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quarta-feira, 7 de abril de 2021

Conexão Brasília com o jornalista Olho Vivo Edmar Soares

-- Brasília, 7 de abril  

-- Relator: O relator do Orçamento de 2021, senador Márcio Bittar, negou ao Congresso em Foco ter feito qualquer movimento sem o aval da equipe econômica e chamou de "deslealdade" sua responsabilização pelos impasses na proposta.

-- Teto: Bittar ​ressaltou que, como relator da Proposta de Emenda à Constituição Emergencial, propôs ao ministro da Economia, Paulo Guedes, a retirada de R$35 bilhões do Bolsa Família das despesas obrigatórias e do Teto de Gastos - o que, segundo ele, resolveria o problema, mas que Guedes não aceitou por temer que fosse visto por investidores como drible ao Teto.

-- Corte: Bittar diz que o corte de R$16,5 bilhões da Previdência foi autorizado pela Economia em reunião com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, e representantes de Guedes, da Casa Civil e da Secretaria de Governo. Bittar afirma ter áudios e documento manuscrito da equipe econômica, mas considera "ridículo" usar "esse tipo de expediente".

-- Crime fiscal: Na batalha pela correção do Orçamento, O Globo informa que o Ministério Público pediu ao Tribunal de Contas da União que alerte o presidente Jair Bolsonaro, como forma de pressão, sobre risco de cometer crime de responsabilidade ou até crime comum caso sancione sem vetos o texto.

-- Arranjos: Segundo apuração da TC Mover, Guedes ofereceu uma solução para a crise do Orçamento, que envolveria veto parcial a trechos que subestimam despesas obrigatórias e envio de um novo projeto de lei restabelecendo os gastos e alterando parte da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Assim, alguns temas relacionados à pandemia ficariam fora do Teto, e não seria compensado o uso de créditos extraordinários.

-- Gesto: O Valor Econômico destaca que o Congresso acena com corte de R$13,5 bilhões em emendas, mas espera "gesto concreto" de Guedes para superar o impasse.

-- Empresários: O presidente Jair Bolsonaro se reúne hoje com pesos pesados da economia brasileira. Além de tratar de vacinas, os empresários vão pedir do governo sinalização de compromisso com o Teto e aceleração das reformas.

-- Pautas: A Câmara aprovou ontem, por 317 votos a 120, o texto-base do projeto que permite à iniciativa privada comprar vacinas contra a Covid-19 para a imunização de seus empregados. A votação dos destaques vai prosseguir hoje, em sessão às 13h55. O Senado, por sua vez, deve aprovar nesta quarta-feira a quebra de patentes de imunizantes. O Senado pode votar hoje outro pleito insistente dos empresários, a recriação do programa de cortes de salário e jornada. ​

Edmar Soares

DRT 2321

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