Destaques

quarta-feira, 25 de maio de 2022

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Edmar Soares

25.05.2022

-Câmara conclui votação de MP que reformula regras do setor aéreo

Entre outros pontos, o texto que seguirá para sanção proíbe a cobrança por bagagem despachada em voo

*A Câmara dos Deputados concluiu nesta terça-feira (24) a votação da Medida Provisória 1089/21, que reformula a legislação sobre aviação civil. Foram aprovadas duas emendas do Senado para a MP, que será enviada à sanção presidencial.

Entre outros pontos, a medida provisória acaba com a diferença entre serviços aéreos públicos (transporte comercial regular) e serviços privados (sem remuneração e em benefício do operador), além de mudar valores e tipos de ações sujeitas a taxas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O texto que irá à sanção é um substitutivo do relator da MP, deputado General Peternelli (União-SP).

*Deputados oficializam candidaturas aos três cargos vagos na Mesa Diretora da Câmara

Eleição será realizada na sessão desta quarta-feira

*Os deputados que vão concorrer aos cargos vagos da Mesa Diretora da Câmara oficializaram suas candidaturas. A eleição ocorre após a decisão do presidente Arthur Lira (PP-AL) de tornar vagos os cargos de 1º vice-presidente, 2º secretário e 3º secretário, devido às mudanças de partido dos então titulares: Marcelo Ramos (PSD-AM), Marília Arraes (Solidariedade-PE) e Rose Modesto (União-MS), respectivamente. O prazo para registro de candidaturas terminou às 19h desta terça-feira (24).

A eleição será realizada no decorrer da sessão desta quarta-feira (25), de maneira presencial. Os candidatos devem pertencer aos partidos nos termos do acordo feito para a eleição da Mesa no biênio de fevereiro de 2021 a fevereiro de 2023.

A vaga para a 1ª vice-presidência cabe ao PL, e o candidato oficial do partido ao cargo é o deputado Lincoln Portela (PL-MG). Outros deputados do PL vão concorrer de forma avulsa. São eles: Capitão Augusto (PL-SP), Fernando Rodolfo (PL-PE), Bosco Costa (PL-SE) e Flávia Arruda (PL-DF).

Já o 2ºsecretário será escolhido entre integrantes do PT. O partido indicou o deputado Odair Cunha (PT-MG) para o cargo. Não houve candidaturas avulsas para esse lugar na Mesa.

Por fim, a vaga de 3º secretário cabe ao PSDB, que indicou oficialmente a deputada Geovania de Sá (PSDB-SC). Também será a candidata única do partido ao cargo.

- Traições no MDB, divergências com PSDB e pesquisas: os desafios de Simone Tebet para emplacar candidatura

Apesar de ter ampliado arco interno de apoios, senadora lida com dissidências e baixa pontuação nos levantamentos de intenção de voto

*Embora ainda precise confirmar a consolidação da terceira via, crescer nas pesquisas e driblar eventuais traições dentro do próprio partido, a senadora Simone Tebet (MS) teve sua pré-candidatura à Presidência referendada na terça-feira por emedebistas dos principais estados do país.

*Presidentes de pelo menos 22 dos 27 diretórios do partido manifestaram apoio à senadora, confirmando cenário favorável para homologação da pré-candidatura nas convenções do meio do ano. Além disso, Tebet teve seu nome aprovado ontem, por unanimidade, pelo Cidadania.

Com 1% das intenções de voto e sem nunca ter disputado uma eleição presidencial, Tebet aposta em uma coligação com o PSDB para ampliar o tempo de televisão e tentar ser mais conhecida nacionalmente nos próximos meses.

Apesar de ser a representante virtual da terceira via, há obstáculos para garantir o apoio dos tucanos, uma vez que uma ala do partido faz pressão interna por uma candidatura própria. Soma-se a isso o fato de que PSDB e MDB se enfrentam nas eleições aos governos em pelo menos dois estados: Paraíba e Distrito Federal.

- Sobra de Doria no fundo eleitoral deve turbinar candidatos do PSDB nos estados

Disputa por verba é apontada como pano de fundo no racha interno que levou ex-governador a desistir de concorrer

*A distribuição do fundo eleitoral do PSDB, apontada como uma das motivações para os rachas no partido que culminaram com a desistência de João Doria (PSDB), deve agora privilegiar candidatos tucanos a governador e a deputado federal a partir da fatia antes destinada ao presidenciável.

Nos bastidores, dirigentes do PSDB afirmam que Doria teria cerca de R$ 65 milhões no primeiro turno da campanha —valor não divulgado oficialmente. A sigla deve contar com cerca de R$ 318 milhões do fundo eleitoral —a sexta maior fatia entre os partidos.

- "Aras não demonstra coragem onde deveria", diz procurador

"Não há precedente de punição funcional a PGR", diz Airton Florentino de Barros

*A cena de Augusto Aras batendo boca e partindo para cima do subprocurador-geral Nivio de Freitas remete a outra exibição do procurador-geral da República, episódio ocorrido na posse do presidente do STF, Luiz Fux. Durante a cerimônia, Aras disse ao ministro, lutador de jiu-jitsu, que também pratica artes marciais.

O constrangimento poderia ter sido maior.

"O PGR dá uma de corajoso onde não deve. Onde deveria demonstrar coragem, não demonstra", diz Airton Florentino de Barros, procurador de Justiça aposentado, fundador e ex-presidente do Movimento do Ministério Público Democrático (MPD).

Câmara deve votar nesta quarta projeto que limita ICMS sobre energia e combustíveis

Com a mudança, expectativa é que o preço da gasolina caia até 12% e a energia elétrica pelo menos 11%

*A Câmara dos Deputados deve votar nesta quarta-feira, 25, o projeto que limita o ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) sobre os combustíveis e a energia elétrica. Sem acordo, a votação foi adiada anteriormente na Casa. O texto em discussão estabelece uma alíquota máxima de 17% do imposto sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte. Os quatros itens responderam por cerca de um terço do total arrecadado nos três primeiros meses deste ano. No entanto, a matéria é polêmica e coloca em lados opostos a União, que considera o ICMS um empecilho para a redução da gasolina, por exemplo, e os governadores, que não querem perder arrecadação. Em alguns locais, o imposto sobre combustíveis ultrapassa 30% e fica em 21% em média na conta de luz.

Segundo o autor do projeto, deputado Danilo Forte, a estimativa é que, com a redução, o preço da gasolina caia até 12% e a energia elétrica pelo menos 11%. “No caso da gasolina, a variável é de 9 a 12% de redução. No caso do etanol é algo em torno de 10% e no diesel vai depender muito do comportamento de cada Estado. Aprovado esse texto e com as medidas que o Ministério está tomando, e foi fruto da reunião da semana passada, a gente pode chegar a redução de 14,1% no custo da energia, mencionou. Por pressão dos Estados, ficou acordada a inclusão de um gatilho com prazo de validade de seis meses para que o governo possa compensar os Estados caso a perda na arrecadação mensal seja superior a 5%.

- Arthur Lira e Renan Calheiros discutem pelo Twitter em novo capítulo de rivalidade em Alagoas

Presidente da Câmara e ex-presidente do Senado são figuras influentes na política alagoana

*O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (MDB) — ambos representantes do estado de Alagoas — voltaram a trocar acusações públicas.

No Twitter, nesta segunda-feira (23), Calheiros relacionou Lira ao “orçamento secreto” e acusou o presidente da Câmara de querer “bater a carteira de governadores e prefeitos”.

O deputado respondeu horas depois, ironizando a acusação do senador e citando seu filho, Renan Filho (MDB), que renunciou ao governo de Alagoas em abril para disputar uma vaga no Senado nas eleições deste ano.

“Renan Calheiros falando em honestidade é a maior piada que existe. Isso é pra desviar (algo que RC sabe fazer) a atenção da enxurrada de denúncias que vão aparecer do governo do filho. Aguardem!”, escreveu Lira.

- Ex-vice da Câmara cita ‘decisão política’ para saída; Lira critica ‘lacrações’

Marcelo Ramos fez as declarações na tribuna do plenário da Câmara *Após ser retirado da 1º vice-presidência da Câmara dos Deputados, o deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM) afirmou nesta terça-feira (24) que sua saída do cargo foi motivada por uma “decisão política”.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por sua vez, afirmou que não vai reagir a “nenhum tipo de qualquer deputado dessa Casa de lacrações palanqueiras e de celeumas de redes sociais”.

Embora tenha afirmado que respeitará a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral – ontem ele revogou decisão anterior que impedia o PL de retirar o então vice-presidente do cargo –, Ramos lançou suspeitas em relação à maneira como o assunto foi tratado por Arthur Lira e pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Na sua avaliação, houve interferência do Executivo em questões internas do Legislativo.

“Essa não é uma decisão regimental ou jurídica. É uma decisão política. E uma decisão política perigosa porque atenta contra a liberdade e a autonomia deste Poder. Quando o Executivo ataca a democracia é perigoso. Quando o Legislativo se associa com o Executivo para atacá-la é mortal”, declarou Ramos na tribuna do plenário da Câmara.

*“Vou repetir o que eu disse. Quando o Poder Executivo atenta contra a democracia é absolutamente perigoso. Quando o Poder Executivo se consorcia com o Legislativo para atentar a democracia, como nesse caso, é mortal. Eu estou em outro partido, eu troquei de partido faz cinco meses, mas foi após uma live do presidente Bolsonaro pedindo a troca que o presidente Artur pediu pela troca”, afirmou, em coletiva após o discurso em plenário.

Com a decisão de Moraes, Arthur Lira declarou vago o cargo de vice-presidente da Câmara e mais outros dois cargos da Mesa – a 2ª Secretaria e a 3ª Secretaria. Isso porque as deputadas Marília Arraes (Solidariedade-PE) e Rose Modesto (União Brasil-MS), ocupantes dos dois postos, também trocaram de partido, assim como Marcelo Ramos – antes no PL, mas agora no PSD.

A eleição para os três novos membros da Mesa da Câmara está prevista para acontecer nesta quarta-feira (25).

Imediatamente após o discurso do Marcelo Ramos no plenário, Arthur Lira também se pronunciou. Ele disse que “em respeito a todos os senhores e senhoras, não reagirei a nenhum tipo de qualquer deputado dessa Casa de lacrações palanqueiras e de celeumas de redes sociais”.

Segundo Lira, “não há de se fazer refutações a ingerências de qualquer outro Poder nessa Casa” e defendeu que a única decisão monocrática ocorrida foi o pedido de interferência da Justiça Eleitoral na Mesa da Câmara.

Em seguida, leu trecho do regimento da Câmara que determina que, em caso de mudança de legenda partidária, o membro da Mesa perderá o cargo que ocupa.

“125 movimentações partidárias existiram na janela de março nesta Casa. 32 senhores e senhoras perderam cargos de presidências de comissões e vice-presidência de comissões de maneira silenciosa e respeitosa sem nenhum tipo de achincalhe nem desmerecimento deste Poder. De maneira objetiva e respeitosa, todos cumpriram o regimento”, falou.

Lira ainda disse que buscou tratar a questão internamente, sem dar declarações públicas “por consideração” a Ramos nos últimos meses.

“Veio a janela partidária e mudaram a deputada Rose Modesto e deputada Marília Arraes, que pacientemente e educadamente também cumpriram o regimento. Não existem superdeputados nesta Casa e não existem superdeputados que representem seus estados nesta Casa e não houve sequer nenhuma ingerência de nenhum outro Poder neste. Respeitamos, recorremos pedindo reconsideração à Justiça Eleitoral pasmem, de um membro da Mesa provocando para impedir que o regimento dessa Casa fosse cumprido”, acrescentou.

Tanto Ramos quanto Lira foram aplaudidos por parte dos deputados federais presentes no plenário da Câmara.

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