Segunda maior causa de cegueira no Brasil tem tratamento integral oferecido pelo SUS
No Dia Nacional de Combate ao
Glaucoma, nesta quinta-feira (26), o Ministério da Saúde chama a atenção para o
problema de saúde que é a segunda causa de cegueira no Brasil, atrás apenas da
catarata. Apesar de uma doença crônica e sem cura, glaucoma pode ser controlado
com tratamento adequado e contínuo. O diagnóstico precoce é essencial para que
o glaucoma não evolua para cegueira.
Doença de progressão
silenciosa, o glaucoma é provocado pela aumento da pressão interna do olho e
alteração irregular no fluxo de sangue dentro do órgão. Por isso, quanto mais
cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, maiores são as chances de
controlar o avanço da doença e evitar a perda da visão.
Atualmente, o Brasil conta com
441 estabelecimentos de saúde habilitados na assistência ao glaucoma pelo
Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2021, foram 2,3 milhões atendimentos
ambulatoriais e 5,2 mil procedimentos hospitalares, ou seja, que não
necessitaram e necessitaram de internação, respectivamente, em decorrência do
glaucoma. Vale ressaltar que o SUS oferta atendimentos, diagnóstico e
tratamento de forma integral e gratuita.
O SUS oferece 18 procedimentos
para acompanhamento, avaliação e tratamento do glaucoma. Para serem
encaminhados aos Serviços de Atenção Especializada, os pacientes devem primeiro
procurar uma das 48 mil Unidades de Saúde da Família espalhadas por todo o
País. As pessoas com diagnóstico confirmado devem ser acompanhadas por um
médico oftalmologista.
Esse acompanhamento começa
cedo: todas as crianças, quando nascem, também realizam nas maternidades
públicas o Teste do Olhinho. É um exame simples, rápido e indolor, capaz de
detectar alterações no eixo visual. O teste avalia o reflexo da luz que entra
no olho do bebê. Se for identificada alguma alteração, o recém-nascido é
encaminhado para um especialista.
A identificação precoce
aumenta a chance de desenvolvimento normal da visão ao longo da vida. O Teste
do Olhinho também consegue identificar outras enfermidades visuais além do
glaucoma, como a catarata congênita e o retinoblastoma.
Diagnóstico e tratamento
O glaucoma pode se desenvolver
durante meses ou anos sem apresentar nenhum sintoma, por isso é uma doença de
evolução silenciosa. Os sintomas só aparecem na fase mais avançada, quando a
pessoa começa a ter perda da visão periférica. Pessoas que têm parentes
portadores de glaucoma, indivíduos com mais de 40 anos, pacientes com alto grau
de miopia e diabéticos devem estar ainda mais atentos para a realização dos
testes de rotina.
Os exames para diagnóstico avaliam
a estrutura dos olhos, o campo de visão e o nível de pressão ocular.
O tratamento pode ser feito
com colírios, cirurgias ou uso do laser, a depender da necessidade de cada
caso. O SUS oferece os medicamentos necessários para o tratamento do glaucoma
por meio do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF).
Gustavo Frasão
Ministério da Saúde
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