidade até o final de 2015.
Segundo o relatório, o programa abriu uma oportunidade para o desenvolvimento de políticas de transporte urbano que fossem orientadas pelos princípios de universalidade, facilitando sua utilização por públicos jovens e idosos.
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